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Dia Internacional da Mulher

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Hoje eu não preciso ganhar flores, eu preciso de apoio para lutar por uma sociedade melhor, mais igualitária, mais justa!

Vários fatos históricos, a maioria datando do começo dos anos 1900 deram origem ao Dia Internacional da Mulher.

Em 1911 as funcionárias de uma fábrica têxtil em Nova York, nos Estados Unidos, entraram em greve reivindicando melhores condições de trabalho. Elas pediam uma jornada de trabalho menor, de 16 para 10 horas diárias, salários iguais aos dos homens e melhor tratamento no ambiente de trabalho. No dia 25 de março houve um incêndio nessa fábrica onde morreram 146 funcionários, sendo 125 mulheres, as portas da fábrica estavam trancadas para que ninguém se ausentasse durante o expediente.

Além disso, movimentos na Europa já pediam igualdade de gêneros, direito de voto para as mulheres e apoio às únicas três parlamentares mulheres da Europa, que haviam sido eleitas na Finlândia.

Seguiram-se manifestações pela paz em toda a Europa, organizados por mulheres, durante a Primeira Guerra Mundial.

Nas décadas seguintes, o Dia deixou de ser lembrado até que, em 1975, a ONU decretou o Ano Internacional da Mulher e o dia 8 de março, o Dia.

Segundo a Organização das Nações Unidas, o salário das mulheres ainda é 27% menor dos que o dos homens que ocupam a mesma função. Isso vale para o mundo de maneira geral. A proporção de mulheres que ficam e casa e cuidam de afazeres domesticou s não remunerados é duas vezes e meia maior do que a de homens.

Portanto, ainda temos um longo caminho. Feminismo não é gritar palavras de ordem e queimar sutiãs em praças, é muito mais, é acreditar que cada um de nós pode tornar o mundo um lugar mais justo e equilibrado.

Parabéns a você pelo Dia Internacional da Mulher!!!

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Synnöve Dahlström Hilkner Bela Urbana, é artista visual, cartunista e ilustradora. Nasceu na Finlândia e mora no Brasil desde pequena. Formada em Comunicação Social/Publicidade e Propaganda pela PUCC. Desde 1992, atua nas áreas de marketing e comunicação, tendo trabalhado também como tradutora e professora de inglês. Participa de exposições individuais e coletivas, como artista e curadora, além de salões de humor, especialmente o Salão de Humor de Piracicaba, também faz ilustrações para livros. É do signo de Touro, no horóscopo chinês é do signo do Coelho e não acredita em horóscopo.

 

 

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HOMENS DEIXEM OS ASSOBIOS PARA OS PÁSSAROS

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Nenhuma mulher precisa ouvir o seu “fiu fiu” que quase sempre vem acompanhado de um “elogio” como: “gostosa!” ou “delícia!”.

Talvez não fosse preciso dizer, mas aparentemente somos seres evoluídos e conseguimos controlar nossas vontades, afinal ninguém abaixa as calças e caga na rua, né? Então, porque você faria isso pela boca?

O seu “fiu fiu” é desnecessário, inconveniente e invasivo!

Se é difícil para você respeitar uma desconhecida, tente visualizar sua mãe, esposa/namorada, filha ou neta. Com certeza elas já passaram por isso e não gostaram! Essa atitude “máscula” não te faz mais homem, muito pelo contrário.

E por mais que você insista em achar que elas gostam, você receberia algo que gosta de um completo estranho? Eu adoro uísque e nem por isso aceitaria uma garrafa de uma mulher desconhecida na rua, pior ainda se a cada 10 mulheres que eu cruzasse, 8 me oferecessem uma dose, eu ficaria bem assustado, agora imagine a opinião alheia sobre o meu corpo ou as vontades que sentem quando me veem?

Cara, é preciso e é possível mudar, eu já fui o babaca do “fiu fiu” e sei que nunca resultou em nada além de constrangimento alheio. Homens deixem os assobios para os pássaros, se for para imitá-los de alguma forma que seja para voar e fugir desse estereótipo tosco, desnecessário, inconveniente e invasivo.

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Lucas Alberti Amaral – Belo urbanonascido em 08/11/87, vem há 28 anos distribuindo muito mau humor e tentando matar a fome. Formado em Comunicação Social com habilitação em Publicidade e Propaganda pela METROCAMP, trabalha na área há 6 anos, tem uma página onde espalha pensamentos materializados em textos curtos e tentativas de poesias www.facebook.com/quaseinedito (curte lá!). Concilia a dura missão de morar em Campinas – SP (cidade onde nasceu) e trabalhar em Barueri-SP, não acredita em horóscopo, mas é de Escorpião, lua em Gêmeos com ascendente em Peixes e Netuno na casa 10. Por fim odeia falar de si mesmo na terceira pessoa.

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Não sou capaz de opinar

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Ela acabara de estabelecer uma nova filosofia de vida!

Já tinha integrado o Deboismo, tentando estar de boa com o que ouvia e via, mas nem sempre funcionava, pois sua alma zen às vezes se agitava demais e ela acabava mostrando seu lado sarcástico, que obviamente, não ornava.

Depois partiu para o Foda-se. Esse durou um bom tempo e podia ser usado na maioria das situações, mas nem todas… Se alguém lhe pedia opinião ou conselho, foda-se era ligeiramente agressivo em demasia.

Então, no dia seguinte à premiação de entrega do Oscar, ela encontrou a solução, nas sábias palavras de uma atriz que ela admirava. Na verdade, a decisão foi tomada quando ela ouviu a polêmica e as piadas no dia seguinte… Os motivos que levaram a atriz a não dar opinião eram, para ela, claros. Mesmo tendo assistido os filmes, ela não queria falar por falar, fingir-se de expert erudita, preferia não opinar.

Por que não? Resolveu experimentar. O sucesso foi imediato, a incapacidade de opinar era algo impressionante e inquestionável. Não era “prefiro não opinar”, era algo ligado a poder e não a querer. Ninguém discute quando você diz “não sou capaz de…”

Na verdade, ela ouvira por vezes demais que, por ser mulher, ela não era capaz de muita coisa. Causava espanto quando ela provava o contrário, que a limitação feminina não fazia dela uma profissional, motorista e tantas outras atividades, menos capaz. E, apesar de ter que sobreviver aos próprios hormônios, ela tinha capacidades incalculáveis.

É claro que ela ainda opinava, pois era necessário em vários assuntos. Mas ela levava sua nova filosofia muito a sério quando julgava que o tópico fugia de seu entendimento, ou era preferível ficar quieta.

Por fim, lançou o desafio: Pediu para as pessoas ao seu redor que pensassem, a cada vez que opinavam, quantas opiniões eram desnecessárias, até mesmo prejudiciais ao tópico. O desafio na verdade era:

“Sou capaz de não opinar?”

Se o desafio funcionou? Não sou capaz de opinar…

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Synnöve Dahlström Hilkner Bela Urbana, é artista visual, cartunista e ilustradora. Nasceu na Finlândia e mora no Brasil desde pequena. Formada em Comunicação Social/Publicidade e Propaganda pela PUCC. Desde 1992, atua nas áreas de marketing e comunicação, tendo trabalhado também como tradutora e professora de inglês. Participa de exposições individuais e coletivas, como artista e curadora, além de salões de humor, especialmente o Salão de Humor de Piracicaba, também faz ilustrações para livros. É do signo de Touro, no horóscopo chinês é do signo do Coelho e não acredita em horóscopo.

 

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ElaS

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Ela bela fera

Ela eterna terna

Ela bruxa bruaca boazuda

Bunduda bacana benzinho

Ela um tesão furação vulcão

Ela pequena grande

Ela passa fica complica

Ela azeda doce pele salgada

Dança dirige canta cozinha

Lava passa

Passa com ferro

Passa aspirador

Passa de carro

Passa atrasada apressada

De salto, de rasteirinha

Ela perfumada Cinderela moderna

Alice no país que não é de maravilhas

Pollyana que não joga só o jogo do contente

Amélia sim, assim, a mulher de verdade.

Vida real, ela real.

Ela, elas.

12308453_10205306926782378_7964104893761853478_n foto Dri para perfil

Adriana Chebabi – Bela Urbana, idealizadora do blog Belas Urbanas onde escreve contos, poesias e crônicas nesse blog. Publicitária e empresária. Divide seu tempo entre sua agência Modo Comunicação e Marketing  www.modo.com.br e as diversas funções que toda mulher contemporânea tem que conciliar, especialmente quando tem filhos. É do signo de Leão, ascendente em Virgem e no horóscopo chinês Macaco. Isso explica muita coisa 🙂

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Mulher de fases

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Mulher de fases, sim senhor!

Pois é… muito se fala da mulher de fases, de como as mulheres são inconstantes, que é impossível entende-las!

Pessoal, a notícia ruim: é verdade, somos de fases! A notícia boa: não é assim porque a gente quer, porque somos mimadas, ou porque queremos atenção, é assim porque fomos feitas assim! O processo é químico!!! Chamem de ‘erro de projeto’ do ‘cara lá de cima’ se quiserem, mas o fato é que não temos culpa do turbilhão de hormônios que circulam pelo nosso corpo a cada dia em quantidades diferentes, com funções diferentes, mas todos com um objetivo em comum: a reprodução. Ou seja, tudo isso que nós passamos e vocês aguentam, tem a função de eventualmente gerar filhos!!

As mulheres tem sim humores, caras, pele, cabelos diferentes a cada fase do ciclo menstrual.

É isso, as mulheres sofrem quimicamente mudanças no organismo… diariamente! Muito diferente dos homens que tem os mesmos níveis, dos mesmos hormônios, todos os dias, tudo igual… chega a ser entediante. Boys will be boys… always!

Já nós, mulheres, temos essas mudanças todas o mês inteiro. Na semana que estamos menstruadas estamos cansadinhas, desanimadas. Aí passa, e nos sentimos melhor, uma semana depois começamos a nos sentir poderosas. Na fase fértil, sentimos que podemos dominar o mundo!!!! Mas isso também passa, e começamos a nos fechar… e aí vem a temida TPM, ficamos insuportáveis. E acreditem, queremos sair de perto de nós mesmas, às vezes!!

Mas já repararam o quanto os sentimentos dos homens para com as suas parceiras mudam de acordo com as semanas? Passem a reparar na frequencia com que isso acontece, verão que há um padrão, esse mesmo padrão! Durante alguns dias no mês os homens se sentem inexplicavelmente mais atraídos pelas suas parceiras? Em outros dias, essa atração não é assim tão importante? E na TPM eles também não ficam mais reativos? Parte disso também é quimíco, amigos! Os homens reagem quimicamente aos nossos hormônios, porque eles agem através do nosso cheiro, da nossa pele, do nosso suor. Percebem?

Mas agora vem a parte boa! Do mesmo jeito que é difícil aguentar a TPM, aproveitem ao máximo a fase em que sua parceira está mais bela e feliz! Aqueles dias no meio do cliclo, em que ela parece estar com um brilho diferente. Ela está mesmo, o cabelo fica mais macio, a pele e os olhos tem mais brilho, a boca parece mais apetitosa, o corpo se movimenta diferente.

Nessa fase ela também estará muito mais receptiva aos seus carinhos, estará disposta a novidades e terá mais facilidade para ter prazer! Aproveitem e caprichem!!

Na TPM? Carinho, paciência e chocolate… santos remédios!

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Tove Dahlström – Belas Urbana, é mãe, avó, namorada, ex-mulher, ex-namorada, sogra, e administradora de empresas que atua como coordenadora de marketing numa empresa de embalagens. Finlandesa, morando no Brasil desde criança, é uma menina Dahlström… o que dispensa maiores explicações. Na profissão, tem paixão pelo mundo das embalagens e dos cosméticos, e além da curiosidade sobre mercado, tendencias de consumo, etc., enfrenta os desafios mais clichês do mundo corporativo, mas só quem está passando entende.

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Março de Belas

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Março é o mês da mulher!

Não bastasse ter o Dia Internacional da Mulher no dia 8, o mês inteiro acabou virando uma homenagem a ela.

Mas o que estamos comemorando exatamente?

Pois bem, vivemos numa sociedade de extremos, onde o radicalismo é necessário embora tire a paciência de muitos. O politicamente correto faz com que se pise em ovos em muitas situações e, dizem muitos, não se pode mais brincar.

Na verdade, para uma nova geração, criada por mães e pais com uma visão mais esclarecida, pode parecer besteira que mulheres ainda gritem por direitos iguais, mas vivemos em uma sociedade machista, onde ainda é comum referir-se a uma mulher como má condutora, incapaz em várias situações ou, até mesmo com assombro, quando ela se destaca em alguma área. Embora ela divida a manutenção da economia doméstica, é dela que se cobra a criação dos filhos e o cuidado com o lar. Ela se cobra! Se um filho tiver dor de ouvido, ela falta do trabalho para levá-lo ao médico, na maioria dos casos.

Ela vai à luta, mesmo tendo que contar com um salário menor, estando em uma mesma posição de trabalho que seu colega homem. Ela se sujeita a um ambiente de trabalho ou  transporte público onde, muitas vezes, é assediada, por ser gostosa ou por ser baranga. Ela caminha pelas ruas de antena ligada, sempre atenta ao que pode aparecer. Em alguns países, a mulher ainda é submetida à mutilação vaginal, em outros, ela é proibida de estudar. Parece que a mulher esclarecida e que sente prazer oferece grande ameaça ao Status Quo machista.

Antes de nós, nossas ancestrais começaram uma luta. Já queimaram sutiãs e praça pública, já saíram às ruas sem roupa ou com roupas que chamassem a atenção… Mas a grande maioria de nós trava uma luta silenciosa e diária.

A nossa homenagem é para essa luta de um mundo mais justo e uma vida digna, algo que beneficiará a todos!

Em março, Belas trará relatos, artigos, textos sobre o universo feminino e feminista, até para desmistificar o tal feminismo. Falaremos sobre hormônios e eventos. Discutiremos opiniões e fiu-fius.

Convidamos você a ler, participar e opinar sobre as postagens!

E esperamos que você goste!

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Synnöve Dahlström Hilkner Bela Urbana, é artista visual, cartunista e ilustradora. Nasceu na Finlândia e mora no Brasil desde pequena. Formada em Comunicação Social/Publicidade e Propaganda pela PUCC. Desde 1992, atua nas áreas de marketing e comunicação, tendo trabalhado também como tradutora e professora de inglês. Participa de exposições individuais e coletivas, como artista e curadora, além de salões de humor, especialmente o Salão de Humor de Piracicaba, também faz ilustrações para livros. É do signo de Touro, no horóscopo chinês é do signo do Coelho e não acredita em horóscopo.

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Ligue depois

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Ela andava pelas ruas. Era madrugada, estava só.

A noite tinha sido uma sucessão de desencontros. Primeiro com os amigos, o que ela entendeu não foi o que eles entenderam e ela foi parar em outro bar com o mesmo nome.

Gente estranha tinha por lá. Esperou, tomou uma cerveja, nada de chegarem, olhou o relógio, nada ainda, mais uma cerveja. Como era fraca para bebidas, já no final da segunda estava meio zonza, resolveu ir para a terceira, começou a rir de tudo que observava por ali.

Chegou um carinha na sua mesa, com uma dessas cantadas baratas e abobadas, mas como ela estava só, aceitou a cantada e que ele sentasse na mesa. Falaram do Japão, nenhum era japonês e o lugar mais distante que ela conhecia era bem perto, mas atrevida que era, não se fez de rogada e do Japão falava sem parar e ria, porque quem bebe um pouco além da conta ri.

Lembrou da turma de amigos que nunca chegava. Pensou no celular, mas como de costume, sem bateria. Xingou as velhas gerações por não ter comprado aquele carregador que pode carregar em qualquer lugar, mas sabe como é, grana curta.

O carinha que só falava do Japão lá estava a falar sem parar e aquilo parecia uma boca nervosa que precisa ser calada e acalmada, sem pensar lasco-lhe um beijo. Há dois anos atrás ela jamais faria aquilo, mas agora, as águas rolaram e era só um beijo em uma noite de verão, em um alguém, sabe-se lá quem.

Ele ficou boquiaberto e ela foi embora, deixando a mesa e a conta para ele. Foi embora a pé, rodando aqueles bares, sem celular, cabeça acelerada, fala lenta.

Pensava nele, tinha saudades dele, do beijo dele. Não, não era do carinha de cinco minutos atrás não, aquilo era nada, era do outro, do antigo, do que grudava na sua pele, mas que estava longe, do que tinha a melhor pegada, pele a pele.

E esses amigos onde estão? Cabeça ia, vinha, voltava e vinha risadas, ânsia de vômito. Ela era fraca para beber, ficava engraçada, mas assim na madrugada, sozinha na multidão com quem podia compartilhar?

Podia passar uma cantada e usar o celular de alguém, mas não adiantaria porque não sabia decor nenhum número. Eram quase três horas da manhã, resolveu andar e ir para a praça perto da faculdade, não tinha combinado de dormir na casa de ninguém, e não queria voltar para a casa da mãe porque garantiu que dormiria na casa das amigas.

Então, foi para a praça esperar o nascer do sol, a vista era linda. Já tinha feio aquilo uma vez com ele, ele de novo nos seus pensamentos, ela ria e tinha vontade de dançar, mas melhor não, estava zonza mas não totalmente sem juízo, dançar na rua, era um sonho de infância, mas sem companhia não teria graça.

Na praça, sentou no mirante. Ela, o céu e um celular que tocou. Sim, tocou um celular que estava perto, ninguém ali, só ela, o céu e o celular.

Não atendeu. Tocou de novo. Atendeu. Alô, não, não é ela. Não, não é ela que está falando. O quê? Como assim? Não, não sou. Ah, por favor, não sou, ligue depois.

Desligou, esperou e o sol começou a clarear o dia, assim como o mente clareava para seu estado normal.

12308453_10205306926782378_7964104893761853478_n foto Dri para perfil

Adriana Chebabi – Bela Urbana, idealizadora do blog Belas Urbanas onde escreve contos, poesias e crônicas nesse blog. Publicitária e empresária. Divide seu tempo entre sua agência Modo Comunicação e Marketing  www.modo.com.br e as diversas funções que toda mulher contemporânea tem que conciliar, especialmente quando tem filhos. É do signo de Leão, ascendente em Virgem e no horóscopo chinês Macaco. Isso explica muita coisa 🙂

 

 

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Sérgio Cortella e David Luiz na praia?

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No final de semana antes do carnaval, resolvi ir à praia com a família.

Desta vez, nada de hotel pé na areia, piscina, sorvete à toda hora e nem a cadeirinha com guarda sol montada, já me esperando no lugar de sempre.

Desta vez uma casa com antigos amigos.

Uma casa onde fazíamos de tudo; limpávamos, cozinhávamos, cuidávamos dos filhos, jogávamos buraco e até um antigo jogo da minha infância… stop (se bem que os carros que eu falava, ninguém mais conhecia). As crianças pulavam nos colchões espalhados pela sala, davam travesseiradas uns nos outros, comiam quando queria e misturavam brigadeiro com churrasco, brigadeiro de novo e os pais? Nem ligavam. Liberdade total!

Logo cedinho acordávamos e íamos a pé (cinco quadras) para a praia carregando algumas coisas (muitas coisas) até nos instalarmos de frente “daquele marzão de Deus” como dizia meu pai.

Já sentada na cadeira, olho para o lado e vejo uma senhora tirando a saída de praia e achei que era a coordenadora de matemática da escola dos meus filhos. Uma senhora elegante, sempre bem vestida, muito inteligente que dá ate gosto de ver. Ela não para nunca, fez mestrado, Doc, pós Doc…mas naquele momento era uma pessoa comum, com corpo comum, de biquíni curtindo a família…bom, olhei direito e não era ela…ufa! Que bom, senão ela iria me ver com a mesa cheia de salgadinhos e cervejas já trazidos de casa, porção de salaminho….uma verdadeira farofa!

Foi aí que olhando várias pessoas ao meu redor, percebi que ali na praia, todos eram seres humanos normais, todos com os pés sujos de areia, passando protetor solar, rindo e curtindo tudo o que recebemos de graça…sol, mar e natureza. Relaxei.

E o Cortella? Bom, fiquei olhando todos os barbudos da praia, vai que de repente o Cortella esteja lá, bem à vontade  bebendo uma caipirinha e de sunga? Ah…mas ele estaria com uma sunga todinha salpicadas de letrinhas do alfabeto na cor cinza, descalço, com chapeuzinho, aquele bege meio clássico e lendo um livro, claro!

Enfim, descobri que na praia, não importam os títulos das pessoas, somos todos iguais. As mulheres de biquíni se achando fora de forma e os homens fazendo de tudo para disfarçar enquanto passa uma gostosona caminhando pela praia.

E o David Luiz? Ah, este eu coloquei no título só para chamar a atenção dos homens para o texto.

E você, quem gostaria de encontrar na praia? Como ele estaria vestido?

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Roberta Corsi – Bela Urbana, coordenadora do Movimento Gentileza Sim que tem como objetivo “unir pessoas que acreditam na gentileza” e incansavelmente positiva, para conhecer o movimento acesse https://www.facebook.com/movimentogentilezasim 

 

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GENTE

 

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Tem gente que traz alegria

Uma paz

Uma conversa que não quer acabar

Tem gente que é gente

Parecida com a gente

Essa gente que dá bom dia musical

Me despe a alma

Tem conexão no olhar

A gente sabe sem precisar dizer

Essa gente é gente especial

Coisa estranha essa gente

Por ser tão gente como a gente

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Adriana Chebabi – Bela Urbana, idealizadora do blog Belas Urbanas onde escreve contos, poesias e crônicas nesse blog. Publicitária e empresária. Divide seu tempo entre sua agência Modo Comunicação e Marketing  www.modo.com.br e as diversas funções que toda mulher contemporânea tem que conciliar, especialmente quando tem filhos. É do signo de Leão, ascendente em Virgem e no horóscopo chinês Macaco. Isso explica muita coisa 🙂

 

 

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Doces, amores e dores…

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Como curar dores de amores mal vividos, não correspondidos ou incompreendidos? Será que é possível?

Pensando sobre amores, dores e comidas a primeira coisa que me veio à cabeça foram imagens das “mocinhas” da telona afogando suas mágoas num delicioso pote de sorvete…será?! Me lembro também, de quando era adolescente (faz só um tempinho, hein?! Rsrs) e que sempre pensava: “se algum dia eu tiver uma desilusão, resolvo com sorvete “… nunca tirei a prova.

Hoje, na idade adulta, já tendo passado por milhares de desilusões fui levada novamente a pensar sobre isso. Será que existe algum tipo de comida que preencha àquele vazio deixado pela pessoa amada? Que transforme desilusão em alegria? Que nos dê um conforto num momento de dor?

Realmente não tenho a resposta para isso. O que acho, é que uma comidinha gostosa, preparada com carinho, sempre vai trazer , se não alegria, pelo menos prazer. Um pote de pipocas, para quem gosta, pode ser um momento de esquecimento ou um encontro consigo.

O importante é se permitir desfrutar dos pequenos prazeres. E aí, pensando nas minhas próprias desilusões, me veio uma saudade imensa daquilo que não volta mais. O que eu faço com essa saudade? Tem dias que faço graça, tem dias que faço caipirinha…hoje, fiz brigadeiro! Gourmet! Rsrsrsrs

11153459_418305808342065_1335618606_o - foto Adriana Rebouças

Adriana Rebouças – Bela Urbana, formada em Publicidade. Cursou gastronomia no IGA – São José dos Campos Publicitária de formação e Chef por paixão. Sócia do restaurante chama EnRaizAr e fica dentro de um espaço de yoga e terapias que se chama Manipura em São José do Campos – SP.