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Amor e desamor

11535797_10206942391263645_5474806560926390054_n imagem para texto Renata

Sabe quando você gosta de alguém e apesar de todo o seu amor e cuidado ele te maltrata… Te ignora…. Ou convive com você por tanto tempo que simplesmente absorve a sua presença como se você tivesse a mesma importância que aquela gaveta antiga onde só serve pra guardar os documentos importantes… E só mexe quando precisa.

Gostar de alguém assim é uma arte, porque a nossa vida se torna um mero apêndice…. A gente gosta então suporta o descaso, o desprezo, o azedume, a falta de atenção, a falta de cuidado…. Simplesmente por gostar….continuamos ali insistindo… Cuidando de tudo com o mesmo amor e dedicação.

Mas o tempo é sempre o senhor da razão ele te cobra escolher… Ai você sai de cena….mesmo gostando muito.

Depois disso, quando aquela gaveta dos documento já não abrir mais, tudo que estava ali passará a ser importante.

Depois de tudo isso sobram alguns aprendizados: quem ama perde a fé nas atitudes que tinha… E quem maltrata, ignora e repele, aprende o quanto valia ter alguém assim por perto.

A gaveta era segura e guardou tanta coisa dentro …. Hoje de tanto guardar já não abre mais.

*esse texto é uma metáfora…. Escrevi pensando em uma relação que poder ser entre pessoas, entre coisas e entre organizações. Pense além…. E seja melhor pra que não tenha que sentir falta de nada e nem de ninguém.

10958210_10205888085426658_4684666609892689174_n - Renata Lavras Maruca

Renata Lavras Maruca – Mulher, mãe, publicitária e cronistas nas horas de desespero. Especialista em marketing de conteúdo digital. Observadora do universo humano e suas correlações” intermundos”(reais e virtuais). Viciada em doces, gordinha por opção e encantada pela sedução inteligente. Prefere sempre vestir em palavras escritas tudo aquilo que reflete ou carece de análise. Resumindo: Complicada e perfeitinha

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O AMOR

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O grande amor existe.

É feito de silêncio.

Vive calado, pensado, sonhado, atordoado, atormentado, feliz.

Incrivelmente feliz.

Apaixonado, inigualável.

Indeciso, impossível.

Na mente, na frente.

No olhar que se sente,

no olhar da gente.

10959308_10203700598545176_5268303932415920241_n Dri perfil

Adriana Chebabi – Bela Urbana, idealizadora do blog Belas Urbanas onde é a responsável pela autoria de todas os contos do projeto. Publicitária, empresária, poeta e autora de contos. Divide seu tempo entre sua agência  Modo Comunicação e Marketing  www.modo.com.br e as diversas funções que toda mulher contemporânea tem que conciliar, especialmente quando tem filhos. 

 

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ENTRE O MEIO DA NOITE E O MEIO DO DIA

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Fecha a porta do quarto enquanto eu abro nosso universo.

E te ilumino com as cores do espaço que vão guiando teus passos.

Até você deitar nos meus versos. Chega mais perto, agora que tá tudo tão quieto.

Deita e aconchega a cabeça no meu peito que eu te protejo dentro dos teus sonhos.

Sonho com seu cheiro, me afogo em seus cabelos. Vem e afaga minhas costas, coça, roça e enrosca suas pernas nas minhas, mãos acariciam tua respiração.

Não sai dessa posição que nosso coração tá alinhado com plutão.

E os anjos nos fizeram uma canção.

Tá clareando, tá tão bom, tá cedo pra levantar, deixa o mundo acordar, deixa o sol gritar.

Que eu vou continuar a te velar, depois do meio dia a gente acorda pra sonhar.

Porque agora a essa hora ainda não da pra saber onde eu começo e onde termina você.

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Lucas Alberti Amaral – nascido em 11/87, vem há 27 anos distribuindo muito mau humor, tentando matar a fome e fazendo comentários desnecessários sobre tudo. Formado em Comunicação Social com habilitação em Publicidade e Propaganda pela METROCAMP, trabalha na área há 5 anos, tem um blog onde espalha ideias e pensamentos materializados em textos curtos e tentativas de poesias https://quaseinedito.wordpress.com/. Concilia a dura missão de morar em Campinas – SP (cidade onde nasceu) e trabalhar em Barueri-SP, não acredita em horóscopo, mas é de Escorpião com ascendente em Sagitário e lua de Saturno em Leão e por fim odeia falar de si mesmo na terceira pessoa.Lucas Alberti Amaral

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Diário de hoje de uma Bela Urbana

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6h– me sentindo mulher (namoro com marido)

7h– me sentindo mãe (arrumando lanche das crianças)

8h- me sentindo executiva (visitando cliente toda “chiquetosa” e resolvendo campanha)

9h- me sentindo Creusa (em casa, de chinelo, limpando e fazendo almoço porque faxineira não veio!)

Que o restante do dia me aguarde!!!!!

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Roberta Corsi – publicitária, mãe, criadora do Movimento Gentileza Sim, otimista por natureza!! 🙂

 

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O QUE PROCURA?

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Você procura um esconderijo?

Você procura um abrigo?

Você procura comida?

Água?

O que procura?

A cura?

A culpa?

A capa de aço?

Um dia já foi…

outro vem

No caminho pedras,

ruas, carros…

No caminho a noite

No caminho um novo dia

Você procura um caminho

e um carinho.

10959308_10203700598545176_5268303932415920241_n Dri perfil

Adriana Chebabi – Bela Urbana, idealizadora do blog Belas Urbanas onde é a responsável pela autoria de todas os contos do projeto. Publicitária, empresária, poeta e autora de contos. Divide seu tempo entre sua agência  Modo Comunicação e Marketing  www.modo.com.br e as diversas funções que toda mulher contemporânea tem que conciliar, especialmente quando tem filhos. 

 

 

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Na sala de espera

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Tanto silêncio não era normal, era exatamente o que podemos chamar de oposto à normalidade.

Depois de anos, talvez 10 ou 12, encontrarem-se cara a cara na recepção do pediatra era algo inesperado.

Ela vinha de dentro correndo atrás da filha pequena de cabeça baixa, ele entrou com um bebê no colo, quase bateram de frente.

– Oi – ela disse surpresa e com sorriso e ele sério e também surpreso respondeu: – Oi.

Ela pensou: – Nossa, que bebê lindo.

Ele pensou: – Ela continua bonita.

A esposa dele entrou em seguida e ambas se cumprimentaram com um oi também.

Ela pensou, admirada: – Sorriu.

A outra pensou, satisfeita: – Engordou.

O marido dela também estava por lá, naquele momento em uma conversa com o filho mais velho sobre dinossauros.

A recepção era grande, repleta de cadeiras, mas todas estavam vazias, com exceção das utilizadas pelas duas famílias com seus dois filhos. Sim, ambos têm dois filhos com idade parecida, porém invertida.

Ela teve o menino e depois a menina. Ele, a menina e depois o menino.

Crianças costumam interagir com as outras espontaneamente e rapidamente; não demorou muito e os dois mais velhos de ambas as famílias começaram a brincar juntos na varanda ao lado.

Na imensa recepção o silêncio era total e constrangedor, silêncio assim tão de propósito é só quando se quer dizer algo sem dizer nada. Um silêncio que diz tudo, todos sabem, mas fingem que não, fingem que tudo está normal. Silêncio assim nem entre estranhos.

– Que longa espera – pensava ela.

– Acho que conheço esse homem – pensava o marido dela.

Ele olhava sua filha brincar com o menino, não queria olhar muito, mas olhava de canto de olho e pensava:

– E se um dia casarem? E a voz da sua consciência o repreendia: – Pare, Gilberto, ela só tem 7 anos. Mas mesmo assim ele continuava com seus pensamentos: – Seria engraçado o casamento. Seus pensamentos continuavam: – Não quero minha filha casando com esse menino. Olhou o menino e viu nele o pai, a repulsa foi instantânea.

Ela, no outro canto, olhava a mesma cena e pensava: – Ficaram amigos… Já pensou se um dia namoram, casam e me dão netos? Olhou para a menina, que naquele momento falava dando ordens para seu filho, e pensou: – Deve ser autoritária como a mãe. Meu filho merece coisa melhor.

O silêncio continuava e de tão profundo foi possível ouvir uma abelha que se suicidou no abajur.

Agora ele olhava a filha pequena dela, não conseguia tirar os olhos e pensava: – Pare de olhar, vão pensar que você é um pedófilo.

Mas ele queria ver se a menina parecia com ela, e por uma dessas coincidências do destino a menininha usava uma camiseta da Minie, exatamente como a primeira vez que ele viu a mãe dela aos 15 anos de idade com uma blusa também da Minie entrando pela primeira vez na sala de aula onde eles estudaram juntos.

Lembrou da cena e do que pensou também com seus 15 anos: – Vou casar com ela.

E agora pensou de novo: – Não casei.

Ela também não conseguia tirar os olhos do bebê e pensava: – Será que seria tão bonito se fosse nosso? Perguntava-se em pensamentos e completava: – Como parece com ele!

Ele olhava e menininha e pensava: – Parece com ela.

O silêncio se quebrou, chamaram a família dela para a consulta.

– Melhor assim – tiveram os dois o mesmo pensamento.

A consulta foi detalhada como sempre, a pediatra era muito atenciosa, mas estranhou desta vez a mãe tão quieta e perguntou:

– Beatriz, está tudo bem?

– Claro, Dra. Ione, por que não estaria?

– Estranhei você tão quieta desta vez, não me fez nenhuma pergunta, até o Renato falou mais que você.

Renato, o marido, quase nunca abria a boca, era simpático, vivia sorrindo, foi a primeira coisa que a encantou naquele homem e também a primeira que a desencantou. Sorrir para tudo beira a demência…

A verdade é que Beatriz não conseguia tirar o encontro da cabeça, lidar com o inesperado é desconfortante e dá fome. Sim, uma fome repentina apareceu.

Pensava: – Mas que fome fora de hora é esta?

A fome crescia, o estômago começou a doer.

Na sala de espera a outra família continuava sozinha, o pai cuidando do filho, isso era comum quando estavam os quatro juntos, ele sempre cuidava do menino, mas hoje, ali, naquele momento na imensa recepção, sentia algo diferente, uma inquietude alegre, vontade de querer algo, de querer algo mais; uma inquietude estranha, o que fazer com aquela sensação? Uma inquietude triste, de ter claro de ser só uma vontade que vai morrer e não vai sair do lugar… foi quando sua mulher berrou bravamente:

– Gilberto, olhe direito o bebê, ele quase caiu.

Aquele berro histérico e a cara brava da esposa o trouxeram de volta a sua realidade.

Na sala da médica a consulta terminou, foi mais rápida que o normal. Ela não parava de pensar em comida, aliás, só pensava em certos doces… olho de sogra, bem-casado, olho de sogra, bem-casado. Ria sozinha, com fome, com gula e descia a escada com a filha no colo, o estômago doía, a fome aumentava, a escada lhe pareceu bem maior do que era. A cena estava sendo vivida em câmera lenta e seus pensamentos iam para o bem-casado, o olho de sogra, e como um estalo veio então a vontade incontrolável de beijinho… hum, ah, beijinho.

Chegou no pé da escada, ela olhou para o casal na recepção, ele gelou, olhou profundamente para ela, a mulher também olhou e foi logo dando tchau toda sorridente, com ar de superioridade, ela respondeu com um sorriso de forma educada, mas pensou: – Nunca foi simpática comigo…

Beatriz não entendeu que, sendo a outra a Dona do marido, a dona dos filhos daquele homem, a rival desejada por ele, e que ela sempre soube, era hoje somente um desejo que ela nem queria saber se era vivo ou morto. Desejo mesmo Beatriz tinha naquele momento por beijinho, muitos beijinhos, já Gilberto fechou os olhos, voltou no tempo e desejou o desejo do passado e passado estava Renato, sorrindo, é claro, e sem nenhum desejo naquele momento, sem nada ter percebido, nem se incomodava com o pernilongo que não parava de lhe sugar o pescoço.

Agora as crianças deram tchau sorridentes, mas crianças é outra história e essa fica para depois.

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Adriana Chebabi – Bela Urbana, idealizadora do blog Belas Urbanas onde é a responsável pela autoria de todas os contos do projeto. Publicitária, empresária, poeta e autora de contos. Divide seu tempo entre sua agência  Modo Comunicação e Marketing  www.modo.com.br e as diversas funções que toda mulher contemporânea tem que conciliar, especialmente quando tem filhos. 

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O bloqueio e a ilusão

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Ser ou não ser? Eis a questão… ou bloquear ou não? Eis a ilusão.

Nos dias de hoje, bloquear alguém no facebook e whatsapp é sinal de poder. Uns se justificam dizendo que é auto preservação, mas muitas vezes é apenas uma forma de mostrar como você tem poder de deletar a pessoa “non grata”, indigna.

O ser humano realmente se ilude achando que tem a capacidade de desconectar relações.  Quem já não ouviu numa roda de amigos? Terminei com “fulano”, terminei com ‘beltrana”, o bloquei no face e no whatsapp. Ah! santa ilusão, beira a uma inocência arrogância.

Saudades dos tempo da brilhantina, dos anos 80 que se tinha a decência de se discutir, olhar no olho, chorar, romantizar, fazer acontecer…isso se chama atitude!  Bloquear, não. Isso não é atitude, é apenas ilusão, que os tempos modernos virtuais criaram para mais uma vez nos distanciarmos dos outros e de nós mesmos. Agora desbloquei, agora ele merece falar comigo! Sem palavras…sem coração.

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Macarena Lobos –  formada em comunicação social, fotógrafa há 20 anos, já clicou muitos globais, assim como grandes eventos, trabalhos publicitários e muitas coberturas jornalísticas. De natureza apaixonada e vibrante, se arrisca e segue em frete. Uma grande paixão é sua filha. 

 

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Fragmentos de um diário 4

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Ler seu passado, seu diário, seu diário muito antigo, o começo da sua adolescência, é como revirar uma gaveta guardada, mas deixar tudo revirado. Se reler para se entender.

O que mudou? Muiiiiitas coisas, mas algumas ainda persistem, não sei se é bom ou mal, não sei o que é. Percebo que uma energia que vive ali, é como se aquele tempo estivesse vivo em algum lugar, aquela história de estar tudo sempre acontecendo ao mesmo tempo, muito louco isso e essa sensação.

Se reler, como quem lê um livro, é desconfortante.

21  de abril – Gisa Luiza – 46 anos

Adriana Chebabi

Adriana Chebabi – Bela Urbana, idealizadora do blog Belas Urbanas onde é a responsável pela autoria de todas as histórias do projeto. Publicitária, empresária, poeta e contadora de histórias. Divide seu tempo entre sua agência  Modo Comunicação e Marketing  www.modo.com.br, suas poesias, histórias e as diversas funções que toda mãe tem com seus filhos. A personagem Gisa Luiza do ‘Fragmentos de um diário” é uma homenagem a suas duas avós – Giselda e Ana Luiza.

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Sobre comida boa…

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Adoro cozinhar, tanto quanto adoro comer e sempre tive uma questão a rondar minha mente: o que é comida boa?

Como publicitária que sou,  comecei a procurar informações sobre o assunto e encontrei várias justificativas: comida boa é comida farta, comida boa é aquela feita com bons ingredientes o Chef tem que conhecer técnicas etc e tal…

Concordei com cada uma das justificativas, mas nenhuma  me satisfazia por completo, até que um dia… num evento cujo o foco era a harmonização de vinhos e gastronomia eu tive uma experiência que abriu meus horizontes. Uma das participantes me chamou e quando cheguei perto para atendê-la ela começou a dizer que me adorava e começou a me abraçar chorando e quando eu me mostrei perdida com a situação, ela virou para mim e disse: eu precisava te agradecer pois a sua comida é a melhor que eu já experimentei, pois lembra a da minha avó… e isso se repetiu em algumas outras ocasiões com variações do tipo: minha infância, mãe, uma ocasião  especial…  eu cheguei a conclusão de que comida boa é aquela que alimenta não só a fome, mas sim aquela que nos traz emoções, memórias afetivas.

Hoje, sempre que vou pensar num cardápio, penso antes na história daquela comida, nas tradições envolvidas, no que posso oferecer de memoria a respeito daquilo.  Quer fazer um jantar, um café ou qualquer encontro gastronômico de sucesso?

Procure na sua própria historia o que lhe traz boas memórias e apresente aos seus amigos. Você vai ver o sucesso que isso faz.

Bom apetite!

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Adriana Rebouças – Formada em Publicidade, cursou gastronomia no IGA – São José dos Campos Publicitária de formação e Chef por paixão.

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A motivação para a mudança

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Não sei o que motiva as outras pessoas a mudar, mas comigo sempre foi nos momentos mais difíceis, naqueles momentos em que nada parece fazer mais sentido, e é daí que me vem a motivação, a vontade de melhorar, pois sempre se pode melhorar. É daí que sinto minha força, me sinto viva, e minha alma se enche de esperança… Onde renascem sentimentos que realmente importam, amor… pelos amigos, pela família, pelos bichinhos de estimação, por tudo o que realmente vale a pena.
Amor deve ser demonstrado e falado sempre! Amor não pode ser desperdiçado, tem que ser aproveitado em toda sua plenitude, e assim vamos cultivando a nossa essência… nós somos aquilo que vivemos, ou melhor, da forma como conduzimos nossas vidas e de nossa capacidade de transformar situações desastrosas em oportunidades reais!!!
Mudar é bom, é renascimento, nos torna mais vivos, e principalmente, nos traz esperança!!!!
Então eu pergunto, porque resistir à mudança? Deixo a vida seguir e quando chegam as oportunidades, me agarro a elas, quando chegam as pessoas que amo, me agarro a eles, e meu coração se acalma e tudo faz sentido!

 

Valéria de Laet, publicitária, atuou 20 anos na área de produção de filmes publicitários e de eventos.