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De repente 50!

Parece nome de filme, não é mesmo? Pois é… Qualquer semelhança, não é mera coincidência. Foi assim comigo e é assim com tantas mulheres que atendo. Quando nos damos conta, acontece!

E agora, como será? O que esperar depois dos 50?

Mais cabelos brancos, mais sinais do tempo, mais exames, mais maturidade e, certamente, mais histórias pra contar. Uma bagagem grande para quem tem mais passado do que futuro (no meu caso) é claro!

Parece triste pensar no tempo, principalmente pelo fato de vivermos sob a olhar de uma sociedade que valoriza a juventude, a produção em série, a reprodução e o piloto automático como a única forma de ser feliz. Tolinhos!

O que essas pessoas que nos olham com a projeção do fim não sabem, é que agora o peso dessa bagagem, curiosamente, é mais leve. A maturidade nos traz a possibilidade de apertar o botão do “fo..a-se” sem culpa. E isso é libertador!

Nessa altura da vida, falar sobre os amores vividos, as aventuras, sobre o prazer e sobre os sonhos, são combustíveis para nossa alma.

Sim, eu falei de sonhos! Esses não podem morrer, pois quando isso acontece, perdemos a libido pela vida e nos tornamos tristes, amargas, sem brilho, doentes e velhas.

Agora, quando damos asas aos sonhos sem medo de ser feliz, o tesão pela vida continua vivo, pois nossa capacidade produtiva e criativa está pulsante em nós. A alegria de viver o presente com presença, curtindo cada momento é um privilégio dessa fase. É claro que estou falando de uma parcela da população que não tem mais que se preocupar com as condições básicas da vida.

E por falar em tesão, é uma bobagem das mentes ignorantes e preconceituosas, acreditar que com a menopausa e a idade, a mulher perde o tesão e o desejo de fazer amor gostoso. Aliás depois dos 50 a intimidade é mais gostosa porque a preocupação com a performance na cama já não é mais um problema como para as meninas de 30. É evidente que muitas “cinquentonas” ainda estão presas a essas neuras juvenis. Mas…. Espero que elas se libertem.

Precisamos amadurecer com saúde e qualidade de vida para que nossa sexualidade se mantenha plena. E quando falo de saúde, me refiro à saúde física, mental, emocional e espiritual. E quando o assunto é a cama, estar bem emocionalmente, é fundamental para viver o desejo e o prazer.

Uma mulher fisicamente bem cuidada, linda e bem sucedida, mas imatura, com sua criança ferida, sua energia feminina desequilibrada e autoestima baixa, pode ter 20, 30, 40, 50, 60 anos, não importa a idade, certamente tem muitos problemas com o sexo.

Em contrapartida, uma mulher de 50 ou mais, com tudo isso bem equilibrado, terá desejo e prazer garantidos.

Pela minha experiência de vida e de consultório, não é a idade que determina se a mulher é boa de cama e sim suas condições físicas e emocionais. Quando ela está disponível e disposta a resolver algumas limitações fisiológicas e anatômicas próprias da idade, ela está pronta para viver sua sexualidade livre de qualquer julgamento. E diga-se de passagem, hoje temos muitos recursos que garantem a saúde genital e sexual feminina.

É muito importante entendermos que o sexo ao longo da vida vai ganhando outras configurações e que precisamos aprender coisas novas. Tem muitas formas que a maioria nem imagina…

E, para além de tantas possibilidades, não podemos esquecer que nosso clitórix está sempre lá e que quanto mais o estimulamos, mais ele nos proporciona orgasmos maravilhosos. E para ele, não há limite de idade! U huuu! Resumindo: A mulher madura, que conhece seu corpo e reconhece seu potencial, não está mais preocupada com as posições do Kama Sutra, ela sabe como ter prazer sem fazer muito esforço. Ela simplesmente, relaxa e goza!

Joana Moraes – Bela Urbana, Palestrante, Terapeuta Especialista em Sexualidade, Coach de Relacionamento Consultora de Educação Sexual e Familiar. Apaixonada pelo pôr do sol, pela lua cheia e pela vida. Mãe, amiga e mulher.


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