Deserto lugar de vida em meio as impossibilidades.
A vida acontece em meio a períodos que se alternam, assim como as estações do ano. Há momentos férteis repleto de flores a desabrochar e, outros áridos como folhas secas levadas pelo vento.
É interessante observar como as coisas estão interligadas, de modo que uma dimensão da vida aponta para o seu contrário, ou seja, para haver a primavera o outono se faz necessário e vice-versa.
Não aceitar o movimento natural da vida é resistir ao desabrochar de um novo caminhar mais autêntico e potente. A natureza nos mostra esse movimento, quando o stress causado pela força das mudanças das estações que precedem a primavera, faz com que a planta aprofunde suas raízes, buscando assim nutrientes, os quais ao serem levados através da seiva, irá revitalizar e transformar todo aquele esforço em uma semente carregada de novas possibilidades.
Há caminhos aonde o deserto se coloca como única travessia possível para chegar aos vales verdejantes e, assim encontrar terras habitáveis. O deserto exige de nós coragem, resiliência, sabedoria para armazenar elementos de fé, esperança e amor a vida. Logo se tornará possível reconhecer e contemplar a grandeza de um cacto florido, bem como a beleza de um oásis.
A vida que brota no deserto nos mostra a possibilidade de transformar o pouco em suficiente, como faz os cactos e o camelo ao armazenarem a água necessária para a travessia.
Quando pôr fim ao alcançarmos o solo fértil, possivelmente seremos inundados por uma alegria tamanha, que tudo ganhará um novo colorido, cada desabrochar de uma flor se tornará em um milagre e, ao nos perceber como instrumento através do qual a vida se reproduz, passaremos a ter responsabilidade em nos tornar canal para que a vida possa fluir dentro e fora de nós.
Entendo que a felicidade tem a ver com momentos, os quais movidos por um sentido de entrega a um Amor absoluto pela vida, nós lançamos com fé e confiança na direção do desconhecido que há em nós e no mundo, transcendendo o aqui e o agora e, assim abraçando a eternidade. A partir de um novo olhar poderemos então construir uma nova rede de significados, redimindo a nossa existência tornando a uma experiência única, intrasferível e especial.
Aos adquirirmos a consciência da grandeza do que significa estar vivo, não fará sentido deixarmos para depois ou delegarmos a outros a aventura de nos reinventar na direção do universo infinito que nos habita.
Gostaria agora de falar com você que por alguma razão está lendo esse texto: Supere o medo da angústia que o desconhecido pode provocar, pois ela é o motor de toda a criação, apenas deixe se emergir por inteiro, com seus lugares floridos e áridos. Será no encontro desses lugares aparentemente opostos, que a vida se fará, assim como o fogo que nasce entre o atrito de duas pedras.
De acordo com as escrituras sagradas, Deus, diante da falta de esperança e angústia do povo de Israel, que encontrava-se atravessando o deserto rumo à terra Prometida, diz o seguinte: Isaias 41: 18 – “Abrirei rios nas colinas estéreis e fontes nos vales. Transformarei o deserto num lago, e o chão seco em mananciais”. E assim a vida se refaz.
Oi Graça!
Viver é sim uma aventura que exige coragem, esperança e fé.
As frustrações, certos “fracassos”, podem fazer com que consigamos descobrir a nossa força interior e criatividade para novas saídas. Nada está pronto, nada está fixo ou acabado.
Vida é movimento.
Vamos nos transformando, podendo ser melhores a cada dia. Somos humanos, não é mesmo!
Gostei muito do seu texto.
Parabéns!! 😘
Graça parabéns pelo texto.
Otima reflexão.
Os momentos mais críticos podem levar a experiências enriquecedoras quando temos atitudes que agradam a Deus.
Abraço
Pr André
Ótima perspectiva de um caminho.
Muito bom seu texto.