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Pensamento Sobre a Estrada

Misteriosamente me calo ao observar a sorte que construo, me levantando na alvorada e indo me deitar muito depois que o sol se pôs.

Interessante como a estrada se faz presente nos meus dias e as dores no corpo se fazem amiga, para que eu não fique tão só;

Observo atentamente que outros, também constroem a sua sorte na mesma hora do dia, mais uma companhia que não se pode falar;
 
Calado, na estrada, dedico meu tempo a pensar sobre coisas que me podem fazer com que eu amadureça, amadureço ao tentar entender que eu não entendo sobre nada ao meu redor;

Silenciosamente, observo e me questiono, sobre se tudo isso vale a pena, entender a estrada, a vida ou mesmo este poema e novamente me calo, sobre mais um tema.

Penso nas pessoas que deixei para trás quando resolvi seguir esta jornada e no tempo de vida que gasto para ter algo que sequer tenho certeza sobre o que é, contraditório, desanimo, sobre o pensamento se este é o caminho que quero seguir.

Mas, por outro lado, ao observar o tempo que já passou, o lugar onde estive e o lugar onde estou, percebo que cada tijolo vem molhado de uma gota de vitória, fruto desta estrada, e percebo também, que ao repousar, nos braços do cansaço, sobre o alento do que construí, terei descanso momentâneo, para no outro dia partir.

André Araújo – Belo Urbano. Homem em construção. Romântico por natureza e apaixonado por Belas Urbanas. Formado em Sistemas, mas que tem a poesia no coração. 46 anos de idade, com um sorriso de menino. Sempre irá encher os olhos de água ao ver uma Bela Mulher sorrindo.

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Leia meus lábios

Leia meus lábios

Eles não balbuciam, escrevem.

Leia meus lábios

Eles não xingam, escrevem

Leia meus lábios

Eles não falam, escrevem

Escrevem em letras minúsculas

Ideias maiúsculas

Escrevem em código morse

Só para complicar, of course

Escrevem em rima

Só para criar um clima

Escrevem, escrevem, escrevem

Como se quisessem descrever

Seus lábios.

Beto Mallmann – Belo Urbano, que era publicitário e virou artista e escritor e ficou muito feliz com isso.

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Saudade

Tempos de renovação
E tu me soltastes a mão
Para seguir teu caminho
E a mim? Deixastes sozinho?!

Cerro os olhos e te chamo em meua sonhos,
Acaso esquecestes o quanto “te estranho”?!
Espero no amor a paciência em ter SAUDADE
Ela nunca se vai, tal como tatuagem.

Com lágrimas te vejo povoando meus pensamentos,
Outrora rindo de felicidade, terno como um acalento
Te peço me espere, zele e me mantenhas vigiada…
Mas quão egoísta seria, por prender-te à minha jornada?

Solto tua mão, mas com o coração firme,
Pois duas almas afins jamais se perdem
O amor nos une, e a saudade pra sempre nos persegue!

Carol Costa – Bela Urbana, mulher, mãe de dois meninos, bacharel em direito, apaixonada pela escrita, pela vida e movida por sonhos.
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Relacionamento e Diversidade de Opinião

A comunicação e o relacionamento são fundamentais para o ser humano que, como ser social, depende do contato e da interlocução com o outro para sua sobrevivência e evolução.

Começo resgatando essa questão básica para expor um sentimento que me incomoda muito: o fato de estarmos vivendo um momento quando não existe tolerância para quem pensa diferente de nós.

Já não é de agora que o ser humano não tem conseguido se dar conta de que na comunicação que estabelecemos com o outro, por mais que queiramos influenciar sua opinião, nem sempre esse objetivo é alcançado. Há uma série de motivos para isso, afinal, cada um de nós tem uma história de vida que interfere na nossa percepção sobre o mundo.

Além disso, influenciar opinião depende também da maneira como comunicamos e da nossa credibilidade frente a quem queremos influenciar.

Contudo, a falta de respeito parece prevalecer, e isso nos conduz a nos fechar em bolhas ou nos isolar para evitar atritos ou negligenciar quem quer que pense diferente.

Nesse sentido, estamos nos perdendo de nossa essência social, já que a convivência é fator preponderante para quem deseja ampliar seus conhecimentos, compreendendo as diferentes visões de mundo, ainda que nem sempre de acordo com nossa percepção. É interessante como isso se reflete em todas as relações, sejam elas familiares, sociais, de trabalho.

Muitos conclamam a democracia e a liberdade de opinião, mas querem impor para o outro a sua opinião, o que representa um verdadeiro paradoxo que merece nossa reflexão.

Antes de rejeitarmos e rechaçarmos as opiniões diferentes das nossas, é bom lembrar que novos olhares são capazes de nos provocar e de nos tirar da zona de conforto para refletirmos sobre os diferentes temas que impactam a nossa vida e a sociedade como um todo.

Que tal exercitarmos isso no nosso dia a dia, seja em casa, no trabalho ou nas redes sociais?

Acredito que saber lidar e ouvir as opiniões diferentes com respeito é um passo necessário que precisamos dar para frente.

Maria José da Costa Oliveira – Bela Urbana, pesquisadora, autora de livros e artigos, além de docente e profissional da área de Comunicação. Mãe de três filhas e valoriza cada um dos papéis que exerce, incluindo o de esposa, filha, irmã e amiga.
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O que faz sentido

“Faz sentido” o que é na realidade sentido. Sentimos e então, “faz sentido.” 

Conforme envelhecemos e amadurecemos, há mudanças em nossa avaliação do que nos faz “sentido” e as coisas que são importantes para nossa vida. 

Com o passar do tempo as coisas materiais são menos importantes e nem tudo “faz sentido” para vivermos felizes. 

Faz mais sentido ter ao lado poucos amigos e verdadeiros.

Faz mais sentido estar junto com a família e sentir o amor que vem dela. 

Faz mais sentido uma mala pequena e muita viagem.

Faz mais sentido ficar um tempo sozinha do que o tempo todo procurando companhia.

Faz mais sentido discutir menos e sentir a paz.

Faz muito mais sentido ser do que ter. ]

Faz muito mais sentido uma taça de vinho a dois e a brisa do mar do que grandes festas…

E o que diria do sentido que é ter o netinho querendo seu colo e histórias para contar. 

Faz mais  sentido a casa cheia do que o sofá vazio pra deitar. 

Com a maturidade a vida toma outro sentido que só a idade nos dá. 

Sentido que só é sentido quando viver é o mais importante. 

Vera Lígia Bellinazzi Peres – Bela Urbana, casada, mãe da Bruna e do Matheus e avó do Léo, pedagoga, professora aposentada pela Prefeitura Municipal de Campinas, atualmente diretora da creche:  Centro Educacional e de Assistência Social, ” Coração de Maria “


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Brilho no olhar

O silenciar da alma me agita, onde para alguns isso é algo de reflexão, para mim olhar para si mesmo é algo novo a se descobrir, pois sempre estou em movimento em busca de algo novo para preencher esse vazio que inquieta o lado esquerdo do peito.

Cessar esse buraco leva tempo, pois temos que preencher com bons momentos e pessoas.

O lado bom do aprendizado é que com os erros passados tentamos de alguma forma não cometê-los novamente. É como uma memória que fica e sempre que voltamos para repensar se escolhemos faze-lá de novo ou não. É uma escolha necessária pois para evoluir devemos de alguma maneira optar por aquilo que nos faz bem. Para fazer algo que supere as expectativas devemos de algum jeito INOVAR. O novo assusta e as vezes paralisa é como um beco sem saída, mas basta surgir uma ideia que aquilo se ilumina.

Brilhar é fácil mas sustentar esse brilho precisa de muito esforço e sacrifício que nos dias atuais só olhamos para nós mesmos sem conseguir enxergar o outro. Não deixe essa LUZ se apagar pois quando isso acontecer não teremos forças necessárias para acendê-la novamente.

Giovanna Finatti Domingo Bela Urbana, é bem tímida, não consegue às vezes se expressar bem em palavras, mas a escrita a fez evoluir muito. Amo animais e não vive sem o seu cachorro, o Flocks.

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Par ou ímpar

Nascemos ímpar

Buscamos par

Par para passear

Ímpar para pensar

Há quem prefira ímpar

Três nesse caso não é demais

Três é demais sim!

Ai, ai, ai.

Mas e o par?

Par somos nós

mas ímpar, quando não é um, pode ser nós também.

Ímpar, par, par ou ímpar?

Não é difícil ser par

Mas é difícil encontrar esse par.

Paridade é raridade na real

na vida real

Sou ímpar, porque todos são verdadeiramente assim

Na forma, no olhar, no falar, no sorrir e no chorar

Fico par, quando quero unir forças para transformar

e quando quero somar com outro ímpar.

Adriana Chebabi  – Bela Urbana, fundadora do Belas Urbanas onde faz curadoria dos textos e também escreve. Publicitária. Curiosa por natureza.  Divide seu tempo entre seu trabalho de comunicação e mkt e as diversas funções que toda mulher contemporânea tem que conciliar, especialmente quando tem filhos. É do signo de Leão, ascendente em Virgem e no horóscopo chinês Macaco. Isso explica muita coisa.
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Temos…

Nós temos que conversar sobre o seu cheiro em meus lençóis;
Temos que falar sobre os seus cabelos em minha cama;
E o gosto do seu beijo em meus lábios;

Nós temos mesmo que conversar sobre o tom da sua voz nos meus ouvidos;
Temos que falar sobre o gosto da sua boca na minha boca;
Sobre a textura da sua pele nos meus sentidos;

Temos que falar porque minha cama fica tão gigantescamente desconfortável com a sua ausência;
Porque meu sono fica insanamente ruim quando você não esta perto;
Temos mesmo que conversar sobre esta sua mania de invadir os meus sonhos só para eu lembrar de você;

Estou passando para desejar um ótimo dia para você.

André Araújo – Belo Urbano. Homem em construção. Romântico por natureza e apaixonado por Belas Urbanas. Formado em Sistemas, mas que tem a poesia no coração. 46 anos de idade, com um sorriso de menino. Sempre irá encher os olhos de água ao ver uma Bela Mulher sorrindo.
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Direção

Tiraram o meu chão
Agora peso descalça na grama
Buscando a energia que preciso
O riso e difícil
Do pensamento não consigo apagar as imagens
Relutei para colocar uma foto nossa na parede
Respirar fundo e desacredito, quase sempre
Organizada a casa
Pouco a fazer
Vivo a solidão que construí
Poucos amigos
Poucas palavras
Essa é a minha realidade
Boa se a vida não tivesse tirado a força essa alegria de mim
Experimento bons momentos na minha obsessão
Limpar o mato da horta, fazer canteiros. Varrer as calçadas. Limpar o pó.
Fico bem quando olho a ordem
Faço uma boa comida, prato colorido sempre
Vejo a simplicidade como o fato mais concreto da vida.
Sou apenas esse corpo e essa mente agora.
Poucas vezes me vem aquela sensação boa de Alegria. Acho que o tempo vai arranhando assim como arranha o meu corpo.
Sinto falta do abraço apertado do filho pequeno, do neto.
Sinto falta da ilusão da paixão.
Ainda me excitam filmes, musicas, corpos bonitos. Me surpreendo tendo desejo aos meus 65 anos. Rio disso.
O caminho para o FIM está bem menor.
Já aprendi bastante e pela minha falta de crenças, esse aprendizado só me serve pra hoje e às vezes, nem isso.
Não acho que evoluo pra nada a não ser para a morte eminente.
Sigo em frente, só tenho essa direção.

Maria Nazareth Dias Coelho – Bela Urbana. Jornalista de formação. Mãe e avó. É chef de cozinha e faz diários, escreve crônicas. Divide seu tempo morando um pouco no Brasil e na Escócia. Viaja pra outros lugares quando consigo e sempre com pouca grana e caminhar e limpar os lugares e uma das suas missões.
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VOCAÇÃO PARA AMAR?

Sou um ser “questionante” e um dia desses me veio à mente a seguinte questão: E esse tal AMOR, existe mesmo? Ou seria invenção de romancistas, filósofos e religiosos?

Teriam os seres vivos a capacidade de amar genuinamente?

Eu amo? Eles amam? Vocês amam?

A maioria responde “sim”. Ama-se os pais, filhos, amigos, cônjuges, bichos de estimação, plantas…

Bichos? Plantas?

Pois não é?

Observando comportamentos humanos e dos outros animais, percebi que o amor é, de fato, uma capacidade nossa e deles.

Não só somos capazes de amar, como somos vocacionados a tal.

Gostamos de amar (e ser amados, claro), precisamos amar, independente do ser amado.

Direcionamos essa nossa energia aos mais próximos (familiares e amigos) e, na ausência destes, escolhemos outros objetos de amor. É como se essa força não coubesse dentro da gente e precisássemos lançá-la mundo afora.

Tenho visto a geração da minha filha muito ligada em “seres de estimação”: gatos, cães, peixes, plantinhas, outros têm animaizinhos exóticos.

Muitos deles não querem ter filhotes próprios e adotam os bichinhos, tratando-os como filhos: “Vem cá, filho, vem comer”, diz Vitória para seu gato Miguel; diz, ainda: “Paulo dá beijinhos no aquário, não é filho?”, referindo-se ao seu peixinho; minha enteada diz para sua cã Zara: “Filha, deixa a mamãe entrar”.

Pensei: como já são adultos, a relação amorosa com os pais já está estabilizada; o dar e receber já está estabelecido em uma linha constante. 

É preciso, então, encontrar novos veios, porque essa vontade de amar (e ser amado, diga-se) brota sabe-se lá de onde. Talvez da fonte primordial da vida.

Por isso os filhos, sejam eles humanos ou não.

Quer melhor exemplo de relação de amor do que a existente entre pais e filhos?

A vida inteira dos envolvidos pauta-se nesta variável (ou seria uma constante?): se a experiência foi boa e equilibrada, a pessoa terá relações saudáveis e se foi tumultuada, pode haver “disfunções amorosas”.

Concluí, assim, que o AMOR, este ente abstrato e tão proclamado, de fato existe, não de per si, isolado, mas em cada ser vivo, que se alimenta dele para continuar existindo e criando ainda mais amor. 

Maria Claudionora Amâncio Vieira –  Belas Urbana, formada em Direito pela Universidade Estadual Paulista – UNESP e é especialista em Direito do Trabalho e Processual do Trabalho pela Universidade de Franca. Amante incondicional da Natureza Selvagem, grande apreciadora dos prazeres da vida, leitora contumaz e cinéfila por excelência