Dica de livro: Luana – A Menina que viu o Brasil Neném.
Frase do autor: “Quem não se vê não se reconhece. Quem não se reconhece não se identifica. Quem não se identifica não se ama, tem baixa autoestima e se desinteressa tanto por si próprio quanto pelo outro”.
Curiosidade sobre o autor: Participou de um programa infantil de tv, escrevendo e produzindo histórias, sempre com a utilização de objetos cênicos e lúdicos. Desde então, passou a contar histórias, na maioria das vezes de inspiração em cultura africana e afro-brasileira.
Por que escrever?: O autor acredita que o universo da literatura é muito rico, fascinante e um caminho para lutas importantes e pelas relações étnico-raciais.
Yaguarê Yamã
Nasceu na aldeia Yãbetué, no município de Nova Olinda do Norte – AM.
Dica de livro: Pequenas Guerreiras.
Frase do autor: “Precisamos dividir o conhecimento e aprender juntos para poder viver. A convivência também combate os preconceitos, que têm origem no desconhecimento”.
Curiosidade sobre o autor: Atua com grafismo. Aprendeu a desenhar no terreiro da aldeia onde nasceu, usando uma espinha de peixe, e desenhando na terra, considerada o “caderno” para os índios.
Por que escrever?: Diz o autor: “O mundo indígena é de contação de histórias e, quando a gente sai da aldeia, vê que é necessário trazer a floresta para o mundo urbano, para tirar esse ódio e preconceito, mostrar nossa cultura, nossas histórias. Foi isso que me motivou a ser escritor: queria mostrar as belezas da aldeia para a cidade, mas de que maneira? Por meio dos livros. Escrevendo também contribuo com o movimento indígena”.
Frase da autora: “A leitura é importante não só para enriquecer o vocabulário da criança e para ajudá-la a interpretar um texto e a desenvolver uma linha de raciocínio. A leitura serve para integrar a criança ao mundo, para torná-la curiosa em explorar diversas áreas do conhecimento”.
Curiosidade sobre a autora: Começou a criar histórias com oito anos. Percebia que em cada canto havia várias velhas-novidades, entre elas, uma máquina de escrever, onde passava horas batendo nas teclas, até encher o papel, e depois brincava com os personagens que inventava. Outro fato foi que, por conta do medo de lagartixa, começou a elaborar um texto onde quem provocava o susto e o assustado compartilhavam dos mesmos sentimentos de pânico. E não parou mais de escrever.
Por que escrever?: A autora entende que as crianças precisam ser ouvidas e saber ouvir. Quando elas percebem que conquistaram seu espaço, sentem-se acolhidas para questionar, expor opiniões, expressar emoções.
Nilma Lino Gomes
Nascida em Belo Horizonte, Minas Gerais.
Dica de livro: Betina.
Frase da autora: “É preciso construir a nova gestão com o maior número de olhares sobre o novo desafio que se configura no combate ao racismo no Brasil”.
Curiosidade sobre a autora: Sua atuação nas áreas de Educação e Antropologia Urbana ampliou seu interesse por questões étnico-racial, movimentos sociais e educação, relações raciais, diversidade cultural e gênero.
Por que escrever?: Com seus livros, busca trazer a importância da população negra para a construção da identidade social do Brasil, além de reforçar a urgência da luta contra o racismo.
Frase da autora: “Escrever/criar personagens era, para mim, uma forma de sobreviver e de poder construir a casa que eu queria morar; só depois, quando abracei a literatura, é que me dei conta de que escrever/criar personagens era muito mais que um jeito de sobreviver. Considero o escritor o cidadão da sua língua”.
Curiosidade sobre a autora: Ainda bem jovem, Lygia criava suas próprias fantasias para brincar o carnaval, e foi desenvolvendo grande habilidade criativa.
Por que escrever?: A autora considera de fundamental importância tratar de temas que são considerados delicados, como morte, abuso sexual e desigualdade social.
Stella Maris Rezende
Mineira de Dores do Indaiá.
Dica de livro: A fantasia da família distante.
Frase do autor: “Tudo inspira um escritor. Eu, por exemplo, escrevo sobre o que observo, sobre as pessoas que conheço, sobre aquilo que vejo. Não crio roteiros. Minhas histórias vão simplesmente se construindo à medida em que vivo.”
Curiosidade sobre o autor: “Stellinha, você vai ser uma escritora.” Foi o que Stella Maris ouviu de sua professora quando tinha apenas 8 anos. Foi um grande incentivo!
Por que escrever?: A autora acredita que a escrita e a leitura são inseparáveis. “Ler sempre é válido, e quando a leitura vira um hábito, o interesse por outras coisas também cresce”.
“O faz de conta é importante para a criança. Ao simbolizar, o inconsciente se manifesta. O ser humano que não consegue se simbolizar se desequilibra psiquicamente”.
Olha que curioso, em sua biografia, descobri que quando pequena, tinha oito graus de hipermetropia mas não sabia, não usava óculos. Ela disse que então vivia num mundo de imagens, porque simplesmente não conseguia enxergar as letras da maioria dos textos. E justamente por causa disso ela lia muito pouco e raramente escrevia.
Curioso né? Ainda mais ao saber que ela se tornou uma escritora!
Ela disse que se não fosse escritora, gostaria de ser professora ou então palhaça.
Ela não nasceu no Brasil, nasceu em Roma, na Itália, mas aos dois anos de idade se mudou para o Brasil! Que sorte a nossa!!!!
Achou que seria ilustradora, afinal sempre desenhou muito desde pequena e inclusive estudou arquitetura, mas não gostou da sua primeira experiência, embora essa não tenha sido a opinião dos leitores.
Aos poucos foi escrevendo e escrevendo…
Entre os muitos personagens que criou, eu sou apaixonada pelo Felpo Filva, um coelhinho divertido, atrapalhado, charmoso e muito carismático. O personagem dá nome ao livro e a história, no meu entender é uma história de amor!
Uma vez ela disse: “Desde pequena sinto que tenho de fazer coisas, de criar. E tenho muita energia para isso. Para a criação não existe preguiça. Para outras coisas sim.”
Já sabe quem é ela?
Eva Furnari.
Se você já leu algum de seus livros, compartilhe conosco a sua experiência.
Conhece o coelho poeta “Felpo Filpa”? Corre lá para conhecê-lo e encante-se.
“Gostava de soltar as ideias sem rédea enquanto sentia o vento e a imensidão.”
Quando leio sua frase, fecho os olhos e consigo sentir o vento e ainda com os olhos fechados, enxergo o que não vejo!
Pesquisando um pouco mais sobre quem escreveu essa frase, descobri que quando era criança, sonhava em ser artista de cinema, mas achava que seria mesmo professora. Sempre gostou de escrever. Fazia diário, escrevia muitas cartas, fazia parte da equipe do jornalzinho da escola, essas coisas…
Ela nasceu no dia 24 de dezembro de 1941.
Eu fico me perguntando, será que ela ganhava dois presentes no Natal?
Já sabe quem é ela? Vou dar mais algumas dicas…
Ela tem mais de 100 livros publicados e escreve para crianças, adolescentes, já escreveu para os educadores e muito mais. Impressionante né?
O seu primeiro nome tem 03 letras, e pode ser lido de trás para frente, que o nome continua o mesmo.
Uma vez meu filho, quando ainda estava no fundamental, teve a indicação de ler um de seus livros… Bisa Bia, Bisa Bel!
Eu adorei o nome, já achei divertido logo de cara e resolvi ler também… fiquei encantada com a história, especialmente com o encontro de gerações passadas e futuras que o livro proporciona.
Acho que agora você já sabe de quem estou falando, né?
Sim, é ela: Ana Maria Machado!
E você a conhece? Já leu algum de seus livros? Compartilhe com a gente!
Leia para uma criança, deixe uma criança ler para você.
Por Simara Manfrinatti Bittar e Cláudia Chebabi Andrade.
Você sabia que o Dia das Crianças foi criado no Brasil antes de ser comemorado no restante do mundo? Não sabia? Pode pesquisar…
E embora essa data tenha um forte apelo comercial, inclusive pela forma como se tornou popular, que tal aproveitarmos como uma grande oportunidade para transcender a intenção comercial e para popularizar a literatura como uma grande oportunidade para explorar o mundo de forma livre, divertida e segura?
Na Semana das Crianças, o projeto Belas Urbanas convida a todas as pessoas a se encantarem pela magia do universo mágico da literatura infantil.
Você sabia que uma em cada quatro mulheres brasileiras não têm acesso garantido a absorventes? Sabia que uma em cada cinco mulheres não dispõe de R$ 15,00 para cuidar da higiene pessoal no ciclo menstrual? E ainda, que alunas vulneráveis de escolas públicas se ausentam 45 dias no ano, em função da ausência de absorvente?
A Organização das Nações Unidas (ONU) estima que 1 entre 10 meninas no mundo sofrem com o impacto da pobreza menstrual na vida escolar.
Fornecer absorventes íntimos é garantir a dignidade de todas as mulheres, para que elas não faltem ao serviço, de suas atividades e no caso das alunas, não faltem da escola, local este, possível para que se amplie as oportunidades de desenvolvimento pessoal, profissional e econômico.
Vale dizer que em muitos países essa questão já é um direito garantido pelo governo.
A Escócia foi o primeiro país do mundo a oferecer produtos menstruais gratuitos de forma universal. Nos EUA, vários Estados aprovaram leis que obrigam o fornecimento desses produtos de forma gratuita nas escolas.
Em Campinas, a equipe da Escola Estadual Tenista Maria Esther Andion Bueno, localizada no Jardim Rossin Região do Campo Grande, por meio do Programa de Dignidade Íntima do Governo do Estado de São Paulo, propôs uma reflexão em como garantir o direito aos absorventes e ao mesmo tempo, fazê-lo de uma forma que fosse respeitosa com as alunas?
Pensando nisso, eles deram início a um projeto, que possibilitou pensar na acessibilidade ao absorvente de forma autônoma das alunas, iniciaram um processo de diálogo formativo com os alunos do grêmio estudantil e com os professores da escola e propuseram a comunicação desta ação à toda comunidade escolar.
Em relação a acessibilidade ao absorvente de forma autônoma com as alunas, com a ajuda voluntária do engenheiro Diego Aparecido Paixão da Silva, eles desenvolveram uma máquina que será instalada no banheiro femino para que as alunas possam retirar o absorvente quando necessitarem e de forma privada. A ideia não é apenas garantir a entrega dos absorventes, mas cuidar da aluna de forma integral, respeitando sua privacidade e protegendo-a de situações de exposição em função de sua saúde íntima.
Quanto ao processo de diálogo, ele é contínuo, reflexivo, formativo e a cada nova ação/questão, novos desafios e novas perguntas são levantadas na escola que busca internamente e em parceria com a rede de proteção encontrar caminhos possíveis de superação. Um exemplo disso é o diálogo que a escola promoverá com a ginecologista do Posto de Saúde da região para orientar a equipe escolar.
Por fim, a comunicação desta ação, ficou sob responsabilidade dos alunos, com supervisão dos profissionais da escola, que estão elaborando o jornal que será entregue a todos seus alunos e seus familiares.
E assim, se confirma o ideal de uma escola que propicia o agir e refletir sobre o mundo a fim de modificá-lo para seja mais justo!
O meu agradecimento ao diretor da escola Arnaldo Valentim Silva que compartilhou essa experiência na expectativa que esta ação seja ampliada e possa atender continuamente as alunas das escolas públicas.
Se você tiver interesse em apoiar, conhecer mais sobre essa ideia, é só entrar em contato!
Dados adicionais: Na semana do dia 11/10/2021 será instalada a máquina na escola!
Eu me calei por quase 1 dia inteiro, não poderia acreditar no que estava acontecendo, tinha chegado no limite de não ser mais necessário. Olhei para cocaína que estava na minha mão, quase 50 gramas, lembrei das lágrimas da minha mãe, a única que se importava, respirei fundo e tomei a decisão. Já não tinha mais nenhum sentido eu continuar vivo, todos os que estavam ao meu redor só olhavam para mim e viam problemas, eu só olhava para mim e via problemas. Não conseguia, de forma nenhuma entender como alguém só conseguia errar, tudo estava em destroços pelo chão, minha vida, minhas esperanças, meus amores, era um espectro social.
Me lembrei claramente do Devair, que havia há poucos dias, dado um tiro na própria cabeça, ele já era passado, as pessoas foram ao velório dele, se reuniram e falaram que ele era um rapaz legal, mas no meu velório, com certeza não iriam, fazer o que no velório alguém com tão pouca expressão. Tinha nesta época, uma paixão, risos, tive muitas durante a minha vida, mas neste momento parecia muito mais forte, ela parecia, por algum motivo que não consigo explicar, ela parecia mesmo me ver. Sentei na calçada com ela, Cibele, olhos claros, um sorriso meigo, cabelos encaracolados, dourados que refletiam a armação do óculos dela, dentes completamente perfeitos, um sorriso de parar coração de cardíaco, sentado com ela na calçada, ele me disse, não sei se por piedade ou carinho que havia esperança, que eu não deveria desistir de tudo.
Sorri para ela pelo canto da boca, e disse que era melhor não nos vermos mais, não a queria junto de alguém como eu, destrutivo, complicado, o pior que se pode ter. Ainda com o pó no bolso, retornei para casa, andando e pensando como seria deixar todos para trás, encontrei, como que no filme alguns personagens no meio da rua, continuei caminhando e fui para casa, lá, sem ninguém ver, peguei o que precisava para fazer o que queria, fui me esconder em uma construção, aonde, novamente, cheirei sozinho toda aquela cocaína, mas não era bom em concluir tarefas, obviamente, não tive a overdose que queria e tive que encarar o mundo novamente, novamente invisível, novamente sozinho, novamente perdido.
Este relato é real, vivido por mim, cada detalhe, hoje, quase 30 anos depois, não uso mais drogas e tenho meu caminho muito bem definido, mas os pensamentos sobre suicídio eram muito comuns na minha cabeça, por varias e varias vezes senti que não era visto, não era escutado e não era percebido.
O suicida tem uma visão um pouco diferente das outras pessoas, ele sente uma solidão tamanha que não consegue controlar, e por isso, segue em direção a caminhos como as drogas, álcool ou o atentado a própria vida.
Existem muitos recursos para mudar isso, a religião, o estudo, o trabalho, mas ele não pode perceber isso sozinho, é muito importante estar atento as pessoas que estão ao seu redor, perceber se eles estão se sentindo parte das coisas, fazer com que elas sejam e estejam junto com as pessoas, mostrar para elas a importância da existência delas.
Depois de quase 3 décadas, 1 Graduação, 2 MBA’s, uma carreira sólida, percebo que ainda tenho muito a viver, que tenho muito a aprender, mas aquele buraco, que me consumia, ainda esta aqui, todo dia jogo terra nela, todo dia procuro novos motivos para viver.
Por isso, preste muita atenção nas pessoas que estão ao seu redor, elas precisam que vocês as vejam.
Belas Urbanas um grupo tão engajado sobre o social, e um grande facilitador para ilustrar pensares sobre SERES VIVOS – HUMANOS- principalmente.
Sentir o Setembro iniciando seu #fluxo2021 e, nos programando para observar as “DÁLIAS” (expressão) conectadas com a simbologia da cor amarelo como SOSurgente.
Senti nesse iniciar de Setembrar 2021 logo pela manhã, o desenrolar de um ato contra a própria VIDA (leia-se SUICÍDIO)… Cruel demais e a primeira vista FORA do contexto. E quando essa VIDA está na ADOLESCÊNCIA, e você reconhece que como VIZINHA esteve mais de 45 anos vivendo e vibrando a plenitude da família crescendo em ELOS com a sua, é estarrecedor!
Senti com esse Setembrar a evasão de capítulos dessas “HISTÓRIAS” e, a invasão do THE END dessa mesma HISTÓRIA, que em segundos se torna um “CAUSO” contado em convívios fechados e ou abertos e, em becos nada programados.
Senti o Setembrar como um abscesso, que irá expurgar dentro da família conectada de forma visceral em ELOS quebrados, assim como os caquinhos de um espelho de cristal, ou o espalhar esmiuçado do idro Nadir Figueiredo.
Sentir o Setembrar como VIZINHA e AMIGA de longa data e, diante desse impensável EVENTO, fez-me pensar no tocante à EMPATIA na acepção literal da palavra, e sobretudo me colocar como a “MÃE” nessa situação horrorosa que nos dias desses “HOJEVIVENDIS” se reverbera e maltrata a SOCIEDADE como um todo.
Porém, sentir o Setembrar e me colocando nesse desmonte FAMILIAR à olho nu, NÃO consigo me alinhar no DENTRO dessa “MÃE” pois essa DOR é inatingível, inviolável e, eu só tenho força para dar-me ao RESPEITO, do VALOR da FÉ, COLO, OMBRO e, do SILÊNCIO!
“SOSetembro Amarelo”
A palavra é: OBSERVAR.
Mas, sem se deixar cair na frase:
HOJE É ASSIM.
Que eu Joana dArc Neves de Paula discordo literalmente em gênero, número e grau.
HOJE ESTÁ ASSIM.
Fico por aqui e completo:
“EU DEFENDO A CRIANÇA ATÉ O ÚLTIMO GOLE DE LEITE MATERNO”
Este é o mês de conscientização sobre a prevenção do suicídio. Este mês deveria também ser o período de reflexão sobre os comportamentos que abreviam a vida de muitas pessoas. E algumas partidas poderiam ter sido evitadas, principalmente, se homens pudessem olhar um pouco mais para si e para os seus próximos. O amarelo é um sinal de atenção. Olhar com mais cuidado, mais profundo. O patriarcado vem impactando o número de suicídios masculinos porque causa uma cegueira emocional.
Se o suicídio é um assunto complexo, a construção da identidade masculina também acompanha esta mesma complexidade. O patriarcado cria um véu que encobre os sinais precoces de que alguma coisa não vai bem. Quando meu irmão mais novo, começou a dar os primeiros sinais, acreditava que ele iria superar, porque como homem, forte e saudável, como alguma coisa poderia abalar a sua vida.
Acostumado a suportar pressões, cobranças e pesos, homens não podem fraquejar ou desistir. Nunca e jamais iria pensar que o sofrimento interno pudesse ser tão escondido. Jovem com tantos privilégios, sucesso, e prestígio, dificilmente estava preparado para encarar que meu irmão estava em sofrimento. Homem não pode chorar. Não pode demonstrar sentimentos, não pode se aproximar porque o feminino significa fraqueza. Homens são treinados a praticar e sofrer assédios, domesticados a atacar e ser atacado, ferir e ser ferido. Enfim, a construção da masculinidade é a distorção do masculino, refletindo nos homens, comportamentos distorcidos, capaz de torná-los vítimas de si mesmo.
Se a pressão foi sobre ele, na verdade também a pressão foi sobre mim, por não ter entendido mais profundamente, como a banalização pode causar cegueiras e silêncios. Em uma sociedade patriarcal, costumamos seguir regras e comportamentos comuns a maioria dos homens. Esquecemos das individualidades, das subjetividades e infelizmente optamos por um comportamento de rebanho.
As masculinidades e suas relações tóxicas surgem dentro de uma descontinuidade. Dentro de uma ruptura com a realidade projetando como reais as ilusões assumidas na vida de cada homem. A descontinuidade é um processo de rompimento consigo e com os demais que estão a sua volta. Bloqueio de emoções e de palavras. Império tirânico do silêncio e do vazio preenchedor das necessidades masculinas. Meu irmão não tinha tempo para nada, mas eu também deixei de ter tempo para ele. Porque agendas não batiam. Compromissos disfarçados como fugas. A falta da vontade do encontro. Um hábito se torna uma regra de conduta, quando essa regra passa a ser seguida e obedecida cegamente. Sem questionamentos. É isso que as relações tóxicas fazem nas masculinidades. Assumimos um processo de generalização, de padronização e de naturalização. Ahhhh, homens são todos assim, calados, fechados e não se abrem com ninguém. É necessário vencer esta força com muito carinho e afeto. Gostar de si mesmo é o primeiro passo a aprender a ouvir a angústia do outro.
O alerta amarelo deve ser dados a todos os homens. Quebrar com o código das masculinidades tóxicas porque em seu ciclo vem aumentando a situação de suicídios. Quero deixar um claro aviso, que homens possam cuidar de si, que homens possam cuidar de outros homens, com exemplos de vida. A vida é muito mais forte que padrões que inibem os sentimentos. Acolher, escutar, abraçar pode fazer a diferença.
Aprender significa estar num fluxo contínuo de olhar a si mesmo para ver o outro. Porque aprender é um processo corretivo de nossas percepções. Aprender é possibilitar a continuidade da vida dentro de nossos corações.
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