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Entre o trabalho e a Vida: A urgência do Tempo

O tempo é um professor implacável e paciente. Ele ensina lições valiosas, especialmente para aqueles que não encontram tempo para viver com qualidade.

Olho para trás e vejo minhas filhas, que a tão pouco tempo se apoiavam nas minhas saias, hoje caminhando com suas próprias forças.

O trabalho, esse devorador insaciável do meu tempo, consome meus dias e noites. E eu, o que conquistei?

Lembro-me do cheiro de comida quentinha que enchia a casa, trazendo consigo uma sensação de aconchego e amor. Hoje, esse aroma é uma lembrança distante. Comer? Só se houver tempo.

A casa, antes um refúgio limpo e organizado, agora é um campo de batalha contra a desordem. Faxina? Só quando sobra um momento. Roupas lavadas? Se der tempo.

E o trabalho continua, insaciável, consumindo cada segundo, cada minuto. As desculpas para procrastinar são muitas, mas o resultado é sempre o mesmo: menos tempo para o que realmente importa.

As saídas com minhas filhas? Antes frequentes, agora são raras. Eu, sem tempo. Elas, sem tempo. O risco de não aproveitar esses momentos é grande, e o arrependimento pode ser um companheiro constante.

Peço mais tempo, imploro por ele, mas o tempo não se dobra à nossa vontade.E então, percebo que é preciso mudar.

O tempo, com sua pedagogia silenciosa, me mostra que é necessário priorizar.

O trabalho é importante, mas não pode ser tudo. A vida não pode ser deixada para depois, para “quando houver tempo”.

Preciso reencontrar o equilíbrio, redescobrir o prazer das pequenas coisas. Sentir novamente o cheiro de comida caseira, ouvir a risada de minhas filhas, aproveitar cada momento.

O tempo é precioso e, uma vez passado, não retorna. Que essa narrativa seja um lembrete de que o tempo é um bem valioso. Que possamos aprender a usá-lo de maneira sábia, equilibrando nossas responsabilidades e prazeres, para que, ao olhar para trás, possamos ver não apenas conquistas, mas também momentos vividos com qualidade e amor.

Maria Teresa Cruz de Moraes – Bela Urbana, negra, divorciada, mãe de duas filhas moças, totalmente apaixonada por elas, seu maior orgulho. Pedagoga, psicopedagoga, especialista em alfabetização e coordenação pedagógica. Ama estudar. Está sempre envolvida em algum grupo de estudo que discuta sobre práticas escolares e tudo que acontece no chão da escola. Ah, é ariana.

 

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O próximo beijo por Teresa

Próximo beijo será pra “ele”. Ele que um dia neguei muitos beijos. Ele que mesmo depois de anos de casados gostava de longos beijos.

Dizia que “o beijo aquece o amor que esta esfriando”. Por cinco anos ficamos ausentes um do outro, partiu e acreditando ser o fim buscou uma outra boca.

Fiquei sozinha gostando da pausa, da frieza, correndo na labuta, numa luta por viver… cinco anos … De vez em quando sonhos com beijos, beijos roubados, beijos consentidos… mas sonhados, não vivenciados. Vem a saudade, da boca de hálito puro, mesmo na manhã ainda no leito.

Vem a lembrança dos beijinhos terminados em mordidinhas nos lábios que pareciam esticar como chicletes numa provocação para outros beijos. A saudade daqueles beijos, foi chegando, se instalando, se firmando e agora?

Bora correr atrás daquela boca que depois de uma boa conversa diz também sentir saudades da minha. Confessa que enquanto outra boca beijava era a minha que ansiava… Bora buscar sua boca em minha boca e nunca mais desgrudar!

O próximo beijo, será pra ele, pois nunca foi de mais ninguém!

Maria Teresa Cruz de Moraes – Bela Urbana, negra, 52 anos, divorciada, mãe de duas filhas, uma de 25 e outra de 17, totalmente apaixonada por elas, seu maior orgulho. Pedagoga, psicopedagoga, especialista em alfabetização e coordenação pedagógica. Ama estudar. Está sempre envolvida em algum grupo de estudo que discuta sobre práticas escolares e tudo que acontece no chão da escola. Ah, é ariana.