Posted on 1 Comment

Mais vida no caminho

Hoje despertei reflexiva sobre a finitude da vida.

Não necessariamente da minha, mas de tudo o que há.

Fixo o olhar sobre um sofá que em família abastada já teria sido devorado por uma caçamba, mas por sua boa estrutura me empenho em dar-lhe novas cores e novas casas.

Observo em meu entorno cadeiras revestidas, poltronas em capas novas, o antigo carrinho de chá restaurado e tantas outras peças cheias de ‘vida’.

Certa vez, deixei escapar um pires de um lindo jogo de café, pintado à mão, que se espatifou no chão, reduzindo-se a minúsculos cacos. Uma fatalidade que chegou a ser-me dolorida.

Hoje peguei a manga de um vestido que reformei e, dela, fiz um joguinho das 5 Marias, para levá-lo à minha neta de 4 anos.

Vez ou outra deparo-me com um objeto ‘novo em folha’, contrapondo com os antigos e restaurados, e o associo aos bebês de filhos e sobrinhos que vão renovando a linhagem familiar, em meio a tios e avós.

Nesse estado reflexivo, observo que a finitude da vida está fortemente ligada à manutenção, renovação e cuidados. Exceto em casos de fatalidades, claro!

Tenho um bom zelo por minha vida e talvez isto explique o gosto por repaginar e reformar coisas.

Devolver vida e utilidade aos objetos é como olhar para o meu interior, me reconstruir e dar mais vida ao meu caminho.

Marisa da Camara – Bela Urbana, Administradora aposentada, que hoje atua em suas paixões: a escrita e a radiestesia. Crê nas energias da natureza e é amante da vida, dos seres humanos e ‘doidinha’ por seus 4 netos.
Posted on 3 Comments

Bonitinha mas ordinária.

bonitinha-mas-ordinaria

Sou uma eterna apaixonada por arte, cultura e claro, moda. Não sou fashionista mas a moda como forma de expressão sempre me interessou, não à toa trabalhei mais de 15 anos com uma marca de roupas e acessórios femininos. Acho que para o primeiro post do canal Closet, antes de falarmos em tendências, certo, errado, como e quando, gostaria de dividir algumas percepções mais atemporais sobre moda.

Tenho amigas que me dizem: “-ah não entendo de moda”, ou “-ah não tem como acompanhar tudo, nem ficar comprando loucamente”. O mais importante em primeiro lugar é descobrir “o que te representa?”, porque a sua personalidade, essa é sua, não tem que seguir a moda. As tendências trazem elementos que você pode e deve agregar quando achar que combinam e adicionam algo em você e a maneira com a qual se expressa.

Partindo desse princípio por que não dar uma geral no armário depois de ler esse post? Mas sem stress, hora de curtir o momento. Vamos ao exercício: Escolha uma música que te faz feliz, que lembre bons momentos. Ok, o clima já está mais agradável então hora de abrir essas portas e treinar o desapego! Começando com aquela blusinha fofa que sua amiga linda deu de aniversário quando você usava tamanho “M”… de “minúsculo”, hora de doar no “mood” Obama, “Yes you can”. Tudo bem, é bacana deixar algumas peças que são coringa, ou que praticamente nem usou mas precisam de um regiminho de um número pra vestir legal como um incentivo a mais, mas ter roupas que você vai levar meses à base de shake pra caber apenas em pensamento só vão te deixar chateada cada vez que pegá-las por engano ou vê-las quando estiver se trocando e é nesse ponto que ouve o mantra feminino mor reverberando pelas paredes: “eu não tenho roupa!” portanto… Ótimo você está sendo forte e a tal blusinha já se foi. Separou então peças neutras, jeans, algo mais social e alguma coisa pra festas que estão dentro do que fica legal EM VOCÊ ou precisa de uma semaninha na salada. O mesmo vale para sapatos e acessórios. Gente, desapego é a palavra pra tudo aquilo que não tem mais nada a ver, exatamente isso, não é pra doar as coisas porque não estão mais na moda, o foco do nosso exercício é você, mais ou menos o que deveria fazer com o namorado ou marido que não estão mais “ornando”! (oops, não resisti, momento feminista total).

Voltando ao foco no armário, sabe aquela peça paixão, aquela com uma estampinha que você acha super a sua cara, confortável e sempre que veste tem a impressão que foram feitas uma pra outra mas que está longe de parecer na moda? Então, a boa notícia é que ela pode estar na moda sim! Pode não ser a tendência verão 2015 mas a parte legal é que ela diz algo sobre você, basta agora fazer a combinação certa para o look ficar perfeito. Aí vale ver a cor da estação, o acessório e se combinar bem com sua paixão, pronto, o casamento já está marcado.

Sempre que vestimos algo realmente a ver com a nossa personalidade deixa apenas de ser uma combinação de roupas e passa a ser como você se comunica com o mundo, lembra do começo do post? O contrário também é válido, então resista a tentação de comprar aquele look da sexy má da novela tal que está super na moda se você está mais para a mocinha romântica ou ainda o look Rihanna se você tem mais a ver com a Taylor Swift. A moda aqui pode ser bonitinha mas muito ordinária! O que vai acontecer: 1.Você vai tentar vestir mil vezes mas nunca vai sair do quarto com ela e ainda pensar “-Por que eu comprei esse troço!” 2.Você vai usar e achar que todas as pessoas do mundo estão te olhando estranho, e devem estar mesmo, e chegando em casa pós trauma… tá aí a mais nova roupa encalhada no seu armário. Deu pra sentir como a moda toca, ou a banda enfim?

Nada mais bonito e natural do que aquilo que é verdadeiro, isso sim nunca sai de moda.

Agora que já sabe o que não deve ficar de jeito nenhum no seu guarda-roupa e também descobriu as que sempre precisam estar o próximo passo será montar os looks com as peças coringas e começar a descobrir como inserir aquilo que é a sua cara com o que está saindo nas passarelas. Mas isso vamos fazer em nosso próximo encontro aqui no Belas Urbanas. See ya girl! 😉

juhleidl

Juh Leidl – Bela urbana, artista, designer, publicitária e eterna amante da moda. Divide seu tempo entre as criações na Modo Comunicação e Marketing www.modo.com.br e exposições pelo mundo como membro da Ward-Nasse Gallery | SoHo – NY www.wardnasse.com/Juh_Leidl.php