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Bonitinha mas ordinária.

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Sou uma eterna apaixonada por arte, cultura e claro, moda. Não sou fashionista mas a moda como forma de expressão sempre me interessou, não à toa trabalhei mais de 15 anos com uma marca de roupas e acessórios femininos. Acho que para o primeiro post do canal Closet, antes de falarmos em tendências, certo, errado, como e quando, gostaria de dividir algumas percepções mais atemporais sobre moda.

Tenho amigas que me dizem: “-ah não entendo de moda”, ou “-ah não tem como acompanhar tudo, nem ficar comprando loucamente”. O mais importante em primeiro lugar é descobrir “o que te representa?”, porque a sua personalidade, essa é sua, não tem que seguir a moda. As tendências trazem elementos que você pode e deve agregar quando achar que combinam e adicionam algo em você e a maneira com a qual se expressa.

Partindo desse princípio por que não dar uma geral no armário depois de ler esse post? Mas sem stress, hora de curtir o momento. Vamos ao exercício: Escolha uma música que te faz feliz, que lembre bons momentos. Ok, o clima já está mais agradável então hora de abrir essas portas e treinar o desapego! Começando com aquela blusinha fofa que sua amiga linda deu de aniversário quando você usava tamanho “M”… de “minúsculo”, hora de doar no “mood” Obama, “Yes you can”. Tudo bem, é bacana deixar algumas peças que são coringa, ou que praticamente nem usou mas precisam de um regiminho de um número pra vestir legal como um incentivo a mais, mas ter roupas que você vai levar meses à base de shake pra caber apenas em pensamento só vão te deixar chateada cada vez que pegá-las por engano ou vê-las quando estiver se trocando e é nesse ponto que ouve o mantra feminino mor reverberando pelas paredes: “eu não tenho roupa!” portanto… Ótimo você está sendo forte e a tal blusinha já se foi. Separou então peças neutras, jeans, algo mais social e alguma coisa pra festas que estão dentro do que fica legal EM VOCÊ ou precisa de uma semaninha na salada. O mesmo vale para sapatos e acessórios. Gente, desapego é a palavra pra tudo aquilo que não tem mais nada a ver, exatamente isso, não é pra doar as coisas porque não estão mais na moda, o foco do nosso exercício é você, mais ou menos o que deveria fazer com o namorado ou marido que não estão mais “ornando”! (oops, não resisti, momento feminista total).

Voltando ao foco no armário, sabe aquela peça paixão, aquela com uma estampinha que você acha super a sua cara, confortável e sempre que veste tem a impressão que foram feitas uma pra outra mas que está longe de parecer na moda? Então, a boa notícia é que ela pode estar na moda sim! Pode não ser a tendência verão 2015 mas a parte legal é que ela diz algo sobre você, basta agora fazer a combinação certa para o look ficar perfeito. Aí vale ver a cor da estação, o acessório e se combinar bem com sua paixão, pronto, o casamento já está marcado.

Sempre que vestimos algo realmente a ver com a nossa personalidade deixa apenas de ser uma combinação de roupas e passa a ser como você se comunica com o mundo, lembra do começo do post? O contrário também é válido, então resista a tentação de comprar aquele look da sexy má da novela tal que está super na moda se você está mais para a mocinha romântica ou ainda o look Rihanna se você tem mais a ver com a Taylor Swift. A moda aqui pode ser bonitinha mas muito ordinária! O que vai acontecer: 1.Você vai tentar vestir mil vezes mas nunca vai sair do quarto com ela e ainda pensar “-Por que eu comprei esse troço!” 2.Você vai usar e achar que todas as pessoas do mundo estão te olhando estranho, e devem estar mesmo, e chegando em casa pós trauma… tá aí a mais nova roupa encalhada no seu armário. Deu pra sentir como a moda toca, ou a banda enfim?

Nada mais bonito e natural do que aquilo que é verdadeiro, isso sim nunca sai de moda.

Agora que já sabe o que não deve ficar de jeito nenhum no seu guarda-roupa e também descobriu as que sempre precisam estar o próximo passo será montar os looks com as peças coringas e começar a descobrir como inserir aquilo que é a sua cara com o que está saindo nas passarelas. Mas isso vamos fazer em nosso próximo encontro aqui no Belas Urbanas. See ya girl! 😉

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Juh Leidl – Bela urbana, artista, designer, publicitária e eterna amante da moda. Divide seu tempo entre as criações na Modo Comunicação e Marketing www.modo.com.br e exposições pelo mundo como membro da Ward-Nasse Gallery | SoHo – NY www.wardnasse.com/Juh_Leidl.php

 

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Conceitos e pré-conceitos sobre atividade física

Gostaria de começar minha participação neste blog convidando as leitoras a deixarem de lado seus conceitos e pré-conceitos sobre atividade física e se lançarem em uma nova abordagem sobre o tema. Não falaremos simplesmente sobre os benefícios de sua prática na prevenção de inúmeras doenças, na melhora da autoestima e mobilidade de seus praticantes. Desnecessário, ainda, seria enaltecer a influência direta, que as atividades físicas exercem nas mais variadas formas, sobre os assuntos “Estética” e “Corpo Ideal”.

Tenho a firme convicção de que se exercitar faz parte da natureza humana. Desde o útero de nossas mães, já ensaiamos nossos primeiros chutes e reviravoltas! Ao sairmos de lá, iniciamos a complexa e genial orquestração de variados músculos para atenderem nossas mais prementes necessidades – que vão desde o ato de se alimentar até a fazer aquele escândalo quando somos contrariados, esperneando, chorando, batendo o pé firmemente no chão. Passamos nossos primeiros tenros anos tomando consciência de nossos corpos e de tudo que podemos fazer com ele. O mundo ao nosso redor fornece estímulos tão desconhecidos e intrigantes que nossa motivação para correr, pular, agachar, lançar, dançar, lutar e brincar é imensa. Nem nos damos conta de todo o volume, intensidade e esforço empregados em nossas ações! Já um pouco mais crescidos, somos engajados em atividades físicas estruturadas, enquadradas dentro de regras e formatos pré-definidos. Aprendemos os movimentos básicos de alguns esportes, danças e diversas brincadeiras universais, como o “pega-pega” e o “esconde-esconde”. Às vezes, já nos sentimos capazes para participarmos de competições e iniciarmos um período de especialização motora dentro de alguma atividade esportiva.

Quando chegamos à vida adulta, “perdemos” a memória de como era divertido e estimulante nos mexermos. Estamos com nossas energias e preocupações voltadas completamente para nosso desenvolvimento profissional ou familiar. Deixamos de lado nosso corpo que agora, praticamente, mais nos atrapalha que nos ajuda. É aquela calça que não serve mais, a blusa que deixa o braço gordo ou aquela distância enorme entre a vaga do estacionamento e a entrada do shopping. Por que ficou tão difícil usarmos mais do que nossa mente? Tornamo-nos dependentes de máquinas e comodidades, as quais em um primeiro olhar nos trazem mais facilidade e rapidez, mas que, no fundo e guardada a devida proporção, fazem-nos esquecer de como é revigorante e prazeroso usarmos nossos músculos e impor-nos desafios!

Convido as leitoras a voltarem a suas infâncias e juventudes e fazerem um exercício de memória cinestésica, recordando “fisicamente” alguns de seus momentos bem alegres, onde brincavam, corriam ou descobriam sensações novas através de rodopios, cambalhotas, saltos ou travessuras!

É totalmente possível e factível – mesmo em nossa fase adulta – sentirmos alegria na prática de atividades físicas e, assim, desfrutarmos dos mais variados benefícios delas advindos. Sejamos felizes nos movimentado!!

 

 paula
Paula Regina Cerdá Soares – Bacharel em Educação (Unicamp/SP). Especialização em Treinamento Esportivo e Personal Training. Atuo na área de treinamento e atividade física há mais de 15 anos, sempre objetivando a melhora da saúde e inteligência corporal de meus alunos. Adoro os esportes e a interação com o meio-ambiente que eles nos proporcionam. Música, línguas e cinema fazem parte das atividades que me divertem.
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Trapalhada na terra de Francisco

Viajar é uma delícia, mas nem sempre tudo sai redondinho, conforme os nossos planos, e são justamente os contratempos, gafes, e até mesmo momentos de tensão e apreensão, que rendem boas risadas e boas histórias para contar aos amigos depois.

Tive uma experiência desse tipo recentemente, quando estive na Itália com minha mãe e uma tia. Elas vieram me visitar em Copenhague, onde moro há 12 anos, e daqui fizemos uma pequena excursão incluindo Roma, Assis e Perúgia. O propósito principal era ir a Assis, atendendo ao pedido de minha mãe que há muito tempo queria conhecer a terra natal de São Francisco. A escolha das outras cidades foi em função da proximidade com Assis.

Supostamente a mais experiente em viagens do trio, eu sabia que teria que organizar tudo sozinha. Parecia que tudo estava sob controle, mas a gente sempre dá uma derrapada em algum lugar. E foi chegando em Assis que isso aconteceu.

Antes de sair de Copenhague, eu já havia checado sobre como era para ir da estação de trem Santa Maria Degli Angeli até a cidade propriamente dita, que está situada no alto de um monte. Era só pegar o ônibus Linha 3 e descer na Piazza Matteotti. Dali, chegaria ao hotel, a poucas quadras da praça. Fácil.

Quando chegamos ao ponto de ônibus, uma turista norte-americana com um Chihuahua a tiracolo contava entusiasmada a outros passageiros sobre sua vasta experiência turística na região. Pensei: “Que bom! Ela poderá nos dar umas dicas!” Fomos conversando durante o percurso, e acabei não reparando no nome da praça onde fizemos a primeira parada. “É aqui que devemos descer”, ordenou a americana para mim e para outras ‘vítimas’. Olhei pela janela e vi pessoas se deslocando vagarosamente por um caminho íngreme, que ia se desdobrando em várias camadas de subidas. “Tem certeza?”, perguntei, pensando nas malas que teríamos que arrastar. “Infelizmente sim, o ônibus não pode subir mais do que isso”. Desci do ônibus, um pouco preocupada, tentei perguntar ao motorista, mas este não me escutou e retrocedeu rapidamente pelo mesmo caminho de onde havíamos vindo. “A americana deve ter razão.”

Empreendemos a primeira parte da subida; eu puxando as duas malas mais pesadas, enquanto minha mãe e minha tia se esforçavam para me acompanhar. Ao chegar na primeira bifurcação, percebi que não tinha um mapa da cidade, que estava sem conexão com a Internet e que não sabia direito para que lado ficava o hotel. A solícita turista americana nos indicou a direção para onde acreditava ser a rua do nosso hotel, e se foi para outro lado, entregando-nos à nossa própria sorte. Continuamos subindo, mas não saber quando tempo aquilo ainda ia durar era desesperador. Confesso que naquele momento me arrependi de ter cedido aos incessantes pedidos da minha mãe de conhecer Assis. A cada quadra que subíamos, pensava: “Como vamos nos locomover nos próximos dias neste lugar? Eu com duas senhoras de terceira idade?” Me fez lembrar de Ouro Preto e suas ladeiras intermináveis.

De repente, aparece um casal de australianos, as outras vítimas que tinham ido na conversa da gringa e estavam igualmente perdidos e cansados. “Consegui um mapa!”, disse o homem, com esperança nos olhos. Comecamos a estudar o mapa para ver quanta subida ainda faltava, quando uma alma caridosa se aproximou – um senhor de meia idade, morador de Assis, que nos ofereceu carona até a praça principal da cidade. Que alívio! Ele nos levou até a Piazza del Comune, a poucos metros dos respectivos hotéis. A partir daí, foi tudo de bom. A parte mais alta de Assis, por onde cruza a Via San Francesco, é um pouco mais plana e onde se encontram os principais pontos de interesse. Pudemos nos locomover de ponta a ponta sem dificuldade.

O que eu fui saber depois é que o ônibus voltava um pedaço do percurso para depois pegar outro caminho e subir até a tal Piazza Matteotti, no topo da montanha. De lá, teria sido só descida até o hotel! Quem sabe da próxima vez…

Apesar do contratempo, fiquei apaixonada por Assis, uma cidadezinha charmosa e pitoresca, um lugar mágico. O turismo gira principalmente em torno da vida de São Francisco, que viveu na Idade Média entre o final do século XII e começo do século XIII, mas mesmo para turistas não religiosos, é um destino muito interessante, por sua história, arte, arquitetura e paisagens magníficas. Sua origem Umbro-Romana remonta a aproximadamente 300 anos a.c. Vale a pena visitar.

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Miriam Moraes Bengtsson – É formada em Comunicação Social/Publicidade e Propaganda pela PUCCAMP e possui mestrado em Comunicação e Inglês pela Universidade de Roskilde, na Dinamarca. Desde 1992, atua nas áreas de marketing e comunicação. Natural de Garca, SP, vive atualmente em Copenhague, Dinamarca, com marido e dois filhos, e trabalha com comunicação digital e branding em empresa da área farmacêutica. Em seu tempo livre, gosta de praticar esportes, viajar e estar com família e amigos. É do signo de Touro e no horóscopo chinês é do signo do cachorro. Contribui para o Belas Urbanas com suas experiências de viagem.
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Opinião: Livro ‘A Elegância do Ouriço’

Eu sempre gostei de ler, desde criança. De um tempo pra cá resolvi escrever um livro e descobri que o lado de lá é bem mais complicado. Agora, outra novidade: um convite do blog ‘Belas Urbanas’ para escrever sobre um livro!

No meio da proposta já pensava no romance ‘A elegância do ouriço’, primeiro livro da francesa Muriel Barbery, lançado em 2006 com grande sucesso lá na França, e em 2008 aqui no Brasil pela editora Companhia das Letras.

O romance conta o dia a dia de um prédio luxuoso num elegante bairro de Paris. Um livro bem francês, com um pouco de filosofia e toques de humor-negro.        As 352 páginas são divididas pelas narrativas de duas mulheres: Renée Michel, zeladora de meia idade que guarda segredos sobre quem realmente é e Paloma Josse, uma menina calada e revoltada que planeja o suicídio no aniversário de 13 anos.

Os capítulos são intercalados pela rotina de Renée e as escritas de Paloma em uma espécie de diário. A edição muda o tipo de letra quando cada uma protagoniza a história o que ajuda no entendimento, mas não torna o livro totalmente ‘fácil’.

Por conta de uma velha mania de sublinhar trechos e listar personagens, logo nas primeiras páginas me peguei fazendo o desenhinho de um prédio de seis andares, que foi sendo preenchido no avançar das páginas: os Pallières no 6o, os Josse no 5o, os De Broglie no 1o.

Os personagens são muitos, mas a concierge Renée é a minha preferida e provavelmente será a sua. Ela possui um mundo interno que vai muito além da percepção das pessoas que a cercam, e é assim que deseja que continue a ser. Tudo nela é singular. O gato se chama León em homenagem ao escritor Tolstói, porém essa associação simplesmente nunca foi feita no número 7 da Rue de Grenelle.

A amizade com Paloma rende uma troca fantástica de experiências e a chegada de Kakuro Ozu, um simpático senhor japonês, torna a história irresistível. É o Sr. Ozu que vai desvendar Renée e libertar o que há de melhor nela. A descrição do momento em que ele flagra a verdadeira personalidade da concierge através de uma citação de Anna Karenina é um primor.

Eu poderia descrever em alguns parágrafos o teor do livro, o comportamento das pessoas, mas não é isso que importa. É a forma como elas vem e vão e passam e ficam.

Experimente ‘A elegância do ouriço’! Confesso que nem todos os que leram por minha sugestão se identificaram de cara com o livro, porém os que chegaram ao final se encantaram e é por esse encantamento que eu continuo a indica-lo por aí.

Quando faltavam dez, quinze páginas para terminar a primeira leitura que fiz desse livro, eu me senti tensa, comecei a ‘economizar’ lendo devagar, desejando que demorasse um pouco mais para chegar ao fim.

Isso para mim, é a melhor sensação que um livro pode transmitir.

 

Título original: L’ ELÉGANCE DU HÉRISSON

Autora: Muriel Barbery

Tradução: Rosa Freire d’Aguiar

 Capa: Kiko Farkas / Máquina Estúdio e Elisa Cardoso/ Máquina Estúdio

 Páginas: 352

Selo: Companhia das Letras

Foto Carla Dias Young

Carla Dias Young, tem 44 anos é jornalista, (tenta ser) escritora e trabalha na empresa ‘Young.comunicação Consultoria em Comunicação e Licenciamento Ambiental’. Nasceu em Santos, mora em Campinas, é casada e tem dois cachorros e uma gata, todos vira-latas.
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O Vinho Perfeito

Ainda considerado como um produto de luxo, e não um complemento à alimentação como em vários países europeus, assistimos um aumento gradual do consumo de vinho em nosso país, principalmente entre as classes média e alta. O brasileiro incorporou o vinho em seus programas e entender de vinho passou então a ser uma obrigação.

Chique é provar o vinho seguindo o ritual de agitá-lo, dar uma paradinha, olhar com carinho, sentir o buquet para então finalmente experimentá-lo. Após um silêncio de alguns segundos para reflexão,  momento de expectativa para os garçons,  faz-se então uma cara de quem entende do assunto e comenta-se algo, geralmente evasivo. Com um sorriso aliviado, o vinho é então servido pelo garçom.

Eu adoro este ritual mas assistir pode ser engraçado pois alguns sabem bem o que estão fazendo, outros, simplesmente seguem o fluxo!

O que está por trás deste produto tão sedutor?

Vejo o vinho como uma combinação de três indicadores:

  • Propriedades básicas do vinho: como tipo de uva, assemblagem, região produtora, teor alcoólico, modo de engarrafamento, safra, etc…
  • Fatores externos: como armazenagem, agitação, temperatura de consumo, pratos que acompanham, etc….
  • Consumidor: que tem gostos específicos, memórias gastronômicas e ligações emocionais.

Enfim, a experiência de cada garrafa depende da combinação destes indicadores, suportando o clichê “cada garrafa traz uma experiência única”, e pode ser apreciada usando os cinco sentidos, as vezes o sexto também!

E qual é o vinho perfeito? Para mim o terceiro indicador fala bem alto.

Aqui na Europa a oferta de vinhos é indescritível, além dos custos serem muito menores que no Brasil, podemos escolher vinhos maravilhosos em supermercados, vendinhas e até em lojas especializadas, encontrando ofertas de sei lá quantos países diferentes. Mas, confesso que já me vi pagando caro por um determinado Malbec Argentino… o mesmo que escolhi há 12 anos para ser servido no aniversário do meu pai. E esse vinho foi um néctar para mim, com ele revivi experiências deliciosas.

Para vinho, não existe regra, não existe certo ou errado. É gosto, é experiência, é interesse, é curiosidade, é atenção.

Eu adoro vinho, bebo diariamente. Nada boba, me adaptei fácil e rápido a este delicioso costume europeu! Consigo sentir minhas preferencias e fazer conexões entre minhas experiências. Diferencio e descarto os vinhos banais. Sinto quando um vinho não “está” bom, o que é diferente de quando ele não “é” bom.

O conhecimento veio com o tempo, com a curiosidade, com a exploração de muitas garrafas. Mas veio também o respeito: não me meto a abrir garrafas muito mais caras que meu conhecimento. Acho um desperdiço, um desrespeito!

É um pouco como arte, gosto de Picasso e evito Dalí. Os dois são bons, têm seus méritos mas não agradam a todos. Ainda bem!

TECA

TECA HUNGRIA
Viajante desde os 13 anos de idade, adora descobrir e experimentar tudo que é novo. 
Cansada da vida de executiva, pediu demissão e foi para Suíça, onde enraizou e ficou.
É apaixonada por gastronomia, vinhos e design de interiores.
Mora com um Suíço alemão que, mesmo sem querer, ensina todos os dias algo novo para ela.
 
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Sozinha pelo mundo

Eu sempre amei viajar. Certamente herdei de meu pai esta paixão. Fui ensinada e muito estimulada a viajar, a descobrir novas culturas, costumes, comportamentos e também a experimentar novas sensações, novos sabores. Naturalmente fui viajando mais e mais, até que de repente me vi morando longe, vivendo em uma longa vigem.

Muitas pessoas não têm segurança em viajar, principalmente quando sós. Percebo que o que é para mim tão simples e divertido pode ser assustador e incerto para outros. Mas a verdade é que viajar é sempre muito sedutor.

Viajando nos conhecemos mais, escutamos nossas prioridades, seguimos os nossos instintos, somos finalmente livres. É viajando que se aprende, que se inspira, que se descobre. Minhas melhores ideias ocorreram em viagens, exatamente quando eu estava estimulada e vivenciando tudo de maneira relaxada, aberta e atenta.

Uma viagem é um investimento considerável, não só de dinheiro mas de tempo e de expectativas. Trabalhamos um ano inteiro para ter direito a alguns dias livres para finalmente dominar nossa agenda e usufruir da nossa vida. Estes dias não podem – e não devem – ser menos que maravilhosos!

Quando estamos em um lugar desconhecido, as vezes com língua e cultura diferentes das nossas, más experiências tornam-se ainda mais assustadoras. O risco aumenta, as consequencias não são sempre conhecidas. Há 20 anos, eu quase me estrepei na Russia por total falta de preparo.

Enfim, para evitar o estresse e a perda de um tempo precioso e que não volta mais, hoje invisto muita energia na preparação das minhas viagens. Realmente acredito que o segredo de uma viagem maravilhosa é o planejamento.

Nos próximos três blogs discutiremos o ANTES, o DURANTE e o DEPOIS de uma viagem de sucesso.

TECA

 

TECA HUNGRIA 
Viajante desde os 13 anos de idade, adora descobrir e experimentar tudo que é novo. 
Cansada da vida de executiva, pediu demissão e foi para Suíça, onde enraizou e ficou.
É apaixonada por gastronomia, vinhos e design de interiores.
Mora com um Suíço alemão que, mesmo sem querer, ensina todos os dias algo novo para ela.
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Autoestima

De uma maneira geral a auto estima é a visão positiva que a pessoa tem de si mesma. Essa imagem positiva faz com que ela valorize suas capacidades e competências e considera seus direitos e suas necessidades. Sem sombra de duvidas, as pessoas com uma auto estima elevada  sabem  reconhecer o seus valores,  sentem-se amadas, lidam melhor com os conflitos e frustrações, faz escolhas saudáveis no relacionamento, são mais criativas, consideram as pessoas em suas atitudes e  aceitam sem conflitos suas fragilidades e limitações. Enfim, estas pessoas tornam-se mais preparadas para enfrentarem os desafios e os obstáculos que a vida cotidiana proporciona. Uma boa auto estima desenvolve-se ainda na infância, pelas experiências de ser e de se ver como uma pessoa amada e estimada por suas relações parentais, a qualidade dessas experiências será o pilar que estruturará seu amor – próprio.

Agora o contrario acontece quando se tem autoestima baixa, as pessoas apresentam dificuldades em se relacionarem seja na vida afetiva, no trabalho e na vida familiar, tem dificuldades de dizerem não a pedidos de coisas ou situações que não lhe agradam, opiniões de terceiros tornam-se referencia  para elas que acabam se adequando aos gostos deles refletindo a perda de sua identidade e acabam se tornando reféns do seu próprio eu.

Pensando no caso da personagem Alessandra parece que lhe falta autoestima, pois tem inúmeras dificuldades em dimensionar suas escolhas, seja no trabalho, nas relações interpessoais e amorosas. Parece estar sempre com ideias de autodesvalorização e comportamentos que demonstram isso. No início mostra-se uma pessoa que não se sente capaz de ser amada e isso lhe traz um sentimento de inadequação diante da vida. Mas neste final parcial da sua historia ela começa a vislumbrar uma possível mudança para uma visão mais positiva de si mesma. E que mudança será essa, só saberemos nos próximos episódios da história.

Por fim, acredito que é muito importante que as pessoas possam buscar uma compreensão e desenvolver uma consciência saudável a respeito de si mesmo  para melhor administrar a sua vida e poder ser dono da sua própria história.

 

Adriana da Silva Britto – Psicóloga
Rua Dr. Alberto Cerqueira Lima,377/ Taquaral- Campinas/SP
Psicoterapeuta Especialista em Psicoterapia de Criança e Adulto.
Contato Clinica Tel(19)3383-3533/ Cel:(19)992069265