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Sobre saudade…

Faz tempo que quero escrever sobre ela. Talvez  o mesmo tempo que ela veio pra ficar na minha vida.

Pra mim saudade é DOR. Uma dor física apesar de abstrata.

O tal nó na garganta.

Pensando bem….a saudade existe desde que nascemos porque com certeza a gente chora que é para dizer: Quero voltar para o útero da mamãe.

Uma coisa é certa. Ela dói. Pode até provocar um sorriso acanhado, enquanto lembramos de algo ou alguém. Mas em seguida o coração acelera, chega a dor, a lágrima vem….É ela se instalou naquele instante de pensamento. E fez doer.

A ciência diz que temos guardadas infinitas memórias em nossa mente. Memórias de todos os tipos. E quando abrimos essa janelinha, guardada lá no fundo, vem a SAUDADE junto.

 A saudade está sempre com a gente: nas memórias guardadas, nas lembranças do ontem e de anos atrás, nas pessoas que não vemos mais, no tempo que passou.

Ela está na despedida que já anuncia sua chegada.

Ela está nas fotos, nas músicas, nos pensamentos. Está no cheiro. Está no sonho.

E dói. Dói fisicamente.

Por que será que nós humanos sofremos tanto por causa dela? Talvez porque sem ela a vida seria sem graça. O passado não ficaria na memória e pessoas não fariam falta.

Todas as vezes que me despeço dos meus amores dói. Dói de chorar, não de rir. Mas logo vem a rotina e a saudade fica quietinha num canto qualquer pra de novo se fazer viva num novo encontro e despedida.

Vera Lígia Bellinazzi Peres – Bela Urbana, 53 anos, casada, mãe da Bruna e do Matheus e avó do Léo, pedagoga, professora aposentada pela Prefeitura Municipal de Campinas, atualmente diretora da creche:  Centro Educacional e de Assistência Social, ” Coração de Maria “

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MENINA PRESENTE MULHER

Está… tu (s) Presente?

Claro #presente que sua presença encanta e canta nos afiançando um som reverberante e bem afinado! E por meio do tom de seus passos que através… sam qualquer ambiente, sendo dentro ou fora de seu espaço!

Está… tu (s) presente?

Claro #presente que sua presença cantada espanta com o tom estruturado e, encanta a mente do curso que insano tenta continuar manipulando a feminina gestão!

Está… tu (s) presente?

Claro #presente que na pré-concepção de valores do entrave machista, engloba no virtual certo plano do entrave feminista, quando uma locução se transforma em uma louca ação por parte deste tom intenso, sem panelas, mas… com lenços de seda pura! Em nosso estar está… tu (s) e eu… e claro todas nós… vós e elas!

Por isso pergunto eu: Está… tu (s) presente?

Claro! Todas nós somos uma presença marcante na sala, na mesa, no banheiro, no quarto, na cozinha, no corredor, na escola, no trabalho, na praia, na cidade, no campo, no carro, no trem, no ônibus, no metrô, na bicicleta, a pé, no túnel, no centro comercial, no centro industrial, no centro autônomo, na causa saúde, na causa financeira…

Na feira… na eira… na beira!

Joana D’arc de Paula – Bela Urbana, educadora infantil aposentada depois de 42 anos seguidos em uma mesma escola, não consegue aposenta-se da do calor e a da textura do observar a natureza arredor. Neste vai e vem de melodias entre pautas e simetrias, seu único interesse é tocar com seus toques grafitados pela emoção.

 

 

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Manifesto Inspirado

Esperam de nós grandes atos, passeatas
Para lançarem seus cães de aluguel
Mas estaremos nas casas, falando, debatendo
Apoiando e resistindo, à espera da hora certa.

Esperam de nós como nos tempos passados,
Mas sabemos: hoje é diferente, somos novos!
Se aproveitam que tudo está nas redes, virtual e publica.
Estaremos no particular de cada um, de um em um, coordenados.

Novas atitudes teremos, sem que possam controlar.

Esperam de nós raiva, fúria e caras pintadas, fechadas.
Não seremos alvos de tiros, da borracha no olho, ódio no coração.
Ninguém soltará a mão de ninguém, e todos dançaremos
A mais bela canção da liberdade. Nisso hino.

Somos todos necessários, do mais brando ao mais radical.
Inspirados e inspirando, honrando cada qual sua função.

Seremos o melhor da alma humana, no Mundo, no Brasil.
Seremos para além de resistentes, motores inspiradores.

Pois inspirar arrasta mais que convencer.

Inspirar é ser o que a nação precisa, anseia.
E não apenas discurso, curtida e postagem.
Inspirar é luta ganha. Inspire, transpire.

Crido Santos – Belo urbano, designer e professor. Acredita que o saber e o sorriso são como um mel mágico que se multiplica ao se dividir, que adoça os sentidos e a vida. Adora a liberdade, a amizade, a gentileza, as viagens, os sabores, a música e o novo. Autor do blog Os Piores Poemas do Mundo e co-autor do livro O Corrosivo Coletivo.

Foto Crido: Gilguzzo/Ofotografico

 

 

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Conselhos da Madame Zoraide – 14 – Cópias

Copie e nunca seja copiado.

Caros consulentes, ser chique é não é usar marcas famosas falsificadas compradas na 25 de março ou em qualquer outro lugar que se preste a fabricar e vender cópias sem respeitar os direitos autorias.

Ué, não é você aí que fica brigando e berrando e falando alto pelos seus direitos? Pois é, meu caro consulente, respeito você quer, mas respeitar o direito autoral do outro não?

Sei… “um peso para duas medidas”?

Sei… ainda diz que a marca está rica, que isso não faz diferença para eles.

Sei…. SEI que você é um boboca, que que fica cometendo crimes, porque se você compra, você compactua com o crime de falsificação e tudo que isso representa na escala de outros crimes decorrentes para a sociedade.

Saiba… gente chique é gente elegante. Alma limpa. Gente que respeita outra gente. Gente que veste seja lá o que for, mas com a condição de ser original. Gente chique trata todos iguais. Gente chique é simples, não precisa de subterfúgios para ser chique.

Gente chique é original em todos os sentidos.

Difícil entender? Então eu explico melhor.

QUEM GOSTA DE CÓPIA NUNCA SERÁ ORIGINAL.

Até a próxima e por aqui sempre original. 😉

Madame Zoraide – Bela Urbana, nascida no início da década de 80, vinda de Vênus. Começou  atendendo pelo telefone, atingiu o sucesso absoluto, mas foi reprimida por forças maiores, tempos depois começou a fazer mapas astrais e estudar signos e numerologias, sempre soube tudo do presente, do passado, do futuro e dos cantos de qualquer lugar. É irônica, é sabida e é loira. Seu slogan é ” Madame Zoraide sabe tudo”. Tem um canal no Youtube: Madame Zoraide dicas e conselhos https://www.youtube.com/channel/UCxrDqIToNwKB_eHRMrJLN-Q.  Também atende pela sua página no facebook @madamezoraide. Se é um personagem? Só a criadora sabe 😉

 

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Quer namorar comigo?

Quer namorar comigo?

Pergunta a fêmea beija flor para o tímido macho beija flor?

Eu quero um beijo! Vem

 E o macho beija flor responde: Agora não posso, acabei de comer

e ainda não fiz a minha higiene!! Para espanto da fêmea beija flor!

 Então, estou indo…

Grata pela sua atenção, comigo é assim: Eu pedi e você não deu…

Então perdeu esta oportunidade, pois eu queria somente um beijo

que poderia ser técnico, eu na verdade somente queria um gesto de afeto

entre o meu “eu” e o teu “eu”, que observei estar sem teto!!

Não se esqueça beija flor a oportunidade só tem penas na frente…

atrás ela é carequinha!

Seres Humanos, pensem bem, muitas vezes alguém pede aquilo que a gente não tem, e temos vergonha de…

Joana D’arc de Paula – Bela Urbana, educadora infantil aposentada depois de 42 anos seguidos em uma mesma escola, não consegue aposenta-se da do calor e a da textura do observar a natureza arredor. Neste vai e vem de melodias entre pautas e simetrias, seu único interesse é tocar com seus toques grafitados pela emoção.

 

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Sobre meias verdades e mentiras

Vivemos em uma sociedade que aceitou as meias verdades ou pequenas mentiras como “regra de etiqueta” para não causarmos desconforto. Sob o falso pretexto de não magoarmos ao outro, mascaramos as verdades, adotamos “as mentirinhas que não fazem mal”, ficamos bem conosco mesmo e nos esquecemos de que uma meia verdade ou a tal mentirinha pode magoar muito mais do que a verdade nua e crua.

Em nome de uma falsa proteção àqueles que amamos ou que simplesmente convivemos, ignoramos o fato de que “não quero ir” significa não quero ir e não, “quero muito ir, mas tenho que levar minha avó (mãe, irmão, namorado, amiga, gato e qualquer outra pessoa) em qualquer outro lugar”.  Não é não e sim é sim.

Em épocas de internet avançada e redes sociais ativíssimas, as pequenas mentiras são cada dia mais descobertas e, garanto, magoam muito mais do que a verdade. Não apoio aqui uma crise de sincericídio descarado e sair falando o que pensa por aí, sem filtros e sem se preocupar com o sentimento dos outros. Mas me chamo e chamo a você leitor à uma reflexão de que até que ponto essas mentiras pequenas, camufladas de verdades alteradas, têm vez e função positiva em nossas vidas. Até que ponto as desculpas não verdadeiras podem magoar mais do que a verdade. Estamos nós convivendo com pessoas tão fracas emocionalmente que não podem ser contrariadas? Ou estamos nós vivendo em um mundo em que queremos estar bem com todos?

Mentiras, por menores que sejam, atraem outras mentiras. Você diz não a um convite por exemplo, com uma mentirinha boba que está com gripe e é pega em outro lugar ou se esquece que estava doente quando lhe perguntam se melhorou… Isso para ilustrar coisas pequenas.

Em uma conversa ouvi que todos falam essas meias verdades. Concordo. Mas de verdade, hoje (talvez amanhã um pouco mais sensível eu mude de ideia) me chame de canto, me olhe no olho e me fale na lata. Com carinho, mas na lata.

Marina Prado – Bela Urbana, jornalista por formação, inquieta por natureza. 30 e poucos anos de risada e drama, como boa gemiana. Sobre ela só uma certeza: ou frio ou quente. Nunca morno!

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Guerra Metal

Metal corria em suas veias a cada passo que lhe era dado.
Dado a ele por seu deus,
mesmo que não tivesse fé em nenhum.
Correr era o que fazia
enquanto sangue de ferro carbono se condensava em aço frio.
Cada passo era mais difícil,
cada respiração era mais ofegante do que a outra.
Ele odiava o que estava por vir.
A sua frente,
seu alvo,
seu objetivo.
Uma criança,
um menino com mais medo no olhar
do que a pena que ele sentia pelo pequeno garotinho.
Um passo,
uma mira seguida de um tiro.
Errei, o homem metal pensou.
Mas era um pensamento de esperança.
Pois no momento em que o chumbo foi lançado,
em uma explosão pequena com fagulhas de fogo e fumaça,
o destino do garoto foi selado.
Passos cambaleantes,
mais um garoto caído.
Era o fim.

Igor Mota – Belo Urbano, um garoto nascido em 1995, aluno de Filosofia na Puc Campinas do segundo ano. Jovem de corpo, mas velho na alma, gasta grande parte de seu tempo mais lendo do que qualquer outra coisa. Do signo de Gêmeos e ascendente em Aquário, uma péssima combinação (se é que isso importa).

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VAZIO infinito

Ele perdeu a noção do tempo. Não sabia qual era o dia da semana, o mês, o horário. Tudo isso deixou em uma outra vida, em um certo dia.

O dia que uma dor tão profunda apertou seu peito, maior do que todas as outras que já tinha sentido. Ele sempre sentiu dores fortes, desde criança. A dor de um vazio, como se fosse a queda em um buraco, ele sempre se sentia caindo. As vezes parava e se agarrava em algo, mas não conseguia segurar por muito tempo, logo caia de novo.

Em cada queda a dor aumentava, foi ficando tão grande, mas tão grande, assim como o vazio que sentia. Vazio infinito. Dor crescente.

Tinha sorte, mas não a percebia. Perdia, sempre perdia, não pela falta de sorte, mas pela confusão mental que o VAZIO lhe causava.

Tentou o suicídio três vezes em épocas diferentes, mas não morreu, foi salvo.

Salvo? Ele nunca viu assim, preferia ter ido, mas se achava incompetente até para isso.

Em uma tarde de inverno resolver largar tudo, a madrasta, a namorada, a irmã, o cachorro. Saiu pela porta, não deixou bilhete, não levou roupas, não levou comidas, não levou telefone, nem carteira, nem cartões, nada. Foi embora somente com o VAZIO.

Quanto tempo faz? Ele não sabe, Não sabe mais quem era. Sabe quem é, sabe que vive nas ruas, sabe que mendiga, nem sabe se está na sua cidade ou em outras, já andou tanto, que não sabe nem se já voltou.

A dor acalmou, se sente anestesiado. Nunca mais amou, amar machucava. Nunca mais quis se matar. Nunca mais quis nada. Não sentia nem dor, nem amor.

Uma noite bem tarde, ruas vazias, estava na frente de uma uma loja, com televisores que começaram a acender e mostravam um show de rock de uma banda que ele ouvia e gostava.

Uma lágrima escorreu de seus olhos. Ficou olhando aquilo. Lembrou da dor, lembrou do amor. Lembrou de si. Do vazio. Da queda. Fechou os olhos, pediu perdão. Foi embora, era melhor ser invisível. Não queria ascender.

Adriana Chebabi – Bela Urbana, idealizadora do blog Belas Urbanas onde faz curadoria dos textos e também escreve. Publicitária. Curiosa por natureza.  Divide seu tempo entre as consultorias de comunicação e marketing e as diversas funções que toda mulher contemporânea tem que conciliar, especialmente quando tem filhos. É do signo de Leão, ascendente em Virgem e no horóscopo chinês Macaco. Isso explica muita coisa :)

Foto Adriana: Gilguzzo/Ofotografico.

 

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A maldita expectativa

Eu chego a pensar, às vezes, que a expectativa é algo ruim.

Se ela não é alcançada, ficamos frustrados.

Se é alcançada, ok… Ficou como esperávamos.

Ela precisa ser superada para termos a surpresa da conquista inesperada.

Mas isso é raro, porque incrivelmente temos uma imensa capacidade de criar enormes expectativas.

 

Assim, fazer o exercício de não criar expectativas traz um certo conforto.

Nunca nos frustramos.

Como se diz: “do jeito que vier, tá no lucro.”

Mas isso cria um distanciamento.

E no fim, o desinteresse.

 

E o que é que nos move a seguir tentando, lutando, batalhando e enfrentando?

A maldita expectativa.

Noemia Watanabe – Bela Urbana, mãe da Larissa e química por formação. Há tempos não trabalha mais com química e hoje começa aos poucos se encantar com a alquimia da culinária. Dedica-se às relações comerciais em meios empresariais, mas sonha um dia atuar diretamente com público. Não é escritora nem filósofa. Apenas gosta de contemplar os surpreendentes caminhos da vida.

 

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Somos Mulheres e Não Mercadorias

Analogia demarca a etiqueta de qualquer produto na gaiola… na cesta… no cabide… na mureta!

Este grafitar “Somos mulheres e não mercadorias” exposto neste muro é dolorido demais… Este grafite incomoda e faz com que nós Mulheres façamos mais pelos bloqueios advindos de nossa santa e apregoada Paz!

O mercado fecha para balanço…

As estantes serão consumidas pelos manifestos gritantes…

Os caixas já se perderam nas contas intrigantes…

As sacolas não mais serão permitidas…

E o troco? Não o queremos mais!

… E também não queremos Paz, as mercadorias necessitam de consumo qualificados e não quantificado como estão ainda feitos.

Percebem?

Este grafite é a pura realidade e não há tempo para continuarmos vendidas em muitos destes supermercados…

Alguns hipermercados… outros mercadinhos… e outras grandes lojas de departamentos… Além das bancas nas calçadas…

Não queremos Paz…  pois nós precisamos é de tranquilidade para que este manifesto não segregue muito mais do que o necessário!

Os vendedores destes mercados precisam ser sabotados!

Pois este grafite neste muro não chega a ser um pecado… porém se faz morte com efeito dominó e é só lermos as páginas das ofertas das mercadorias!

Que tal boicotar aquele que se gaba em ser dono muitas vezes por usucapião?

Que tal fazer um empoderamento sem tanta agressividade já que estamos nos reciclando como novo produto na cidade… do estado… do mundo?

Joana D’arc de Paula – Bela Urbana, educadora infantil aposentada depois de 42 anos seguidos em uma mesma escola, não consegue aposenta-se da do calor e a da textura do observar a natureza arredor. Neste vai e vem de melodias entre pautas e simetrias, seu único interesse é tocar com seus toques grafitados pela emoção.