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Amigos para dividir a vida

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Hoje eu quero compartilhar com vocês um lindo texto que li pela primeira vez na minha adolescência. O texto me tocou profundamente naquele momento, pensei na dor e na solidão que aquele autor sentia e como conseguiu traduzir tão bem aqueles sentimentos em palavras. Pelo que li na época, o texto foi publicado em um grande jornal de São Paulo, não sei qual, também não citava o nome do autor, que talvez não quisesse ser identificado, mas sim adivinhado, porém precisava urgentemente compartilhar o que sentia.

Muitos anos já se passaram desde que li pela primeira vez esse texto e durante todos anos já reli diversas vezes. A conclusão é simples, é importante termos amigos para dividir a vida. Ser e ter aqui se complementam. Sou amiga e tenho também. A VIDA é BELA assim.

Abaixo segue o texto na íntegra.

“Procura-se um amigo

Não precisa ser homem, basta ser humano, basta ter sentimentos, basta ter coração. Precisa saber falar e calar, sobretudo saber ouvir. Tem que gostar de poesia, de madrugada, de pássaro, de sol, da lua, do canto, dos ventos e das canções da brisa. Deve ter amor, um grande amor por alguém, ou então sentir falta de não ter esse amor.. Deve amar o próximo e respeitar a dor que os passantes levam consigo. Deve guardar segredo sem se sacrificar.

Não é preciso que seja de primeira mão, nem é imprescindível que seja de segunda mão. Pode já ter sido enganado, pois todos os amigos são enganados. Não é preciso que seja puro, nem que seja todo impuro, mas não deve ser vulgar. Deve ter um ideal e medo de perdê-lo e, no caso de assim não ser, deve sentir o grande vácuo que isso deixa. Tem que ter ressonâncias humanas, seu principal objetivo deve ser o de amigo. Deve sentir pena das pessoa tristes e compreender o imenso vazio dos solitários. Deve gostar de crianças e lastimar as que não puderam nascer.

Procura-se um amigo para gostar dos mesmos gostos, que se comova, quando chamado de amigo. Que saiba conversar de coisas simples, de orvalhos, de grandes chuvas e das recordações de infância. Precisa-se de um amigo para não se enlouquecer, para contar o que se viu de belo e triste durante o dia, dos anseios e das realizações, dos sonhos e da realidade. Deve gostar de ruas desertas, de poças de água e de caminhos molhados, de beira de estrada, de mato depois da chuva, de se deitar no capim.

Precisa-se de um amigo que diga que vale a pena viver, não porque a vida é bela, mas porque já se tem um amigo. Precisa-se de um amigo para se parar de chorar. Para não se viver debruçado no passado em busca de memórias perdidas. Que nos bata nos ombros sorrindo ou chorando, mas que nos chame de amigo, para ter-se a consciência de que ainda se vive.” Autor desconhecido

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 Adriana Chebabi – Bela Urbana, idealizadora do blog Belas Urbanas onde é a responsável pela autoria de todas as histórias do projeto. Publicitária, empresária, poeta e contadora de histórias. Divide seu tempo entre sua agência  Modo Comunicação e Marketing  www.modo.com.br, suas poesias, histórias e as diversas funções que toda mãe tem com seus filhos.  Agradece imensamente a sorte de ter GRANDES AMIGOS 🙂

 

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Ando um pouco consternada.

Passei anos a margem dos padrões, colecionando promessas e relacionando atitudes.

Falava mais. Com o tempo aprendi o peso e a força de cada palavra. Calei, dando lugar a um silêncio que normalmente conta muito mais de mim.

Atualmente observo um tanto além. Aprendi a ler as pessoas pelas controvérsias. O azedume revela as faces e a doçura esconde os defeitos.

Timidamente me resguardo o direito de manter meu pensamento livre, uma vez que os olhos já encontram as diferenças com certa facilidade.

Uns melhores e outros piores. Rodeados de verdades veladas e imersos em atitudes tão voláteis quanto seus valores.

“Há tempos nem os santos tem ao certo a medida da maldade”.

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Renata Lavras Maruca Mulher, mãe, publicitária e cronistas nas horas de desespero. Especialista em marketing de conteúdo digital. Observadora do universo humano e suas correlações” intermundos”(reais e virtuais). Viciada em doces, gordinha por opção e encantada pela sedução inteligente. Prefere sempre vestir em palavras escritas tudo aquilo que reflete ou carece de análise. Resumindo: Complicada e perfeitinha
 

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Ter menos para ser mais

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Um dia eu escolhi ter menos pra ser mais. 
Não foi por brilhantismo, muito menos foi resultado de qualquer exercício de abnegação, foi fruto da necessidade.

Numa análise simples eu sempre convivi com essa escolha. Sempre tive menos coisas e mais tempo… Tempo pra ouvir, tempo pra observar, tempo pra aprender, tempo pra sentir, tempo pra fazer… Tempo pra SER.

Me assusta bastante, a constante necessidade das pessoas, por ter. Ter pra elas tem a mesma valia de ser. Parece que o indivíduo se transporta pro objeto e se realiza nele. Transfere a responsabilidade do ser para um pedaço de alguma coisa que sintetiza desejos e eclipsa características. 
Daí a pessoa sente uma satisfação momentânea por ter aquilo que tanto desejava… Esquecendo-se de SER de novo.

A minha experiência de vida já me tirou muitas coisas que tive. Dinheiro, empregos, carros, computadores, óculos caros, jóias, pai, mãe, “amigo”, amores…. Todas findaram na dor da perda, aquela profunda e inconformada.

Mas a cada situação de perda eu tive o ganhos enormes e aprendi a priorizar o necessário. Escolhi a qualidade à quantidade, poupei meu esforço e enxerguei a pureza das essências, apurei meu foco e me enriqueci de experiências verdadeiras… Aprendi a ser independente por saber fazer o que é preciso e não o que os outros acham que deveria ser feito.

Se isso é certo eu não sei, mas eu vivo muito melhor hoje do que quando buscava TER. Porque eu ainda tenho tudo que eu preciso mas o que me faz feliz é gostar de SER o que eu sou.

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Renata Lavras Maruca – Mulher, mãe, publicitária e cronistas nas horas de desespero. Especialista em marketing de conteúdo digital. Observadora do universo humano e suas correlações” intermundos”(reais e virtuais). Viciada em doces, gordinha por opção e encantada pela sedução inteligente. Prefere sempre vestir em palavras escritas tudo aquilo que reflete ou carece de análise. Resumindo: Complicada e perfeitinha
 
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Mulher de sorte

Acho mesmo que sou uma mulher de sorte.

Recentemente postei aqui, no Belas Urbanas, um texto que falava sobre minha primeira experiência num hostel em São Paulo. Com ele todinho construído na minha cabeça já ia pensando também nas imagens. “Neste trecho ponho aquela determinada foto, neste aqui uma colagem”, pensei, e assim fui indo.

Quando terminei de fazer a última colagem de fotos, em que eu mostrava como era o meu quarto no hostel, meu coração me mandou para outro lugar. E me lembrei do apartamento que eu dividia com amigas na época da faculdade.

Citei duas delas, mas na verdade foram algumas outras. Passaram por lá, entre outras, a jornalista Marcia Avruch, a superpublicitária Eliane El Badouy e a dentista Nelyane Cunha.

Com as duas primeiras mantive, mesmo que a distância e por Facebook, um certo contato. Mas confesso que da Nelyane não conseguia nem lembrar do sobrenome.

E foi depois do texto postado que começamos a relembrar algumas histórias. As mais engraçadas sempre foram com a Nelyane, mas por onde andaria essa mulher? Procura daqui, procura dali e pimba: o Facebook me mostra o perfil de Nelyane Cunha, da cidade de Cosmorama! Me desculpem, Nelyane Cunha de Cosmorama (assim mesmo parecendo um sobrenome completo) só uma. Ela sempre foi única mesmo!

Mas as surpresas não pararam por aí. Vi que ela estava casada, com duas filhinhas lindas e morando em… São José dos Campos. A cidade em que vive também a minha filha. Mais que rapidamente combinamos um encontro e ele aconteceu no sábado de Carnaval.

Mesmo sendo um encontro rápido, percebi que ninguém NUNCA NESSA VIDA muda! Ela continua a mesma. Linda, de riso fácil, com jeitão meio atrapalhado e dona de algumas loucuras que insistem em não largar da sua personalidade. Como assim, Carla? Nelyane Cunha e sua filha menor conseguem ter como ter um galho (sim, um galho de árvore) como membro da família. Aneliza, o galho, inclusive também se enfeitou e participou do Natal! Mas como os assuntos eram tantos, num próximo encontro eu juro que vou descobrir essa história melhor para contar para todo mundo com riqueza de detalhes.

É essa a essência da Nelyane, mas nesse dia também conheci uma outra mulher. Uma mãe dedicada, uma profissional que conta histórias para seus pacientes enquanto trata um canal, mulher paciente de homem fantástico que se atrapalha todo com fios e cabos de celular, tablets, brinquedos. Tudo junto e misturado.

Amei cada segundo desse encontro e ele aconteceu graças a um texto publicado aqui, no Belas Urbanas. Agora vou virar freguesa, se preparem. Quem sabe eu não consigo achar mais amigos por aí?

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Carla Bravo – Jornalista, atriz, apresentadora, locutora, dubladora, roteirista, mestre de cerimônias, assessora de imprensa e tudo mais o que uma comunicadora sabe ser. Ah, otimista sempre. E sonhadora. 
 
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O QUINTAL LÁ DE CASA

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O quintal lá de casa é assim um pouco igual ao quintal da minha infância e um tanto diferente de tudo. Tem um portão de madeira sem trinco e um muro azul bem baixinho que divide a minha casa com rua, tem um monte de árvore com fruta, tem fogão à lenha, tem grama, tem terra, tem pé no chão, tartaruga, pato, bolo quentinho no fim da tarde. Tem casa amarela toda caiada e uma cadeira de balanço na varanda. Tem jardim com flores e tudo que cabe na memória. Tem areia e tem água salgada. Tem vista para o mar. O quintal lá de casa só existe e faz tudo existir porque tem vista para o mar.

Lá no quintal de casa tem maresia que dilata os poros da alma. Tem pai, filha e filho descobrindo uma nova vida. Tem tatuíra, pés entrelaçados na areia, sorvete que escorre pelas mãos e lambuza tudo, milhares de idas ao mar pegar água com baldinho furado. Tem água viva, cabelo cheio de areia, água de coco. Tem alegria, birra de criança, ternura, castelo de areia. Tem olho no olho, emoção, tem paz e três pares de chinelos embaraçados embaixo do guarda-sol.

O quintal de casa, esse que é real e que tem dado mais vida a uma nova vida não fica em casa, fica logo ali e fica dentro de mim. O outro quintal, o do portão, das arvores com frutas e do jardim com flor também. Mas só brincamos nele depois de nos fundirmos nesse quintal de casa que tem vista pro mar. Deitados na cama, tem sempre uma história antes de dormir. Histórias do quintal da memória.

Quintal da memória, quintal com vista para o mar. Na cama, pai, filha e filho abraçados não resistem à sensação e deixam se seduzir pelo peso das pálpebras quentinhas. Antes de me entregar, no silêncio da noite, escuto o barulho do mar. A respiração do meu filho sopra tranquila sobre meu peito. A mão sonolenta da minha filha passeia leve sobre meu rosto. Aperto os dois junto a mim e meus olhos quase se afogam antes de transbordar.

O quintal lá de casa tem memória e é um pouco igual ao quintal da minha infância. O quintal lá de casa é acontecimento puro. Tem poesia. Tem amor com vista pro mar.

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Gil Guzzo – é autor, ator e diretor. Em teatro, participou de diversos festivais, entre eles, o Theater der Welt na Alemanha. Como diretor, foi premiado com o espetáculo Viandeiros, no 7º Fetacam. Vencedor do prêmio para produção de curta metragem do edital da Cinemateca Catarinene, por dois anos consecutivos (2011 e 2012), com os filmes Água Mornas e Taí…ó. Uma aventura na Lagoa, respectivamente. Em 15 anos como profissional, atuou em 16 peças, 3 longas-metragens, 6 novelas e mais de 70 filmes publicitários. Em 2014 finalizou seu quinto texto teatral e o primeiro livro de contos. É fundador e diretor artístico do Teatro do Desequilíbrio – Núcleo de Pesquisa e Produção Teatral Contemporânea e é Coordenador de Produção Cultural e Design do Senac Santa Catarina. E o melhor de tudo: é o pai da Bia e do Antônio.
 
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TPM? Só que não.

shutterstock_158427539 (1) foto 2 Belas TPM

Não sei se são os hormônios, mas o fato é que alguns dias estamos mais sensíveis. Nunca me guiei pelos hormônios, sempre me pareceu uma bobagem essa tal de TPM, acho que sempre estou tão ocupada com tantas outras coisas que nunca pensei  muito nisso, nunca dei importância. Sempre achei tudo uma grande bobagem, algo que algumas mulheres falam para chamar a atenção, fazer graça ou dar desculpa por uma tarefa mal feita ou não feita.

Mas vamos lá, tem dias que sentimos algo indefinido, na verdade não é indefinido, só não consigo colocar em palavras, mas é como se o dia ficasse cinza, não é toda música que quero ouvir, quero nesses momentos, músicas fortes, mas não alegres, e isso de alguma forma torna esse sentimento maior, mais a flor da pele ou a saltar dos olhos.

Não precisa muito para saber se alguém está assim,  é só olhar nos olhos. Os olhos ficam diferentes, carentes, tristes. Passa,  o que é bom, porém, também é preciso às vezes ter esses sentimentos. De onde vem? Por quê? Não sei. Aceito senti-lo, querendo que vá embora, querendo que eu descubra o invisível. Contenho minha ansiedade com cordas imaginárias.

Tem sentimentos que fogem da explicação óbvia, mas são fortes que chegam a doer. Os ossos doem, o corpo pesa além do seu peso, é um estado de espera para o próximo choro, um estado de suspense, um choro que você não sabe do que é, porque quer chorar, só quer chorar, mas segura, segura, segura. Se olhar os olhos verá que o brilho é outro, o pedido de socorro está ali, mas nada concreto.

E eu que sou tão concreta tenho uma certa resistência a lidar com isso, mas percebo que é necessário aquietar a mente, não pensar em tudo de uma única vez, não querer atravessar todas as portas juntas, a vontade é de, mas não dá.

Talvez não seja só “frufru“ de mulherzinha, mas é difícil aceitar isso quando você é do signo de leão, responsável, irmã mais velha, com síndrome da mulher maravilha. Meus Deus queimaram os sutiãs e sobrou para nós, que além de continuarmos usando os tais, a maioria tem ferros, aperta, incomoda e muitas vezes machuca.

Então só por hoje, eu aceito que são os tais hormônios, que às vezes podemos sim estar “frufru”. Olhem bem, não é ser é estar. E só por hoje,  bye  bye mulher maravilha, hoje eu quero mesmo é ser a Pedrita. A arte salva e a imaginação também, então quem sabe nas cavernas, sem tanta interferência eu escute uma música dançante que eu tanto gosto e espere  para ver se no próximo mês esse sentimento vem também, se vier, eu me rendo e digo algo que nunca imaginei dizer:  é TPM, só que sim.

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Adriana Chebabi – Bela Urbana, idealizadora do blog Belas Urbanas onde é a responsável pela autoria de todas as histórias do projeto. Publicitária, empresária, poeta e contadora de histórias. Divide seu tempo entre sua agência Modo Comunicação e Marketing www.modo.com.br, suas poesias, histórias e as diversas funções que toda mãe tem com seus filhos.

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Quem nunca? Que dê o primeiro like!

Estes dias estava eu na academia, divagando no meu momento esteira linda, quando me veio em mente: “meu, tem like que vale mais do que palavra”. Opssss, a luzinha amarela acendeu em cima da cuca. Certeza que ia ser sucesso a constatação. E não é que foi mesmo?!

Só uma observação desnecessária (sim, desnecessária, mas eu quero falar). Não me lembro se naquele dia eu havia recebido um desses likes premiados, brilhantes, de fazer os pezinhos de galinha aparecem em nosso rosto. Sabe bem? Sorrisão, entrega da idade… Pois bem, maldita memória. =(

O fato é que eu joguei a frase no meu Facebook e fui acompanhando os likes. Houve até quem comentasse – mesmo o like já valendo. Demais! E é sobre o desdobramento dessa máxima que eu vim falar hoje. Hora de fazer alongamento com o pescoço. Modo concordar. Pra baixo e pra cima. Vamos. Se não concordar, pescocinho pra um lado e pro outro. O importante é se exercitar!

Estou fitness, estou chata, estou me sentindo engajada demais. Preocupante!

Enfim, vamos combinar, faz muuuuuito sentido. Você posta uma foto e aquele seu paquerinha antigo, que hoje namora, dá um like. É o ápice do êxtase! Ele não precisou dizer nada – “tá linda, tá gata, eu pegava, uau, fiu fiu”. Nada. Ele apenas curtiu! E você? Sorriu, deu beijinho no ombro, piscou 10 mil vezes, arrumou o cabelo, olhou no espelho e pegou o celular. LARGA DELE, hein. O menino namora. Contente-se com o “like”.

Outro. Você posta foto com algum amigo e aquele seu paquerinha curte. Poooonto. Ele não precisou dizer “tô vendo, eu vi, quem é?”, ele apenas deu um clique e… entregou a mensagem com êxito. “Tá com ciuminho, tá com ciuminho…” =p

Vamos mudar de exemplo. Você postou uma indireta para aquela sua amiga chata que vive reclamando no Facebook. Ela foi lá e curtiu o post. Pronto, mordeu a isca, leu o recado. Precisou dizer algo?! Eu amo os “likes”. <3

Bom, não tem jeito. Tentei mudar o exemplo, mas os likes dos paquerinhas sempre são os melhores. E confesso, eu já dei like querendo dizer algo. Sim, o famoso “eu vi”. E também já deu “like” pra chamar atenção – “olha eu aqui, eu estou viva, me procura, me chama pra sair, diz que sou o que você sempre quis!” Existe uma música com esse final, né? Loucura, loucura loucura!

Quem nunca? Que dê o primeiro like, ali em cima! =p

Ah, os Likes… eles valem mais do que mil palavras!

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Mariane Costa – Jornalista por profissão, publicitária por paixão. Viciada em tecnologia, internet e relacionamentos (apesar de ser uma solteira invicta). Uma geminiana típica, que não consegue parar de estudar – já fez 2 MBAs e agora vai começar um curso de Chef de Confeitaria! Em poucas palavras: aquela que desabafa em caracteres.
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Movimento Gentileza Sim

Hoje em especial quero compartilhar um texto que escrevi há quase 01 ano para o site do “Movimento Gentileza Sim” fundado pela minha grande amiga Roberta Corsi. O convite e a reflexão que fiz naquele momento permanecem e por isso compartilho o mesmo na íntegra com vocês, segue:

“Gentileza gera gentileza” já dizia o poeta Gentileza. É isso mesmo, não tem segredo, o segredo é colocar isso em prática em situações adversas. Gentileza é sinônimo de delicadeza, amabilidade, educação. Quando recebi o convite para ser a primeira a escrever para esse blog, fui pega de surpresa em uma manhã no meu trabalho. O convite veio acompanhado por um delicioso bolo e um lindo cartão, que realmente me emocionou e trouxe um sabor especial aquele dia. Ah Roberta, (fundadora desse movimento), se o mundo tivesse mais Robertas, com certeza as pessoas nesse mundo seriam mais felizes, porque foi exatamente feliz e honrada que me senti naquele momento e também responsável com o que trazer de relevante sobre esse assunto para o blog.

Busquei no dicionário, li alguns artigos, observei as pessoas ao meu redor, fisicamente e virtualmente, mas acima de tudo observei a mim mesma, confesso que essa tarefa não foi tão fácil. Conclui algumas coisas, entre elas, que é fácil ser gentil em situações cotidianas de nossa vida, um “bom dia”, “obrigada”, “por favor”, são palavras fáceis de falar, basta antes de mais nada a tal da boa educação. Como é ruim encontrar logo pela manhã um mal educado que chega sem dar um “bom dia”, que nos encontra no elevador com cara fechada,  e como é agradável encontrar alguém que além de dar o “bom dia” nos recebe também com um sorriso aberto e verdadeiro. Atitudes simples assim fazem diferença, é mais do que educação, é beleza de alma, alegria e contagia de forma positiva quem está em volta.

Precisamos estar sempre bem para agirmos assim? Essa é uma ótima pergunta que também me fiz durante esses dias. Estar bem ajuda muito. Pessoas amargas  não conseguem compartilhar sorrisos, podem até ser educadas, mas não docemente gentis, ou seja, é necessário resolver as amarguras da alma. Com algumas pessoas somos facilmente gentis, gratas e amáveis, por exemplo: com o médico dos meus filhos que me acode incansavelmente em momentos de medo e dor, tenho consciência que ajo dessa forma, afinal ele que sempre me ajuda. Nessas últimas semanas lá estava eu novamente contando com a ajuda do “Salve Jorge” como espontaneamente meu filho Pedro apelidou-o o Dr. Jorge, quando novamente contamos com ele nessas últimas semanas. A grande questão é como ser gentil com pessoas que nos tratam mal, nos desagradam e agridem? Encontramos essas pessoas em vários lugares, nos simples acasos do trânsito, no convívio pessoal e profissional. Nesses casos o que fazer? Seria lindo ser gentil, conseguir superar a raiva da buzina insistente no trânsito sem  motivo; o chato familiar que insiste em fazer comentários deselegantes; o profissional sem ética que faz de tudo para se dar bem. Socorro! O que fazer nesses casos? Como ser gentil nesses momentos e com essas pessoas? Confesso que não encontrei a resposta, e que ainda não encontrei esse desprendimento de ser tão tranquila com essas situações e pessoas, então, enquanto não tenho a melhor ação para essa questão, faço um exercício, respiro fundo e tento o mais rápido possível me afastar, para não agredir também.

Agora tem ainda um terceiro momento que às vezes esqueço-me de ser gentil, não pela falta de amor com os que estão ao meu redor, mas a paciência some e a pressa maluca vem à tona, a culpa pode ser da correria do dia a dia,  essa urgência que temos para dar conta de tudo. Percebi que faço o urgente e não o importante, que deixo de lado as pequenas gentilezas com as pessoas que mais amo sem perceber. É tanta pressa que falta tempo para ser gentil? Essa é a questão? Não, isso não existe, ser gentil não toma tempo. Ser gentil é ser educado. Ser gentil é estar com o coração desarmado. Não basta ser gentil com só o “bom dia”, “obrigado” e “por favor”. É hora de ser gentil primeiramente com quem está próximo, o excesso de proximidade no cotidiano e urgência do dia a dia, nos faz muitas vezes esquecer das nobres regras de educação com essas pessoas. Proximidade não pode jamais ser sinônimo de descaso. Quer um mundo melhor? Quer esbarrar em pessoas mais gentis? Que tal começar dentro de casa? Exemplo começa em casa, no nosso núcleo familiar e faz a diferença em escala na sociedade.

Agradeço imensamente esse convite pois somente por isso, fiquei atenta a mim mesma e a minha volta de um modo que nunca antes tinha me atentado. Refleti muito e a grande conclusão é que tudo é muito simples, ou seja, ação e reação, boas ações geram boas reações, alegria contagia. Podemos compartilhar de forma generosa tantas coisas como boas atitudes, conhecimento e  carinho, tornando o nosso dia a dia mais leve e alegre e de alguma forma contribuindo para um bem estar coletivo do qual fazemos parte. Eu acredito que cada um é um pequeno pedaço que faz diferença nesse grande círculo que é a vida. Parece óbvio e simples demais, e quer saber um segredo? É mesmo. Vamos juntos? Vale muito a pena, gentileza SIM.

Finalizo com uma frase de Cora Coralina que diz “Não sei se a vida é curta ou longa para nós, mas sei que nada do que vivemos tem sentido, se não tocarmos o coração das pessoas”.

Adriana Chebabi

Adriana Chebabi – Bela Urbana, idealizadora do blog Belas Urbanas onde é a responsável pela autoria de todas as histórias do projeto. Publicitária, empresária, poeta e contadora de histórias. Divide seu tempo entre sua agência Modo Comunicação e Marketing www.modo.com.br, suas poesias, histórias e as diversas funções que toda mãe tem com seus filhos e apoiadora desde o início do Movimento Gentileza Sim www.movimentogentilezasim.com.br

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MÃE

Você pode não acreditar em Deus, mas tem que acreditar em mãe, se não existe um Deus com certeza existe uma mãe divina que abençoa e dá poder a todas as outras da terra.

Se liga na cena: você saindo de casa, lindo, leve e solto, se sentido o GATÃO! Porém, um inferno de 78° célsius lá fora, tá derretendo a porra da roda do carro, as pessoas escorregando no próprio suor, tu caminha esbelto e tranquilo para dar um “role”, sabe-se lá porque você vai querer sair de casa com um calor infernal desses, mas às vezes o dever te chama, um amigo com piscina te chama, ou na pior das hipóteses, sua idiotice te chama, porque tem gente que é idiota mesmo e gosta de sofrer e essa terceira opção é por incrível que pareça a mais comum de todas, as pessoas geralmente são BABACAS!

Enfim, o babaca tá lá saindo de casa com lava do inferno escorrendo na janela, passa pela Mamãe querida (que não é boba e não vai se arriscar naquele deserto do Saara) e nesse momento sublime que ela bate o olho em você de bermuda, havaianas, camiseta regata e seu boné John Jonh diz:
– Não vai levar uma blusa não, menino? Você olha pra ela e ri mais que aquelas crianças bobas de vídeo no Youtube e solta um:
– Cê tá locona ô?
Mentira. Você é um cara educado e diz:
– Tá maior calor, mãe! Que isso, vou assim mesmo.
Ela toda doce, te aconselha:
– Leva um casaquinho, meu filho. Não custa.
Você simplesmente a ignora e sai.

A sauna comunitária lá fora continua abundante e você sem se lembrar mais das abençoadas palavras da sua Mãe, a mulher que te colocou no mundo e sabe bem como as coisas são e sabe o poder divino que tem. Tudo correndo maravilhosamente bem e quente quando você chega num ponto qualquer do trajeto, algum lugar longe o suficiente para sofrer pra voltar, porém perto para chegar vivo de volta ao aconchego do lar, nesse ponto do caminho, você é “teletransportado” para o cu do Alasca! PÁ! Assim mesmo, de repente começa a fazer um frio do caralho, parece que tem um ar condicionado no seu rabo, chega a sair fumacinha da sua boca. Meu amigo, tem uma nevasca particular em cima da sua cabeça, você se arrepende já batendo os dentes e pensa “Devia ter trazido um casaquinho”, escorre uma lágrima pelo seu rosto, mas ela congela. Você não tem força pra ficar triste de tão frio que tá!

E saibam que o mesmo vale para a chuva. Cara, se sua mãe fala “Meu filho leva o guarda-chuva.”
Leva velho. Não importa se você mora na Palestina, no deserto do Saara, você pode tá morando no Cantareira, se sua mãe falar que vai chover, aluga um jet ski que vai transbordar aquela porra!

Aliás, deixo aqui esse recado ao Governo do Estado de São Paulo. Quer que chova naquele reservatório? Lava meu carro e me manda pra lá sem guarda-chuva, depois é só aguardar uma ligação da minha mãe…
É lavar meu carro, que Campinas vira uma cataratas do Iguaçu, eu imagino Deus me olhando lá de cima:
– Olha lá, Gabriel, vem ver, vem ver! O Lucas tá saindo pra lavar o carro hahahaha e o melhor, não tá levando guarda-chuva hahahaha. É hoje, é hoje! Avisa São Pedro que o hoje tem!

Sabe aquelas brincadeiras de mão que sua mãe sempre fala:
– ESSAS BRINCADEIRA DE MÃO NUNCA DÁ CERTO! EU JÁ FALEI! NÃO É A PRIMEIRA VEZ QUE EU TE FALO ISSO (chinelo na mão/chinelo cantando na sua bunda/chinelo na mão/chinelo cantando na sua bunda/chinelo na mão).
– VOCÊ VAI MACHUCAR SEU IRMÃO! VAI FURAR A PORRA DO OLHO DESSA CRIANÇA, AI EU QUERO VER, EU QUERO VER, O Q-U-E V-O-C-Ê V-A-I F-A-Z-E-R COM A PORRA DO OLHO DO SEU IRMÃO!
Agora ela vira para o seu irmão:
E VOCÊ! (Chinelo na mão/chinelo cantando na bunda do seu irmão/ chinelo na mão/chinelo cantando na bunda do seu irmão/chinelo na mão/chinelo cantando na bunda do seu irmão) VOCÊ MERECE FICAR CEGO MESMO, É UM IDIOTA DE FICAR INDO NA ONDA DO ANIMAL DO SEU IRMÃO MAIS VELHO! (é sempre o mais velho que dá as ideias).

Mano, as brincadeiras de mão sempre deram certo. Sempre. Você e seu irmão, tão lá fazendo malabares com facas Tramontina (#ad) pegando fogo e a porra toda, até vendas nos olhos vocês conseguiram trazer para o show, SEM UM ARRANHÃO SEQUER. Tá tudo lindo, vocês já pensam em seguir carreira no (leia com voz de locutor de circo italiano) Fantastico circo Dinapoli (pare de ler com voz de locutor de circo italiano).
Sua mãe passa de boas pelo quintal, como quem não quer nada, só pra ver se vocês estão vivos, pois o silêncio impera na casa num sábado a tarde de verão e isso não é plausível, muito menos aceitável. Já que ela sabe as crias que têm e também por conta do seu poder divino. Ela vem vindo e vê a cena em câmera lenta, naquele close de final de filme: Os dois pequenos demônios, jogando facas incendiárias ao ar, um de frente pro outro, numa troca frenética de movimentos, olhos vendados, sorrisos nos lábios, você narrando tudo com a sua voz de locutor de circo italiano e com todo desespero que só a paciência que uma mãe pode ter aquela senhora profere em um tom capaz de ser ouvido num raio de 7 km de distância. Neguinho tá achando que é trovão, mas não, é a senhora sua mãe gritando:

– PUTAQUEPARIU, MOLEQUE DOS INFERNOS, QUANTAS VEZES EU FALEI QUE ESSAS BRINCADEIRA DE MÃO NÃO DÁ CERTO! (Toda essa frase num milésimo de segundo).

Tempo suficiente esse para que uma faca escape de sua ginga acrobática e voe em direção ao olho direito de seu irmão mais novo. Mas com toda agilidade divina, sua mãe empurra seu irmão para o lado, pega uma almofada e joga embaixo dele antes que ele caia e segura a faca antes que seu irmão fique cego. Isso tudo com uma mão, porque a outra está cantando com o chinelo na sua bunda e a música que ele toca é mais ou menos assim:

– E-S-S-A-S B-R-I-N-C-A-D-E-I-R-A D-E M-Ã-O N-U-N-C-A D-Á C-E-R-T-O! EU JÁ FALEI, NÃO É A PRIMEIRA VEZ QUE EU TE FALO ISSO! Q-U-A-N-T-A-S V-E-Z-E-S E-U J-Á F-A-L-E-I?

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Lucas Alberti Amaral – nascido em novembro de 1987, vem há 27 anos distribuindo muito mau humor, tentando matar a fome e fazendo comentários desnecessários sobre tudo. Formado em Comunicação Social com habilitação em Publicidade e Propaganda pela METROCAMP, trabalha na área há 5 anos, tem um blog onde espalha ideias e pensamentos materializados em textos curtos e tentativas de poesias, acesse e confira: https://quaseinedito.wordpress.com/. Concilia a dura missão de morar em Campinas – SP (cidade onde nasceu) e trabalhar em Barueri-SP, não acredita em horóscopo, mas é de Escorpião com ascendente em Sagitário e lua de Saturno em Leão e por fim odeia falar de si mesmo na terceira pessoa.​

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Reflexão de criação – Canvas branco.

Parece não ter nada, mas pra quem trabalha com criação na verdade é aí, no canvas branco que temos tudo. O paradoxo diário entre o nada aparente e o tudo de possibilidades, ideias, objetivos, esforço, dedicação, inspiração, transpiração, exposição, alegria, medo, erros e acertos. Nasci querendo ser artista, e entre tintas e canetinhas fui parar em agência, webcompany, produtora, agência de novo… e o canvas branco sempre, sempre esteve e está por aí. Tem dias que esse tudo do nada dá uma ansiedade, outros momentos uma euforia, e as vezes dá medo também… seja pra fazer algo pessoal ou uma campanha… transformar as ideias que estão no ar ou em você em algo palpável e que se comunique com os outros é todo dia um desafio diferente… precisamos pegar um pouquinho de alma pra dar a liga e fazer a coisa aparecer nesse canvas… Portanto trabalhar com criação é estar sujeito a se sentir pessoalmente rejeitado a cada tudo não aceito… Mas o estranho mesmo, é que quem nasceu pra isso, não sabe viver de outra maneira, entre aceitações e rejeições, entre glórias e outras nem tanto, entre o amor e o ódio… entre o tudo e o nada nós nos tornamos o próprio canvas… e nele vamos desenhando nossa história.

Juh Leidl

 Juh Leidl – Bela urbana, artista, designer, publicitária e eterna amante da moda. Divide seu tempo entre as criações na Modo Comunicação e Marketing www.modo.com.br e exposições pelo mundo como membro da Ward-Nasse Gallery | SoHo – NY www.wardnasse.com/Juh_Leidl.php