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Me reinventar?

Já tinha quarenta e alguns anos quando me olhei no espelho um dia e vi uma Carla diferente. Não eram os cabelos brancos, o bigode chinês profundo ou a maturidade em todos os sentidos me batendo na cara. Era, sim, uma mulher com uma filha adulta de quase 20 anos de idade que tinha acabado de sair de casa, um casamento praticamente da mesma idade e um emprego recém-largado também batendo na casa dos vinte.

Me assustei. Mas como sou uma mulher de decisões rápidas, pensei logo nas minhas alternativas. Me entregar à Síndrome do Ninho Vazio, deixar a rotina engolir mais ainda o meu casamento, aprender a costurar pra fora (nunca daria certo…rs) ou me reinventar?

Adivinha? Sim, foi nessa de querer, de novo, descobrir o mundo e conhecer mais sobre a vida que fui parar em São Paulo em um curso de especialização em Marketing Digital. A escola ficava na Vila Madalena e eu fiquei completamente apaixonada pelo bairro. Pra começar os nomes das ruas: Harmonia, Purpurina, Simpatia – achei que todas eram a minha cara!

Um dia resolvi ficar em São Paulo. Mas aonde? Com a grana curta, não queria encarar um hotel. Eu queria mesmo era uma aventura, segundo o meu marido. E assim me hospedei pela primeira vez em um albergue.

Hoje eles têm outro nome, chique: hostel. O que escolhi, Giramondo Hostel (https://www.giramondohostel.com.br/) é um simpático e acolhedor sobrado na rua Girassol administrado pelo queridíssimo Sandro Souza (https://www.facebook.com/sandro.souza.7503). E que hoje bomba por causa do Jazz no Hostel, evento que reúne boa música e comida com preço para ninguém reclamar.

Foto post Carla B

Entrei disposta, mas cheia de preconceito. Pensei que os hóspedes eram todos mochileiros e que estavam por ali só de passagem. Quebrei a cara, logo de cara! Alguns são viajantes, outros acabaram de chegar para procurar emprego e uma nova casa. E a maioria, pelo menos no Giramondo, se hospeda lá porque trabalha em São Paulo durante a semana e no final dela volta para casa em outra cidade. E porque a maioria trabalha, o silêncio tem que reinar por ali depois de uma determinada hora. Outra lição aprendida, hostel tem regra em cada cômodo que você vai. E em três línguas para ninguém se fazer de desentendido.

foto Carla b opção

Aí você deve estar pensando: nossa, que chatice. Cadê a graça então? Ela está dentro dos quartos e só quem morou numa república no tempo de estudante universitário sabe do que eu estou falando. É uma zona deliciosa. O quarto que fiquei tinha dois beliches, como era o meu no apartamento que dividi com algumas amigas logo que cheguei a Campinas. E a bagunça… até hoje eu fico boba em ver como quatro ou mais mulheres juntas conseguem trazer o caos para um lugar. Roupas penduradas em todo o canto, malas espalhadas pelo quarto, garrafas de água vazias aqui e ali, camas quase nunca arrumadas.

foto 9 Carla

E nessa de dividir espaços apertados e sem estrutura nenhuma para o mínimo de organização eu voltei a ter vinte e poucos anos. Conheci duas pessoas incríveis que hoje se tornaram minhas amigas, Patito e Poly.

foto post Carla B 08

E me lembrei de outras duas lindas mais incríveis ainda e que até hoje não tem dia que não me lembre delas. Kátia e Valéria, eu amo vocês. Vamos fazer uma noite de República, como antigamente? Só que dessa vez com espumante. Afinal de contas, nós crescemos. Poderosas, sempre fomos!

foto (5) Carla, Valeria e Turka

Carla Bravo – Jornalista, atriz, apresentadora, locutora, dubladora, roteirista, mestre de cerimônias, assessora de imprensa e tudo mais o que uma comunicadora sabe ser. Ah, otimista sempre. E sonhadora. 
 

 

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Se dê um tempo

Já ouviu falar em ano sabático? Se respondeu sim, por acaso pensou em ter um período de descanso só seu? Não estou falando em férias de trabalho, e sim, algo mais longo. Dar um tempo no trabalho e somente realizar outras coisas que te dêem também prazer, como viajar, se exercitar, estudar no seu próprio país ou apostar em um curso no exterior, ler alguns livros que estão há anos esperando na estante… ou simplesmente não fazer nada e descansar!

Você pode pensar: – Será que posso? Não vão me taxar de um monte de coisas ruins, como preguiçosa, folgada ou encostada por querer me dar esse tempo? A resposta você acaba de dar sem perceber. Você que deve decidir, pesando prós e contras.

Dá mesma forma que batalhamos para conseguirmos nos firmar em carreiras de sucesso, alcançar altos postos de trabalho, também devemos ser corajosas para decidir cuidarmos da mente, corpo e alma.

O primeiro passo é se programar. Esse é o melhor caminho para que possa desfrutar de forma tranquila seu ano sabático. Procurar saber se é possível se afastar da empresa por um determinado tempo sem remuneração e para isso é preciso que faça uma reserva financeira para que possa usufruir sem apertos os dias de auto conhecimento.

Caso fique receosa, procure deixar as portas abertas para voltar ao seu emprego! Em muitos casos esse pode ser um momento para refletir se o que faz é realmente o que quer continuar fazendo ou se quer dar uma reviravolta na sua vida profissional.

O melhor é se jogar. Sorrir para a vida que te abre as portas e criar suas próprias oportunidades de oferecer o melhor de você para você mesma. Viva cada segundo porque a vida passa rapidamente. Seja feliz.
foto-renata-divulgação-(b)-rssss - Renata

Renata Della Volpe – Jornalista e publicitária. Amante dos esportes ao ar livre, curte viajar e ler um bom livro. Viciada em séries de televisão. Adepta da filosofia faça aquilo que gosta e não terá de trabalhar um único dia na sua vida.

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NOME DE COR DE ESMALTE

Cara, eu me irrito muito com esse assunto, não que eu deveria, aloca, né?
É sério, nome de cor de esmalte é uma coisa muito surreal. Eu não entendo porra nenhuma, “azulejo português”, as mulheres já falam “é azul” e elas falam como se fosse óbvio, como se fizesse sentido, mas fazer sentido e ser mulher, é algo que também não condiz muito, mas isso é assunto pra uma próxima “opportunity” (palavra essa que já daria um bom nome para esmalte).
– “Opportunity” o esmalte da mulher moderna, (insira aqui a cor verdadeira).

Eu tenho a impressão de que quem cria os nomes, tá tirando um barato com a nossa cara, mas o pior, ou o melhor, não sei, é que as mulheres sabem qual é a cor, qual a tonalidade o porquê foi chamado assim, talvez por isso só homens sejam daltônicos. Eu me sinto, o cara mais babaca do mundo.

Um dia minha namorada estava fazendo a unha e disse: – Amor, me passa o esmalte aí.

Eu: – Qual Amor?

Ela: – O rosa? (tinham 3 esmaltes do meu lado, os 3 eram “rosa”)!
Eu: – Qual rosa, Amor? O claro, o mais claro ou o rosa?
Ela:– É o rosa bracelete! 
Rosa bracelete? EU TIVE QUE LER A PORRA DO ROTULO. Era tudo rosa. Às vezes eu acho que ela faz de propósito, tipo: “hoje ele vai ver, vou fazer ele de idiota só com cores de esmalte muahahahah”.

Sério mano, tem um esmalte que chama: “entardecer” jura? Entardecer? Isso não é cor, porra! Tipo o entardecer em Osasco é cinza! Em um lugar mais “normal” é laranja, talvez! A gente não sabe a cor do entardecer, essa porra depende de Deus! Ninguém chega numa loja de carro e fala: “Por favor, eu quero um Gol, ar, direção e na cor entardecer!” Essa merda não existe, é vermelho, é laranja, azul!

Gabriela, mano, eles dão nome de gente para esmalte, tem um que se chama Gabriela! Gabriela é uma pessoa, irmão, não é cor não! É de um ser humano que estamos falando, ok? A Gabriela não pode ser da cor que ela quiser? O sistema vai ficar oprimindo a gente assim? Teremos que ser vermelho? Mas até que nesse caso eles poderiam segmentar mercado, por exemplo:

– Quero um esmalte Gabriela Asiática, opa esse é amarelo e mais barato, veio da china, talvez seu dedo caia, mas nesse caso a gente pode passar um Gabriela Afeganistão, o que acha? Esse é vermelho sangue e o vidrinho é menor, porque aqui, às vezes o pessoal acaba perdendo uma mão, um dedinho, sabe como é!

– Ah, mas vem com uma bolsa dinamite de brinde que SUPER combina com seus olhos!

– A-M-E-I-! A-M-I-G-A. Me diz, dinamite é uma cor nova?

– Não QUERIDA é a bomba mesmo.

– Que isso amiga, um isqueiro?

Imagina na loja?

– Por favor, me vê um Gabriela Osasco, é esse meio encardido, sabe? parece fumaça!

– A gente ia chamar de Vermelho Câncer, mas o pessoal do Marketing não gostou muito da ideia!

 Vou comentar sobre alguns nomes que pesquisei:

“Ha ha ha”, esse é a prova que eles estão rindo da SUA cara.

“Deixa beijar”, sem comentários.

“Capadócia”, aula de geografia nessa porra, agora?

E o mais sem noção que eu já vi “Azulcrination” ah meu, vai procurar um emprego de verdade, ler um edital de concurso, carpir um terreno…

Eu acho que criar os nomes de esmalte é tipo um estágio pra um dia se tornar o cara que elabora o nome das Operações Especiais da Policia Federal, tipo: “Operação Anaconda”, Operação Praga do Egito (também conhecida como Operação Gafanhoto). Como eles chegam a esses nomes?

– Vamos pensar, vamos pensar, que tal “Manjar de Tapioca”?

– Porra esse é bom, hein? Mas, acho que fica melhor pra esmalte, anota ai que eu vou mandar pro pessoal da Risquè!

Não, sério. Eu imagino, os caras fazendo uma reunião só para decidir o nome das operações, enquanto isso, os policiais com as armas na mão, na porta da casa dos FDP pronto pra invadir falando assim:

– Chefe, tamô aqui já, pode entrar?

– Não segura ai, porra! Precisa definir o nome da Operação ainda, a gente tá entre Anaconda e Jararaca, melhor Anaconda porque se não minha sogra vai achar que é indireta pra ela, INVADE ESSA PORRA QUE EU VOU CHAMAR A IMPRENSA PRA FALAR DA OPERAÇÃO ANACONDA!

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Lucas Alberti Amaral – nascido em novembro de 1987, vem há 27 anos distribuindo muito mau humor, tentando matar a fome e fazendo comentários desnecessários sobre tudo.

Formado em Comunicação Social com habilitação em Publicidade e Propaganda pela METROCAMP, trabalha na área há 5 anos, tem um blog onde espalha ideias e pensamentos materializados em textos curtos e tentativas de poesias, acesse e confira: https://quaseinedito.wordpress.com/. Concilia a dura missão de morar em Campinas – SP (cidade onde nasceu) e trabalhar em Barueri-SP, não acredita em horóscopo, mas é de Escorpião com ascendente em Sagitário e lua de Saturno em Leão e por fim odeia falar de si mesmo na terceira pessoa.​

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A IDADE DA MULHER

AS 3 IDADES DA MULHER -KLIMT (2)

Era uma manhã de sábado! No caminho para a feira encontro uma conhecida que me diz: “De shorts??? Moderninha, hein?”

Como de costume, parei para pensar no que eu estava errando… Mas claro que o erro não era meu!

Na hora do almoço, a tia, no auge de seus 80 me diz: “Não queira ficar velha… É muito ruim!” e eu, horrorizada, respondo: “Se der tudo certo, ficarei velha sim, pois a única outra opção não me atrai muito…”

Então parei para refletir sobre idade, especialmente a idade da mulher!

Ainda tenho idade para andar de shorts? Calça jeans, saia curta?

Mantenho cabelo comprido, corto seguindo tendência ou acredito que cabelo curto rejuvenesce? Pinto? Estico? Assumo os grisalhos e ondulados? Plástica, botox, preenchimento, dietas?

Muitas dúvidas na vida de uma jovem de quase 52…

E como encarar o desafio no país líder de lipoaspiração e plástica? Onde silicone virou tão banal quanto colocar um brinco e é possível aplicar hidrogel logo ali na esquina?

Na verdade, simplicidade é a palavra-chave, pelo menos para mim.

Quero esclarecer que sou extremamente vaidosa e não tenho por hábito sair sem uma boa maquiagem e um cabelo arrumado.

Desde a mais tenra idade aprendi a investir em qualidade de vida para investir no visual… Investir em uma boa alimentação, equilibrada, com direito a excessos, para não deixar de ser divertido. Investir em protetor solar e cremes, não os mais caros, nem os últimos lançamentos, apenas manter a pele hidratada e bem cuidada. Investir em água – recentemente comprei um filtro de barro, daqueles de antigamente, bem baratinho, e descobri que a água fica com gosto e frescor divinos. Investir em exercícios físicos, não ficar parada… Investir em sonhos!

Mudar de ideia e opinião! Mudar até de carreira, se for o caso! Quantas vezes for necessário! Parafraseando Raul: Prefiro ser essa metamorfose ambulante do que ter opinião formada sobre tudo!

Ter bom humor é fundamental! Assim como se adaptar fisicamente aos desafios que surgem…

Quando ouço “Mas você não parece ter a idade que tem!” é claro que fico envaidecida, mas me pergunto, qual é a minha idade?

Vivi a experiência dolorosa e doce de me tornar madura, criei filhos maravilhosos, perdi entes queridos, arregacei as mangas quando a situação exigia, e agora, quando a vida está me dando a oportunidade de curtir marido e arte, posso dizer que “na minha época…” ainda é um tempo presente…

Pretendo continuar vestindo shorts e calça jeans enquanto eu e meu espelho gostarmos, não para me sentir mais jovem, apenas para ser eu mesma, sem idade definida, Forever Young!

FOTO PERFIL Synnove

Synnöve Dahlström Hilkner É artista visual, cartunista e ilustradora. Formada em Comunicação Social/Publicidade e Propaganda pela PUCCAMP. Desde 1992, atua nas áreas de marketing e comunicação, tendo trabalhado também como tradutora e professora de inglês, com ênfase em Negócios. Nascida na Finlândia, mora no Brasil desde os 7 anos e vive atualmente em Campinas com o marido, com quem tem uma empresa de construção civil. Tem 3 filhos e 2 netas. Desde 2011 dedica-se às artes e afins em tempo quase integral – pois é preciso trabalhar para pagar as custas de ser artista – participando de exposições individuais e coletivas, além de salões de humor, especialmente o Salão de Humor de Piracicaba, também faz ilustrações para livros.É do signo de Touro e no horóscopo chinês é do signo do Coelho. Contribui para o Belas Urbanas com suas experiências de vida.
 
OBS.: O quadro acima: As 3 idades da mulher/ de Klimt.
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A motivação para a mudança

Não sei o que motiva as outras pessoas a mudar, mas comigo sempre foi nos momentos mais difíceis, naqueles momentos em que nada parece fazer mais sentido, e é daí que me vem a motivação, a vontade de melhorar, pois sempre se pode melhorar. É daí que sinto minha força, me sinto viva, e minha alma se enche de esperança… Onde renascem sentimentos que realmente importam, amor… pelos amigos, pela família, pelos bichinhos de estimação, por tudo o que realmente vale a pena.

Amor deve ser demonstrado e falado sempre! Amor não pode ser desperdiçado, tem que ser aproveitado em toda sua plenitude, e assim vamos cultivando a nossa essência… nós somos aquilo que vivemos, ou melhor, da forma como conduzimos nossas vidas e de nossa capacidade de transformar situações desastrosas em oportunidades reais!!!
Mudar é bom, é renascimento, nos torna mais vivos, e principalmente, nos traz esperança!!!
Então eu pergunto, porque resistir à mudança? Deixo a vida seguir e quando chegam as oportunidades, me agarro a elas, quando chegam as pessoas que amo, me agarro a eles, e meu coração se acalma e tudo faz sentido!

10550086_4583002508876_7067276401928069694_o - foto Valeria

 

 

VALÉRIA DE LAET – publicitária, atuou 20 anos na área de produção de filmes publicitários e de eventos.
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Peguei o Fabio Junior

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Uma vez ouvi uma declaração da Fernanda Torres que dizia algo do tipo: “que ela nasceu em época errada, porque era muito nova para o Fabio Jr. e muito velha para o Fiuk”. Quando li isso achei  graça e me identifiquei. Eu e ela devemos regular de idade e hoje quando vejo o Fiuk  o acho tão charmoso e carismático como sempre achei o pai dele – o Fabio Jr.

Muitas adolescentes, independente da época que vivenciam sua adolescência, se apaixonam por ídolos. Nunca fui disso, mas confesso que fui encantada pelo Fabio Jr. quando tinha 11 aninhos. Ele fazia a novela “Água Viva” na Globo e seu personagem era de um jovem  médico que namorava a personagem da Lucélia Santos, que por usa vez, era estudante de física nuclear, aquilo para mim era o máximo. Eu queria ser como sua personagem, primeiro porque ela tinha um caráter irretocável, cheia de bons valores e além de tudo namorava o médico tão integro quanto ela e muito charmoso Fabio Jr.

Essa novela foi no começo dos anos 80 e já se passaram muitos anos, não fiz “física nuclear”, fiz comunicação social. Por todos esses anos que seguiram sempre me identifiquei com as mais diversas mocinhas de filmes, livros, novelas e pessoas da vida real que chamaram minha atenção pela mesma integridade que a personagem da Lucélia santos. Nunca foi a cara mais linda ou corpo sarado que me chamavam a atenção, mais sim, a força e coerência do caráter, isso sempre me seduziu.

O que faz alguém ser forever young é algo que vem de dentro pra fora; não adianta colocar silicone e ficar com peitão, fazer diversos preenchimentos nas rugas, esticar o cabelo com tanta química, tentar aparecer o que não é, se você não estiver feliz na sua pele. Pior, ainda corre o risco de virar um rascunho do que você foi. Se cuidar é importante, mas não adianta cuidar só por fora, se não se cuidar por dentro também. Para ser jovem você tem que ser exatamente você, sem se agredir em função de padrões de moda ou indo contra seus princípios. É o brilho nos olhos que determina essa eterna juventude.

E o Fabio Jr e Fiuk o que tem haver com tudo isso? Bom, o Fiuk é bem jovem tá na cara, o Fabio Jr. nem sei quantos anos tem e isso não importa, ainda vejo o brilho no seus  olhos, exatamente como quando interpretou o médico na novela Água Viva e por isso ainda continua seduzindo com seu charme, que até eu me pego cantando “… nem por você nem por ninguém eu me desfaço dos meus planos….”.

E meus olhos brilham? Acho que sim, mas não os vejo, então corro para o espelho para me certificar. O que vejo? Meu rosto sem Botox e sem nenhum preenchimento, com algumas marcas que o tempo já me trouxe, mas me sinto confortável com elas. Vejo o mesmo brilho nos olhos da menina que fui e que se encantou pela nobreza de caráter da personagem da Lucélia Santos e gosto do que vejo.

Então, sem me ferir, sigo o que acredito ser certo e valorizo em um ser humano. Sem Botox ou preenchimento, eu sou forever young. Não é para os outros, é para mim, forever young SIM.

PS.: Ah, ia esquecendo de dizer, claro que peguei o Fabio Jr., peguei na mão em um show que fiquei no gargarejo esmagada, tudo bem, aguentei o tranco, quando se tem 14 anos, isso é festa e hoje isso é história.

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Adriana Chebabi  – Bela urbana, idealizadora desse projeto, publicitária, poeta e contadora de histórias. Divide seu tempo entre sua agência Modo Comunicação e Marketing www. modo.com.br, suas poesias, histórias e as diversas funções que toda mãe tem com seus filhos.

 

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Autoestima

De uma maneira geral a auto estima é a visão positiva que a pessoa tem de si mesma. Essa imagem positiva faz com que ela valorize suas capacidades e competências e considera seus direitos e suas necessidades. Sem sombra de duvidas, as pessoas com uma auto estima elevada  sabem  reconhecer o seus valores,  sentem-se amadas, lidam melhor com os conflitos e frustrações, faz escolhas saudáveis no relacionamento, são mais criativas, consideram as pessoas em suas atitudes e  aceitam sem conflitos suas fragilidades e limitações. Enfim, estas pessoas tornam-se mais preparadas para enfrentarem os desafios e os obstáculos que a vida cotidiana proporciona. Uma boa auto estima desenvolve-se ainda na infância, pelas experiências de ser e de se ver como uma pessoa amada e estimada por suas relações parentais, a qualidade dessas experiências será o pilar que estruturará seu amor – próprio.

Agora o contrario acontece quando se tem autoestima baixa, as pessoas apresentam dificuldades em se relacionarem seja na vida afetiva, no trabalho e na vida familiar, tem dificuldades de dizerem não a pedidos de coisas ou situações que não lhe agradam, opiniões de terceiros tornam-se referencia  para elas que acabam se adequando aos gostos deles refletindo a perda de sua identidade e acabam se tornando reféns do seu próprio eu.

Pensando no caso da personagem Alessandra parece que lhe falta autoestima, pois tem inúmeras dificuldades em dimensionar suas escolhas, seja no trabalho, nas relações interpessoais e amorosas. Parece estar sempre com ideias de autodesvalorização e comportamentos que demonstram isso. No início mostra-se uma pessoa que não se sente capaz de ser amada e isso lhe traz um sentimento de inadequação diante da vida. Mas neste final parcial da sua historia ela começa a vislumbrar uma possível mudança para uma visão mais positiva de si mesma. E que mudança será essa, só saberemos nos próximos episódios da história.

Por fim, acredito que é muito importante que as pessoas possam buscar uma compreensão e desenvolver uma consciência saudável a respeito de si mesmo  para melhor administrar a sua vida e poder ser dono da sua própria história.

 

Adriana da Silva Britto – Psicóloga
Rua Dr. Alberto Cerqueira Lima,377/ Taquaral- Campinas/SP
Psicoterapeuta Especialista em Psicoterapia de Criança e Adulto.
Contato Clinica Tel(19)3383-3533/ Cel:(19)992069265
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Ser forever young é uma escolha. Você é. Ou não.

Tenho 43 anos e descobri isso há muito pouco tempo.

Eu vivia em sessões de quiropraxia e pilates – que me ajudavam demais! – pois eu vivia com as costas travadas. Ano passado comecei a ter intolerância a muitos alimentos, principalmente àqueles que eu mais adorava. Café, chocolate, doces em geral e o GLÚTEN. O famoso glúten, o coitado que virou o grande vilão do século. Fiz uma dieta extremamente restritiva que melhorou muito meu mal-estar, inchaço e enxaquecas. Acabei perdendo alguns quilinhos e fiz uma reeducação alimentar bem bacana.

Eu estava fazendo tudo o que me foi recomendado, mas eu continuava sentindo muito cansaço e desânimo. Me irritava com extrema facilidade e frequência.

No início desse ano meu casamento acabou. Foi um choque.

Então eu resolvi que essa decisão, que foi tão dura para ambos, só faria sentido se fosse para o bem de todos. Hoje eu acredito que todas as adversidades que enfrentamos, são oportunidades de crescer e amadurecer que a vida nos oferece. E eu até acho que nem temos o direito de fingir que essas oportunidades e avisos não estão batendo à nossa porta, só para podermos continuar reclamando e sentindo pena de nós mesmos.

Eu escolhi ser forever Young. Porque as dificuldades reais da vida já são suficientes. Não precisamos complicar mais.

E assim já me permiti realizar alguns sonhos antigos. Por mais bobos que eles pareçam ser, é tão gostoso realizá-los! Eu pulei de paraquedas, eu fiz uma tatuagem.

Pular de paraquedas é a maior sensação de liberdade que podemos ter. A queda livre é um momento de muita paz, de desprendimento e liberdade. É indescritível.

Minha tatoo é uma linda lótus. Levou 5 meses para ficar pronta, doeu muito, mas eu amei!

Hoje faço treinos físicos regulamente. 2x por semana com personal e voltei a correr. A preparação física me permitiu voltar a correr, o que eu não fazia desde o tempo da graduação. Hoje corro 3 x por semana e me sinto tão bem, como há muitos e muitos anos não me sentia.

Não sei quais são os desafios que a vida ainda me reserva, mas espero poder compreendê-los com humildade e sabedoria. Forever Young.

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Noêmia Watanabe – é Graduação em Química (Unicamp) 90-94, Mestrado em Engenharia de Mecânica (Unicamp) 95 – 96, Doutorado em Química (Síncrotron/Unicamp) 97-2000, trabalhou como Química no Sincrotron de 2001 a 2004 é sócia fundadora desde 2006 da Condutiva Tecnologia e exerce a função de Diretora de Novos Negócios