Sou o resultado da luta
Do domínio, do medo
Incapaz de esquecer
O que chamamos de segredo
Sou o machucado se curando,
A base do tempo,
Não há remédio no mundo,
Que acabe de vez com o desalento
Sou a tristeza personificada
Dias, horas acordada
Uma solitária lutadora,
Tal na selva, uma leoa
Sou a síntese da sobrevivência
Não a da carne, mas a da consciência
Emitida pelo juiz, a sentença
Que não perdoa fraqueza com eloquência
Sou a vitória, sou meu próprio mundo
Escuridão lá fora e luzes por um segundo
Um pontilhado de luz com flashes de alegria
Sou vaga-lume querendo ser libélula um dia
Belísima! Parabéns!
Belíssima poesia, parabéns!