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Subjetivamente

Subjetiva

Ativa

mas…

Subjetiva quando precisa ser. Precisa?

Objetiva

Ativa

Subjetivamente complexa

Pensante, avante

Um passo para frente

Dois para trás

Essa subjetividade

Gerando dúvidas

Girando como uma roda-gigante

As vezes em cima

As vezes em baixo

Subjetivamente sem quebrar a roda

Subjetivamente ficando tonta de tanto rodar

Assustando e

Assustada na roda que pode quebrar

Porque tanta subjetividade?

Porque tantos pensamentos?

A busca pelo caminho certo

Quando o caminho gira, roda, sobe, desce

Mas não sai dessa roda de subjetividade

Atividade é isso

Vamos avante

Objetivamente a busca

Além dessa subjetividade cansante

ou quem sabe, constante.

Adriana Chebabi  – Bela Urbana, idealizadora do blog Belas Urbanas onde faz curadoria dos textos e também escreve. Publicitária. Curiosa por natureza.  Divide seu tempo entre seu trabalho de comunicação e mkt e as diversas funções que toda mulher contemporânea tem que conciliar, especialmente quando tem filhos. É do signo de Leão, ascendente em Virgem e no horóscopo chinês Macaco. Isso explica muita coisa.

 

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Gosto, desgosto.

Gosto do calor, mas amei conhecer os flocos de neve.
Gosto do dia, mas adoro dormir e sonhar!
Gosto de banho quente, mas o gelado do sorvete me diverte.
Amo as flores, cores, mas é dificil o processo; requer dedicação. Todo resultado é um processo, gostando ou não.
O gosto amargo é o meu preferido, mas não digo o mesmo para as pessoas. Amargo na vida, só se for café, chocolate ou cerveja.
Gosto de gente, mas, pensando bem, as crianças são as gentes que mais amo. Ficar ao lado delas é minha escolha gostosa.
Gosto mais de salgado. E o doce deixo para o bolo ou docinho na festa. Adoçar o corpo é, na verdade, às vezes, acalmar a alma.

Gosto de viver.
Adoro viver!
Nem tudo é gosto. O desgosto nos acompanha em grande parte da caminhada na vida.
O desgosto é o gosto decepcionado.
Desgosto é o gosto frustrado.
Mas a vida é assim, cheia de antagonismo, e, pra quem gosta de viver, faz do desgosto o motivo para lutar e seguir!

Vera Lígia Bellinazzi Peres – Bela Urbana, casada, mãe da Bruna e do Matheus e avó do Léo, pedagoga, professora aposentada pela Prefeitura Municipal de Campinas, atualmente diretora da creche:  Centro Educacional e de Assistência Social, ” Coração de Maria “

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Botões

Eu e os meus botões.
Tem horas que da um aperto.
Tem horas que eles são apertados.
Tem horas que eles me apertam.
Tem momentos que vejo e
Tem momentos que eles são mostrados.
Botões aonde vcs estão?
Tem horas que escuto e Tem horas que só escuto o silêncio dos botões.
Tem horas que vem muito barulho.
Tem horas que vem uma paz
Será que apertei o botão certo?
Tem horas que vem a dúvida,
Aonde fui ou aonde os botões me levaram
Aonde estou
Sou um botão?
Sou a soma deles.
Sou o todo.
Haaa botões.
Eu e os meus.

Octavio D’Avila- Formado em Psicologia, terapeuta Ayurvedico. Quando nasceu seu filho, nasceu dentro dele um escritor que descreve detalhes da vida, captura momentos preciosos, momentos que muitas vezes passam despercebidos.
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Cantar rima com vida!

Uma amiga me perguntou um dia…
O que rima com amar?
E imediatamente eu disse:
Cantar!
Porque cantar é minha paixão!
Jogo no canto toda minha aflição,
mas também jogo toda alegria
Que bom seria se a vida fosse toda musical!
Mas… pensando bem…
Nossa vida é com uma partitura!
Cheia de altos e baixos como os tons graves e agudos…
Se não canto…
Perco o encanto pela vida…
Me sinto perdida
É como se minha’lma aflita
Chorasse um pranto mudo…
Sem lágrimas…
Uma angústia sem fim…
Por isso…
Amar,
Rima com cantar…
Que pode rimar com vida,
Porque se não canto, não vivo!
Cantar rima com… respirar!
Se não respiro fico sem ar…
Então…
Se não canto… vivo por viver!
Cantar…
Amar…
Respirar!
Rima boa de se encaixar!
E se não tem rima propriamente dita nesse poema…
Deixe assim… porque é meu o tema…
É meu o sentimento…
Que tenho a todo momento de sentir até num simples vento… a música a me sussurrar!
E se saio da rima convencional…
Não faz mal…
Insisto em dizer:
Cantar rima com vida, sim!
Porque pra mim, cantar, faz meu coração disparar!
Então… um brinde à música!
Um brinde à vida!

Alê Torres – Atriz voltada para a comédia, mas sua paixão é cantar.  Também ama teatrar! Verbo inexistente… mas com um significado enorme! O palco a encanta! Ama flores, chocolate e o amarelo, acha singelo o cantar de um pássaro! Gosta de brincar com as palavras e transformar em versos e poemas! Quase morreu na pandemia, mas foi forte e sobreviveu, perdeu sua família, mas está aqui para contar sua história.
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Máscaras

Quem sou eu escondido neste sorriso, brincadeiras e animação?
É fácil ver o quanto quebrado está meu coração, ansioso e perdido. Escondido na brincadeira junto da cerveja, a carapaça perfeita.
Você que vê de fora esquece que outrora já sorri, não como sorrio agora.
Uma trinca tão trincada que desmembra quem entra, retorce quem ousa tentar torcer .

Ser em si e de mim, dolorido, caro pelo amor genuíno, prisão de dor sem sentido. Leve certeza de que não tem conserto para os erros e medos que doem.
Ainda existo? Calado e sem gritos, que vontade confusa de chorar, cortar até exaurir o que existe dentro de mim.
Que sonho, os olhos inchados de lágrimas e o coração liberto dos medos que me envolvem.
“Ela se jogou da janela do quinto andar, nada fácil de entender”, será?
Para quem sente o vazio consumir o seu ser sabe o desafio de esconder o que tem dentro de si. Para suportar o que há em você.

Ser fundação que suporte a sua dor sem se importar com a minha. Ansiedade que não termina, que consome e domina, dor que não termina.
Escolhe permanecer dentro de quem sabe escrever o que não sabe explicar.

Não são versos perfeitos, são lágrimas que destruíram o que se tinha dentro de si.

Não são poesias, são cartas de pedidos de ajuda que envolvem o que não sei dizer.

Não sei por que sinto e não sei se tem cura, bendito câncer que, descoberto, consome e some com você e com ele.

Aqui não, não tem quimio, não tem ressonância que encontre a frequência da ansiedade.

Que destrua com dor tudo que tem dentro de você.
É mentira, não vai passar, não passou. As drogas não quiseram resolver, o álcool não resolveu, o trabalho não resolveu. Ninguém resolveu porque não pode ser resolvido. Maldito brilho no olhar, fundação de areia movediça.

Engolindo bem mais do que deveria, doendo mais. Mais questões sem resposta postas às mesas que compõem os talheres e pratos prontos para servir uma bela montagem de mentiras sociais.

André Araújo – Belo Urbano. Homem em construção. Romântico por natureza e apaixonado por Belas Urbanas. Formado em Sistemas, mas que tem a poesia no coração e com um sorriso de menino. Sempre irá encher os olhos de água ao ver uma Bela mulher sorrindo.

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Lavando louça

Pia cheia, lavar a pia, o povo pia,

Berra, grita, esperneia…

Panelas seguem seu rumo, não são lavadas

São apavorantes… porque? Me pergunto? Porque?

Ah imagino que as mãos cansem e o cérebro derreta.

Sujou, lavou, lavou, ensaboou, ensaboa que tudo passa

Lavar a louça? Muitos não lavam, enrolam,

Outros, se encorajam, superam e até meditam…

Assim como a vida, você lava ou não lava a louça?

Macarena Lobos –  Formada em comunicação social, fotógrafa há mais de 25 anos, já clicou muitas personalidades, trabalhos publicitários e muitas coberturas jornalísticas. Trabalha com marketing digital e gerencia o coworking Redes, roteirista e produtora do podcast Maca Comunica. De natureza apaixonada e vibrante, se arrisca e segue em frente. 

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Assim como a chuva… (quem dera fôssemos eternos)

A chuva que cai, na escuridão,
No silêncio da noite…
Revela nuvens carregadas!
Nuvens que, sendo reveladas, por sua vez,
Escondem, por um tempo breve, as estrelas e a Lua!
E mesmo que não as vejamos, ainda estão lá… A Lua e as estrelas…

Quase são eternas as estrelas…
Até que, um dia, sem saber, venham a morrer…
Sim, as estrelas também morrem… Você não sabia?
E se tornam supernovas, e depois, os temidos buracos negros…
Carl Sagan, um importante Astrofísico disse certa vez…
Somos feitos de poeira estelar…

Sim! Ele tinha razão… Os mesmos átomos que compõe os corpos celestes, também estão em nós…
Logo… Somos também quase eternas e eternos,
Pois somos feitas e feitos da mesma matéria dos Astros que bailam pelo Cosmos…
Ao som ensurdecedor do silêncio, no vácuo quase perfeito do Universo!

Não…
Calma…
Não nos tornaremos supernovas…
Nem tão pouco buracos negros…
Mas seremos para sempre… Para sempre…
Faíscas invisíveis tilintando pelo Espaço…

Como a chuva que cai,
E escoa na Terra, em seu ciclo perpétuo…
Assim, estaremos nas lembranças de alguém… Até que…
Este alguém também vire apenas uma breve estrela,
Nas memórias de outro alguém!
Seremos, todas e todos, um dia, fragmentos de memórias interestelares!

Sílvio Leme –  Ator, Mímico, Malabarista, Palhaço, Diretor Teatral, Produtor Teatral, Professor de Teatro, Oficineiro Cultural, Cantor, Palestrante. É de esquerda, é feminista, contra qualquer preconceito que exista na sociedade, é antifascista. Acredita na Utopia de uma humanidade e uma sociedade melhores, um dia! Faz exercícios, anda de bicicleta, sempre que possível. É pai do Ícaro, o amor de sua vida!

 

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Em mim todas

Eu não tenho mais 16 anos.

Eu não tenho mais só 16 anos.

Tenho 19, 20, 21, 23, 26, 29, 30, 35, 36, 40, 41, 46, 50, 52, 56…

e todas que estão entre essas.

Não me convenço mais com frases feitas, desgastadas e rasas.

Aos 16 me encantava com belas declarações.

Aos 46 as vezes, também…

Já aos 56 declarações não podem ser rasas

Precisam ser profundas, mesmo no “eu te amo”

Tão profundas que me levem a ficar leve.

Não tenho em mim só uma idade.

Tenho a de hoje e todas que já percorri, incluindo as que vem antes dos 16, dos 15 ao zero

Zero sim!

Todas habitam em mim.

Em um único dia, várias vem a tona

A pureza da de 16

A beleza da de 20

A preocupada de 6

A professora de 11

A medrosa de 30

A responsável de sempre

A grande curiosa

A desconfiada, a carinhosa, a receosa, a empreendedora, a criativa, a indignada, a ativista, a administradora, a poeta, a escritora, a mãe, a filha, a irmã, a amiga, a namorada, a mulher…

Tenho em mim um mundo grande, que transborda e que sempre cresce.

E por isso não me convenço mais só com essas frases feitas, mas ainda me encanto com atitudes exatamente com a mesma pureza que me encantava quando tinha só 16.

Mora em mim todas.

A menina, a mulher.

Mas preciso que saiba,

eu não só mais 16.

Adriana Chebabi – Sócia-fundadora e editora-chefe do Belas Urbanas. Publicitária. Roteirista. Escritora. Uma contadora de histórias. Curiosa por natureza.  Uma sonhadora que realiza.  Acredita que podemos melhorar o mundo. Talvez ingênua, talvez não. Desafios a instigam. Ama viajar, estar na natureza e experimentar novos sabores. É do signo de Leão, não tem mais certeza do ascendente, mas sabe que no horóscopo chinês é Macaco. Essa foto foi tirada no Museo do Amanhã no Rio de Janeiro em setembro de 2024. Aliás, ama museu e esse ela se apaixonou.

 

 

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Um novo dia

Um novo dia,
Uma nova chance
De mudarmos o que outrora
Nos fizeram distantes…
Longe do amor e da empatia
Quem de nós nunca se perdeu um dia?
Mas a lua vem e traz sonhos consigo,
Basta enxergar além do horizonte tolhido.
Buscar dentro de si,
Amor e compreensão,
Mais ainda que isso,
Buscar o verdadeiro perdão!
Coração em paz,
Pensamentos elevados,
Como seria bom se fossemos todos curados!?
O processo é solo,
A atitude é pessoal,
Um dia você desperta,
Pro incrível e anormal!
Desejo essa luz
Que conduz aos desorientados,
Somos todos Tal navio
Sem farol em dia nublado!

Carol Costa – Bela Urbana, mulher, mãe de dois meninos, bacharel em direito, apaixonada pela escrita, pela vida e movida por sonhos.

 

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Tempo simbólico

O tempo é algo simbólico
Algo que passa e não se sente
Muitas vezes ele surge
Sem por que e de repente

Quando menos se espera
Já estamos lá na frente
Consumindo o futuro
O passado e o presente

Temos muitos deveres
E trabalhamos descontentes
Porém quando temos tempo livre
A diversão sempre emerge

Apesar de não sentir
Ele está sempre presente
Contando a nossa história
E os momentos da nossa gente…

Mirian Fernandes – Bela Urbana,  estudante do ensino médio, gosta de  escrever poesias, músicas que falam sobre violência abusos e muitos outros.