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Algemas

Se bebo

É porque não quero ver 6, mas 12

Onde 6 são bons e 6 são maus

São 12 no total

São 24 no total

Preciso multiplicar os bons e bebo mais,

Pra cada vez aparecerem mais

E eu acreditar que um dia vençam os maus e venham me salvar

 

Bebo porque preciso beber

E ninguém pode entender

Bebo porque me sinto forte

Porque fico bravo

E só assim consigo ser bravo

 

Não quero que me desculpem por nada

Não entendo onde pode estar errado

Não entendo poque querem que me sinta culpado

Não sou culpado de nada

Sempre fui a solução de vários problemas

Mas quando eu canso dos problemas

Eu bebo porque preciso beber

Preciso me sentir forte

Não que eu não seja

Mas me entenda

Eu preciso

 

Preciso sentir quando passo pelo corredor

Que meus pés pisam em nuvens

Preciso sentir que empurro as paredes com meu corpo

Eles pensam que cambaleio por falta de direção

Não cambaleio, encontro as paredes de propósito

Pra jogá-las longe de mim

Preciso delas longe de mim

Pra sentir meu caminho mais largo, meu horizonte mais livre

 

Preciso beber para embaçar a vista

Berrar, mesmo que seja com a pessoa errada

Preciso beber para minhas mãos pararem de tremer

Meus olhos enxergarem o que só eu quero ver

 

Preciso beber cada vez mais

Pra tirar o chumbo dos meus pés

E as algemas de minhas mãos

Preciso beber

Pra voar.

Adriana Chebabi – Bela Urbana, idealizadora do blog Belas Urbanas onde faz curadoria dos textos e também escreve. Publicitária. Curiosa por natureza.  Divide seu tempo entre as consultorias de comunicação e marketing e as diversas funções que toda mulher contemporânea tem que conciliar, especialmente quando tem filhos. É do signo de Leão, ascendente em Virgem e no horóscopo chinês Macaco. Isso explica muita coisa :)

Foto Adriana: Gilguzzo/Ofotografico.

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O próximo beijo

O próximo beijo

que eu vou dar

para quem será?

Em quem quero dar?

Será um beijo na boca?

No rosto?

Na testa?

Quem será que vai ganhar?

Ou será que eu que ganharei?

de onde menos espero…

de alguém que se atreva

a me dar um beijo de cinema

ou não, talvez seja, um beijo na mão

Beijo na mão, não rola não

Mas que beijo é esse que está por vir?

Darei?

Sim, darei um próximo beijo e outros

Agora eu vou

E o beijo é virtual, escrito

Beijo que fica no imaginário

Mas beijo é sempre beijo

então, beijo

Adriana Chebabi – Bela Urbana, idealizadora do blog Belas Urbanas onde faz curadoria dos textos e também escreve. Publicitária. Curiosa por natureza.  Divide seu tempo entre as consultorias de comunicação e marketing e as diversas funções que toda mulher contemporânea tem que conciliar, especialmente quando tem filhos. É do signo de Leão, ascendente em Virgem e no horóscopo chinês Macaco. Isso explica muita coisa :)

Foto Adriana: Gilguzzo/Ofotografico.

 

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Fragmentos de um diário – 25

Preciso ler minha poesias vazias, notícias de jornal, revista de fofocas, livros de suspense e ver novelas na TV.

Preciso fazer as unhas do pé, tirar fora o esmalte velho e deixar aparecer a cor que se é.

Não dar importância para os ruídos nas portas, pingos do chuveiros que teimam em não parar e carros que correm na avenida.

Jogar fora tudo que não me deixa DEIXAR e RELAXAR.

14 de novembro – Gisa Luiza – 32 anos

Adriana Chebabi – Bela Urbana, idealizadora do blog Belas Urbanas onde escreve contos, poesias e crônicas. Publicitária e empresária. Divide seu tempo entre suas agências Modo Comunicação e Marketing  www.modo.com.br, 3bis Promoções e Eventos e as diversas funções que toda mulher contemporânea tem que conciliar, especialmente quando tem filhos. É do signo de Leão, ascendente em Virgem e no horóscopo chinês Macaco. Isso explica muita coisa :). A personagem Gisa Luiza do “Fragmentos de um diário” é uma homenagem a suas duas avós – Giselda e Ana Luiza

Foto Adriana: Gilguzzo/Ofotografico.

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Fragmentos de um diário 2

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“…. mas nesse últimos dias ando repensando e revendo certas coisas e venho concluindo algumas coisas importantes. Mudar não é fácil, mudar comportamentos é mais difícil ainda, mas o primeiríssimo passo é percebermos que precisamos mudar, melhorar. Penso individualmente o quanto preciso melhorar, controlar minha ansiedade, meu lado impaciente que gera momentos desgastantes, sorrir mais, enfim, aprender mais, melhorar, crescer e ter sempre meus objetivos de vida de acordo com minha vida. Isso que escrevo não é nada negativo, pelo contrário, é primeiro passo, é uma auto-análise de como ainda posso melhorar.

Que bom que posso e que podemos sempre melhorar, que bom poder enxergar isso e mais ainda, ter a chance de fazer acontecer. Porém, mudar comportamentos é difícil, comportamento coletivo, mais difícil ainda. O que quero escrevendo isso é que todos percebam o seu papel, que todos estejam de acordo com seu objetivo de vida, que todos estejam sempre pré-dispostos a melhorarem e com isso fazer as coisas melhores. É questão de postura de vida, do acreditamos ser certo ou errado.

Precisamos estar mais pré-dispostos ao sim. Que tal tentarmos antes de dizer não. Que tal avaliarmos se não damos conta antes de dizer não. Posturas positivas e negativas. Aonde quero estar? Aonde queremos estar?…”

01 de março – Giza Luiza – 30 anos

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Adriana Chebabi – Bela Urbana, idealizadora do blog Belas Urbanas onde é a responsável pela autoria de todas as histórias do projeto. Publicitária, empresária, poeta e contadora de histórias. Divide seu tempo entre sua agência  Modo Comunicação e Marketing  www.modo.com.br, suas poesias, histórias e as diversas funções que toda mãe tem com seus filhos. 

 

 

 

 

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Fragmentos de um diário

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…é esse lance de você se ver sozinho, se encontrar, saber o que você quer ou não, e ter consciência de que ninguém é bengala de ninguém. Você não pode esperar que as pessoas vão estar sempre do seu lado e saber quando você está bem ou mal. Você não pode ficar contando com as pessoas, porque não é sempre que elas estarão no mesmo clima pra te ajudar, sempre que puderem e perceberem e, é lógico, se gostarem de você, irão te ajudar, mas não dá pra ficar contando com isso sempre, por isso é melhor nunca contar, conte sempre com você, não fique esperando que vai aparecer alguém e te salvar dos seus problemas, e se aparecer é algo a mais e não apenas um complemento.

30 de julho – Gisa Luiza – 18 anos

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 Adriana Chebabi – Bela Urbana, idealizadora do blog Belas Urbanas onde é a responsável pela autoria de todas as histórias do projeto. Publicitária, empresária, poeta e contadora de histórias. Divide seu tempo entre sua agência  Modo Comunicação e Marketing  www.modo.com.br, suas poesias, histórias e as diversas funções que toda mãe tem com seus filhos. 

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O click de Alexandra

Edição 1

Alexandra tinha 49 anos, faltavam 05 meses para seu aniversário de 50. Os amigos do trabalho toda hora perguntavam: “- E a festa Alexandra como vai ser?”. Outros diziam: “ – Tem que comemorar com um festão a data”.

Alexandra, ouvia, esboçava um leve sorriso e pensava:  “é até que  seria bom, afinal nem festa de 15 anos eu tive”, mas aí, logo em seguida, pensava em todos os gastos extras, no marido sempre tão indiferente,  e sua  vontade já morria nesses pensamentos.

Ela vivia como muitas mulheres vivem nessa fase da vida: as rotinas da casa, as rotinas do trabalho e algumas idas ao Shopping com Aninha, sua melhor amiga desde os tempos do colégio.

Alexandra não era feia, mas digamos que pedreiro nenhum assobiava quando ela passava. Ela não era gorda, mas não era magra, vivia com um óculos do século passado, as roupas pioravam a situação, brincos, colares, pulseiras, ou qualquer tipo de bijuteria ou acessório não existiam em seu guarda-roupa. Esmalte? O mais ousado era “renda” e mesmo assim, por economia, só uma vez por mês.

No trabalho, Alexandra, sempre foi exemplar, uma contadora de mão cheia. Entrou na “firma” quando ainda era estudante universitária. Aplicada, dedicada, foi logo contratada. Ela cresceu com a firma de contabilidade nesses últimos trinta anos. O que era uma pequena empresa passou a ter uma equipe com mais de cem pessoas, hoje com vários profissionais diferentes: contadores, advogados, estoquista, a equipe de TI,  a assessoria de imprensa etc. Alexandra apesar de ter crescido no trabalho, ficava sempre muito isolada,  muito formal com todos, muito e somente em seus números e cálculos.

Eis que um dia, nesse mesmo ambiente, ela recebeu um e-mail que tinha como assunto “do seu admirador secreto”. Ela abriu o e-mail que estava escrito “Te vejo passar todos os dias, conheço seus passos de longe, seu perfume, o som da sua voz… e abra aqui para ler todo o resto”.

Ela deletou e pensou:  “Bobagem. Só  que a mensagem não saia da sua cabeça e pensava: “Será mesmo que ele me conhece?”

Coincidência ou não, no dia seguinte ela mandou fazer lentes de contato e resolveu aposentar os óculos.

Os e-mails continuavam a chegar, a cada dois dias o mesmo e-mail aparecia, e consequentemente, ela não abria e deletava , mas…se abria para  novas e pequenas atitudes: um batom mais forte, um corte de cabelo moderno, um salto alto, uma roupa mais justa. A cada e-mail não aberto, uma mudança no visual e na alma, e começava a sentir o mundo como há muito não sentia, sem perceber ficou mais leve, alegre, sorridente. Resolveu participar dos “happys” da “firma”.

Mas a curiosidade não saia da sua cabeça, quem seria que mandava os e-mails? Um dia desconfiou do jovem rapaz que cuidava da rede, era um moço bonito, alias, cá entre nós aqui, bem bonito, moreno, com um lindo par de olhos verdes e no auge dos seus 26 anos.

Primeiro seus pensamentos foram cruéis consigo mesma. “Que absurdo você tem idade para ser mãe dele, ele combina mais com sua filha, mas também começaram a vir outros pensamentos: Se essas atrizes da TV namoram garotões, por que eu não posso?”.  E na sua cabeça começaram a parecer todos os casos iguais em que conhecia que ela acreditava que “foram felizes”, pelo menos por um tempo, porque ingenuidade de acreditar no  “felizes  para sempre” ela já não tinha mais.

O marido, alguns anos mais velho, continuava no mesmo passo. Todo dia quando ela chegava em casa, encontrava ele na frente do computador comendo queijo e gelo. Ele não a via, não reparou no novo corte de cabelo, nas unhas vermelhas, nas calças mais justas. Um dia ele olhou mais demoradamente para ela e ela pensou:  “Ele vai falar, reparou”, mas não, só olhou mais demoradamente mesmo e nada disse, talvez tenha pensado, talvez tenha faltado coragem, talvez, talvez…o certo é que voltou para seu computador, seu queijo e seu gelo.

A filha de 16 anos reparou – mulheres sempre reparam – e gostou da nova mãe que via; o filho de 18 anos só pensava no vestibular e, como pai, talvez não fosse um bom reparador.

O moço da rede em um desses “happys” da firma ficou do seu lado. Conversaram, flertaram, e ela, certa que era ele perguntou depois de alguns chopes:

– É você?

E ele:

– Eu o quê?

– Me fala vai? É você?

– Você fica feliz se eu disser que sim?

– Sim

– Então digo que sim, só para ver você feliz.

– Amanhã vou abrir.

– O quê?

– Você sabe.

– Sei?

– Sei que sabe.

– Não sei.

– Sabe sim… Vou abrir heim…

– Hum, então vou esperar… que horas vai abrir? Onde?

Ela riu. Ele não entendeu.

E no dia seguinte ela abriu e literalmente, coincidência ou não, destruiu toda a segurança da rede da “firma”. O e-mail era um desses “supervírus” da informática que clonam os computadores, roubam as informações, e em uma firma de contabilidade isso era o pior que pode acontecer.

O escritório parou. O espanto, os comentários eram gerais: “Por que ela fez aquilo?”, “Que ingênua”, “Por que abriu esse tipo de e-mail?”, “Coitada, vai perder o emprego”. Os olhares eram os piores possíveis. A situação foi tão séria que ela foi mesmo mandada embora, mas ela não se abalou, algo de fato, tinha mudado.

Colocou suas coisas na caixa, deu tchau para poucos amigos que não a julgaram, deu  um ”up” na maquiagem . Quase indo embora, encontrou o moço da rede e disse:

– Eu disse que ia abrir.

Ela caiu na gargalhada e ele também.

Ele levou a caixa para ela até o carro e apanhou no jardim uma flor que entregou para ela. Ela ficou tão emocionada que seus olhos se encheram de água, e pensou:  “Há quantos anos não ganho flores?”.

Dias depois resolveu que não compraria mais queijo e se deu conta de que não gostava de nada gelado. Chega de gelos. Colocou um ponto  final no casamento e, quando saiu para caminhar na rua, ficou muito feliz com todos os assobios que ouviu dos pedreiros.

PS.: A festa de 50 anos foi de arromba, sem economias, dançaram todos até o sol nascer. Os amigos da “firma” foram em peso. Os amigos da ginástica. A turma da faculdade e do colégio foram  reencontrados e também foram. Foi realmente um festão. O gatão dos olhos verdes também foi… mas essa história eu conto em outra.

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Adriana Chebabi – Bela Urbana, idealizadora do blog Belas Urbanas onde é a responsável pela autoria de todas as histórias do projeto. Publicitária, empresária, poeta e contadora de histórias. Divide seu tempo entre sua agência  Modo Comunicação e Marketing  www.modo.com.br, suas poesias, histórias e as diversas funções que toda mãe tem com seus filhos. 

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MEIO IRMÃO

 

938 irmãos

“Ele tem um meio irmão, mas não acho que existe meio irmão, como não existe meio grávida, ou é ou não, acho que é irmão, não acha?”.

Não soube responder de bate pronto à pergunta que um amigo me fez há poucos dias falando do seu filho. Fiquei com a pergunta na cabeça, “matutanto” a respeito, nunca tinha pensado sobre isso. Meio irmão existe?

Existe irmão, irmão de várias formas, irmão de sangue, sangue inteiro ou só por parte de pai ou de mãe – isso é o que menos importa – e irmão que não tem o mesmo sangue.

Irmãos que de fato são irmãos, são amigos, e amigo torce a favor, chama a atenção, da colo, ajuda, vibra, da conselhos, da bronca, não faz fofoca a seu respeito, não inveja seu sucesso, torce, torce, e só quer seu bem, mesmo quando está na “merda”, porque sabe que a via é de mão dupla e irmão que é irmão não deixa o outro de lado, leva junto, impulsiona, incentiva.

Quando adolescentes, não pense que seu irmão vai ficar cúmplice daquele namoradão mau caráter, pelo contrário, irmão que cuida, vai te dizer, mesmo sabendo que aquilo vai doer e mesmo correndo o risco de você não entender naquele momento, que aquela pessoa não é legal para você.

Irmão de verdade, não tem medo de conversar, não tem medo de expor ideias diferentes, entende que isso é fundamental para que cresça qualquer irmandade e que em muitos casos entrar em consenso faz parte desse amor.

Quando você casar, sem sombra de dúvidas, no altar quem vai estar lá, é esse irmão e quando seus filhos nascerem, o lugar de padrinho e madrinha está reservado para quem é irmão de verdade, porque você sabe que se algo faltar para seu filho, esse irmão irá cuidar e ajudar.

Quando se é irmão de verdade, respeito é uma palavra que é levada á sério e faz parte dessa relação, mesmo quando há discordância. Prova de amor é quando você deixa sua birra de lado e coloca o bem do seu irmão acima da sua vontade particular. Generosidade não é moeda de troca, mas quando irmãos são verdadeiros irmãos isso é natural, como beber água.

Quer uma característica para reconhecer um irmão de verdade, um irmão inteiro? Ele cria um elo com os seus amigos, os  que te querem bem, mesmo que ele não “vá com a cara” de algum, busca ser justo e perceber se aquele pessoa é do bem para você, e se for, o elo está feito, ele vai te incentivar a continuar aquela amizade e provavelmente será amigo também daquela pessoa.

É sorte quando esse irmão nasce do mesmo pai e da mesma mãe, ou quando nasce só de um deles, ou quando a vida nos coloca na mesma família, ou ainda em um terceiro caso, quando escolhemos pela vida esse irmão. Irmão de verdade tem um abraço delicioso.

Tem gente que tem irmão no papel, mas o só papel não basta, não diz a verdade.  É triste um irmão no papel que não é um irmão de verdade, mas isso é mais comum do que se imagina.

Irmão verdadeiro é irmão por inteiro e não é tão comum assim. Irmão que é irmão é uma pérola. Conspiração divina.

Então, minha resposta veio com “delay”,  esse papo de meio irmão, é bobagem, ou é ou não, meu amigo está certo.

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Adriana Chebabi – Bela Urbana, idealizadora do blog Belas Urbanas onde é a responsável pela autoria de todas as histórias do projeto. Publicitária, empresária, poeta e contadora de histórias. Divide seu tempo entre sua agência  Modo Comunicação e Marketing  www.modo.com.br, suas poesias, histórias e as diversas funções que toda mãe tem com seus filhos. Agradece os irmãos que seus pais te deram e os que escolheu na vida 🙂

 

 

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SEGUNDA FEIRA

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Toda segunda promete.

Promete mais que qualquer outro dia.

Promete não só o dia. Promete pela semana toda.

Toda segunda é assim, mas é melhor quando o final de semana foi divertido e bem vivido.

Segunda renova os desejos, de que o trabalho seja próspero, de que a prova seja boa, de que a aliança seja aceita, de que as notícias sejam positivas, de que os sonhos se concretizem.

Segunda é um dia novinho. Folha branca, alma nova, esperança.

Toda segunda é dia de NASCER de novo.

Adriana Chebabi

Adriana Chebabi – Bela Urbana, idealizadora do blog Belas Urbanas onde é a responsável pela autoria de todas as histórias do projeto. Publicitária, empresária, poeta e contadora de histórias. Divide seu tempo entre sua agência  Modo Comunicação e Marketing  www.modo.com.br, suas poesias, histórias e as diversas funções que toda mãe tem com seus filhos. Gosta das segundas e de todos os outros dias da semana 🙂

 

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Falar do que? Das novelas ou das panelas?

 

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Na novela a trama é fictícia

Na panela a comida cozinha

A comida está cara, cada vez mais

Na novela quem vencerá? O bom?

É isso que queremos ver, o bom, na novela e na panela (na vida real)

Novelaço? Nem tanto, mas garante diversão

Que falta, quando a comida é cara, quando a saúde é paga, quando a educação de boa qualidade é paga e é muito cara.

As panelas deveriam ser fartas

Os sabores deveriam ser diversos

O tempero deveria ser saudável

Mas nessa panela “rola”

Pouca comida, tempero artificial e

a falta de novos sabores que nunca serão comidos

Porque comida vai sendo a panela que vai ficando velha, oca e sem brilho

A novela consola, a esperança que o bem vencerá no final, é real nesse fictício.

Citando os Titãs “a gente não quer só dinheiro, a gente quer dinheiro, diversão e arte”

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Adriana Chebabi – Bela Urbana, idealizadora do blog Belas Urbanas onde é a responsável pela autoria de todas as histórias do projeto. Publicitária, empresária, poeta e contadora de histórias. Divide seu tempo entre sua agência  Modo Comunicação e Marketing  www.modo.com.br, suas poesias, histórias e as diversas funções que toda mãe tem com seus filhos.  Gosta de novelas e panelas fartas. 🙂

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Amigos para dividir a vida

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Hoje eu quero compartilhar com vocês um lindo texto que li pela primeira vez na minha adolescência. O texto me tocou profundamente naquele momento, pensei na dor e na solidão que aquele autor sentia e como conseguiu traduzir tão bem aqueles sentimentos em palavras. Pelo que li na época, o texto foi publicado em um grande jornal de São Paulo, não sei qual, também não citava o nome do autor, que talvez não quisesse ser identificado, mas sim adivinhado, porém precisava urgentemente compartilhar o que sentia.

Muitos anos já se passaram desde que li pela primeira vez esse texto e durante todos anos já reli diversas vezes. A conclusão é simples, é importante termos amigos para dividir a vida. Ser e ter aqui se complementam. Sou amiga e tenho também. A VIDA é BELA assim.

Abaixo segue o texto na íntegra.

“Procura-se um amigo

Não precisa ser homem, basta ser humano, basta ter sentimentos, basta ter coração. Precisa saber falar e calar, sobretudo saber ouvir. Tem que gostar de poesia, de madrugada, de pássaro, de sol, da lua, do canto, dos ventos e das canções da brisa. Deve ter amor, um grande amor por alguém, ou então sentir falta de não ter esse amor.. Deve amar o próximo e respeitar a dor que os passantes levam consigo. Deve guardar segredo sem se sacrificar.

Não é preciso que seja de primeira mão, nem é imprescindível que seja de segunda mão. Pode já ter sido enganado, pois todos os amigos são enganados. Não é preciso que seja puro, nem que seja todo impuro, mas não deve ser vulgar. Deve ter um ideal e medo de perdê-lo e, no caso de assim não ser, deve sentir o grande vácuo que isso deixa. Tem que ter ressonâncias humanas, seu principal objetivo deve ser o de amigo. Deve sentir pena das pessoa tristes e compreender o imenso vazio dos solitários. Deve gostar de crianças e lastimar as que não puderam nascer.

Procura-se um amigo para gostar dos mesmos gostos, que se comova, quando chamado de amigo. Que saiba conversar de coisas simples, de orvalhos, de grandes chuvas e das recordações de infância. Precisa-se de um amigo para não se enlouquecer, para contar o que se viu de belo e triste durante o dia, dos anseios e das realizações, dos sonhos e da realidade. Deve gostar de ruas desertas, de poças de água e de caminhos molhados, de beira de estrada, de mato depois da chuva, de se deitar no capim.

Precisa-se de um amigo que diga que vale a pena viver, não porque a vida é bela, mas porque já se tem um amigo. Precisa-se de um amigo para se parar de chorar. Para não se viver debruçado no passado em busca de memórias perdidas. Que nos bata nos ombros sorrindo ou chorando, mas que nos chame de amigo, para ter-se a consciência de que ainda se vive.” Autor desconhecido

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 Adriana Chebabi – Bela Urbana, idealizadora do blog Belas Urbanas onde é a responsável pela autoria de todas as histórias do projeto. Publicitária, empresária, poeta e contadora de histórias. Divide seu tempo entre sua agência  Modo Comunicação e Marketing  www.modo.com.br, suas poesias, histórias e as diversas funções que toda mãe tem com seus filhos.  Agradece imensamente a sorte de ter GRANDES AMIGOS 🙂