Coitada da Torre Eiffel
Que faça chuva ou faça neve
Brilha
Todas as noites
Tem que estar sempre
Completamente
Inquestionavelmente
Impecável
Que não pode nem por um segundo
ser menos que perfeita
Ninguém perguntou se ela queria estar lá
Exposta
Nua
A todos os momentos da sua vida
Apenas seu exterior sendo admirado
Sem ninguém nunca questionar
Como ela se sente
De onde veio
Para onde gostaria de ir
Todas as noites
Não importa o que ela pense
Ela brilha
Pro mundo todo
Está sempre de cabeça erguida
Infalível
Brilhando
Sem ninguém sequer ter indagado
Se era isso o que ela queria
O livre arbítrio brutalmente
Tirado de suas mãos
E todas as noites ela brilha
Pontualmente
Não importam os rostos feios encarando
Ela brilha
Só se tem certeza da morte
E que de hora em hora ela estará brilhando
Para todos
Menos
para
ela
Seu destino irrefutavelmente fora do seu alcance
Apenas um objeto de admiração
Incontáveis
Turistas
Desconhecidos
Estranhos
Todas as noites
Invadindo seu espaço
Sem questionar
Sem pedir
Sem permissão
E mesmo assim
Todas as noites
Ela estará lá
De ferro
Encantadora
Prestativa
Pontual
Sem jamais se queixar
Brilhando
– este não é um poema sobre uma torre
Giulia Giacomello Pompilio – Bela Urbana, estudante de engenharia mecânica da UNICAMP, participa de grupos ativistas e feministas da faculdade, como o Engenheiras que Resistem. Fluente em 4 idiomas. Gosta de escrever poemas, contos e textos curtos, jogar tênis, aprender novos instrumentos e dançar sapateado. Foi premiada em olimpíadas e concursos nacionais e internacionais de matemática, programação, astronomia e física, além de ter um prêmio em uma simulação oficial da ONU
Atravessa, segue em frente, contorna, marcha a ré, esquerda de novo. Para.
Meia-volta, deixa passar, subida, prova de morro.
Rua sem saída. Volta.
Descida íngreme. Pneu furado. Troca.
Estrada de terra. Asfalto.
Coloca primeira não deixa morrer. Segunda, terceira, quarta, quinta.
Radar. Vai com calma. Dá tempo.
Gasolina ou álcool? Dúvida cruel. Qual é a melhor escolha? Decide.
Segue em frente. Congestionamento. Faz parte.
Cabe mais um?
Derrapa, roda, “ta tudo sob controle”.
Atenção.
Bebida e direção não combinam. Acidente ao lado.
Paralelepípedo. Buracos na pista.
Animais na pista. Cuidado.
Ao lado, as paisagens diversas.
A trilha sonora é diversa também.
Chegou. Desliga.
O melhor do caminho é caminhar por ele.
Adriana Chebabi – Bela Urbana, sócia-fundadora e editora-chefe do Belas Urbanas, desde 2014. Publicitária. Roteirista. Escritora. Curiosa por natureza. Divide seu tempo entre seu trabalho de comunicação e mkt e as diversas funções que toda mulher contemporânea tem que conciliar, especialmente quando tem filhos. É do signo de Leão, ascendente em Virgem e no horóscopo chinês Macaco. Isso explica muita coisa.
Já tive medo de ficar sozinha
Os fantasmas das experiências negativas do passado
Me faziam temer os padrões destrutivos
O medo se misturava ao desejo
Desejo por uma relação com conexão genuína
Meu coração ardia
Mas lá dormia a semente da esperança
Foram 10 anos de coração ressequido, ferido
O estado de alerta estabelecido
A fuga era certeira a qualquer possibilidade de interação
Nas fugas, me sentia perdida de mim, sem rumo na vida
Vida?
Que vida?
Eu sobrevivia acompanhada de um vazio na alma
De mãos dadas a solidão
Nada, absolutamente nada, me preenchia.
A tristeza me invadia e nada florescia.
Aquele coração ressequido tinha sede
Uma sede insaciável de mudança,
E nas andanças, mudei
Mudei 5 vezes de casa, 2 vezes de cidade, 3 vezes de trabalho;
Nenhum lugar me cabia
Nenhum lugar me preenchia
Meu lugar no mundo, parecia que não existia
Nessas andanças, entendi que a principal mudança seria interna.
Me abri, me permiti.
Vivi uma reforma profundamente íntima.
Onde no processo de arar meu coração,
Encontrei também sementes de tesão
O tesão de viver e florescer
Os primeiros brotos foram da esperança
Aquela semente que dormia.
A primeira e mais bela flor, foi a do desejo
Foi regando os anseios de uma nova vida,
Que a vida se manifestou e fluiu através de mim
Nesse tempo de arar, regar e cuidar dessa terra chamada coração,
Encontrei alguém a quem dar as mãos
Decidimos juntos cuidar desse jardim da vida compartilhada
Onde semeamos amor, parceria, lealdade e proteção.
Hoje floresce respeito, aceitação, compaixão e perdão.
Unidos damos manutenção a cada coração
A vida é permanente, é terra fértil.
Seus caminhos são em círculos.
Cada um tem em si as sementes das infinitas possibilidades.
O que tens plantado nos caminhos da vida?
Luana Carla Levy – Bela urbana, analista corporal e comportamental. Sua paixão é poder contribuir para evolução da nossa espécie através do seu trabalho, sendo facilitadora do processo evolutivo interno, auxiliando pessoas a encontrarem soluções para seus conflitos de forma mais harmoniosa possível, respeitando seu funcionamento natural. E assim viverem em paz consigo e com o ambiente a sua volta.
São os dias corridos.
É o que tem pra hoje, amanhã e o futuro.
Presente
Moro junto mas não sou casada
Tenho uma casa mas apenas a usufruir
Um carro, pela metade
Um trabalho, vários e ao mesmo tempo não sei
Uma comadre, talvez quem sabe, só quando é chamada e pode ser…
Amigo, talvez um…
Amigas? Distantes na geografia
Uma família distante… de amor
Uma filha… eterna no meu coração.
Macarena Lobos – Bela Urbana, formada em comunicação social, fotógrafa há mais de 25 anos, já clicou muitas personalidades, trabalhos publicitários e muitas coberturas jornalísticas. Trabalha com marketing digital e gerencia o coworking Redes. De natureza apaixonada e vibrante, se arrisca e segue em frente. Uma grande paixão é sua filha.
A vida na cidade descrições, Detalhadas de como viver, Em uma grande metrópole, Incluindo o ritmo acelerado, De culturas, desafios e todas, As belas, urbanas e humanas.
Contendo, Fernandos, Clarisses, Rosalvos, muito tantos e Adrianas, A vida na cidade pode ser solitária, A poesia urbana, chocante e tocante, Brilhante, elegante ou embrionária, Explorando tristeza, amor ou solidão, Diurna ensolarada, noturna estrelada, A poesia em belas, urbanas e humanas.
Nossa breve, longa vida humana, Com todas suas belezas urbanas, Com a tecnologia em conectividade, A poesia urbana agora tem novidade, Chega tecnológica isso é verdade, Ideias podem deixar de serem humanas, Mas, via I.A. presentes em localidades, Poesia belas, urbanas e sem humanidades.
Sem o afeto e toque de pele com pele, Humanas distantes soltas pelas cidades. Grava o impacto do total urbanizado, Traz para todos, os versos e a emoção, Sem ter ninguém ao seu lado.
E, nessa arquitetura urbana, Das belas paisagens humanas, Com arranha-céus tocando nuvens, Monumentos de eventos passados, Podem no futuro ser uma fonte, De poesia urbanas e nada humanas.
Não somente pelo “tesão” da ideia, Ou inspiração do cardio que brada, Poesia urbana como “essa” chega, Para mim, como para você, Idealizada pelo ChatGPT.
O mar e o amar O mar e o caminhar O mar e o despentear Amo, caminho e me encanto no mar. Cabelo ao vento, areia, pedras, conchas me encontro com o mar e o amar. Brisa, sal, pôr do sol e o mar, desencanto se vai, sobra o acalmar. Como amar se não se amar? O mar segue a ensinar, no movimentar das ondas às vezes suave, às vezes feroz, as lições do amar. Do amanhecer ao pôr do sol há beleza no mar, quero ver beleza nas luzes e sombras do amar, que tudo é mar, amor e amar.
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