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Um novo dia

Um novo dia,
Uma nova chance
De mudarmos o que outrora
Nos fizeram distantes…
Longe do amor e da empatia
Quem de nós nunca se perdeu um dia?
Mas a lua vem e traz sonhos consigo,
Basta enxergar além do horizonte tolhido.
Buscar dentro de si,
Amor e compreensão,
Mais ainda que isso,
Buscar o verdadeiro perdão!
Coração em paz,
Pensamentos elevados,
Como seria bom se fossemos todos curados!?
O processo é solo,
A atitude é pessoal,
Um dia você desperta,
Pro incrível e anormal!
Desejo essa luz
Que conduz aos desorientados,
Somos todos Tal navio
Sem farol em dia nublado!

Carol Costa – Bela Urbana, mulher, mãe de dois meninos, bacharel em direito, apaixonada pela escrita, pela vida e movida por sonhos.

 

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Tempo simbólico

O tempo é algo simbólico
Algo que passa e não se sente
Muitas vezes ele surge
Sem por que e de repente

Quando menos se espera
Já estamos lá na frente
Consumindo o futuro
O passado e o presente

Temos muitos deveres
E trabalhamos descontentes
Porém quando temos tempo livre
A diversão sempre emerge

Apesar de não sentir
Ele está sempre presente
Contando a nossa história
E os momentos da nossa gente…

Mirian Fernandes – Bela Urbana,  estudante do ensino médio, gosta de  escrever poesias, músicas que falam sobre violência abusos e muitos outros.
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Falo do eu que é hoje…

Guardo aqui dentro todo mundo que já fui.
Entre as farpas.. Entre os medos..
Entremeados, todos, entre as vidas que acolhi, e “mortes” que escolhi me dar.
Somos, nesse lapso, o que a soma conseguiu resolver de nós.
E tudo bem não aceitar.
Só não muda nada.
Nem o tempo.

Sem qualquer equilíbrio, empilho tudo em frente ao espelho..
É manhã de quarta-feira.
Já foram tantas.. Já fomos tantos..
Já fui tanto.
O que ele não reflete, vidrado, me mostra o que perdi, enquanto me esquadrinha a verdade cruel do tempo: vencer, as vezes, é extinguir.

Falo do eu que é hoje.. Dos que não são.. De validade.. Tudo.
Vitória ou derrocada?
É um momento de pouca paixão, sobretudo autoral.
Mas todo respeito.

E ali, de volta, é esse próprio tempo quem me responde o aceno, rindo dos 2 pêlos brancos acesos no canto direito do bigode ainda preto, e da testa invadindo o telhado castanho mais desavergonhadamente pelo flanco esquerdo.
Já entendi.. Por igual, nem a velhice.
O caminho é mesmo muito mais tortuoso do que supôs minha inocência superada.

Ainda ali, retardado o tempo, me viu tentar, desesperadamente, não ceder aos caprichos de outros eus.
Outras eras, de outros “eras”.
Deixar me calçar os pés doloridos o que menos correu atrás de sonhos nossos, ou vestir meu sorriso desbotado o mais melancólico de nós.. Lágrimas, estranhamente mais livres, proibidas para o que mais conquistou, e até o silêncio, entalado, mudou-se de cada um que em mim foi grito, e canto, e voz.
Não hoje. Não, tempo.
Já conheço bem uma porção de equívocos para saber os que mais combinam com o meu dia.
Intercalar-me é tão certo quanto errar, só tenho prefirido inaugurar lambanças inéditas.

Olho o relógio aceso no celular a me dizer que é tarde para um tanto de vidas, e deixo a culpa bater a porta, guardando em casa meu cachorro e o tempo que não temos. Tudo embaralhado nas voltas da chave que não suspende o sonho.
Que não acende suspiros..
A rotina é feito doce diet para quem não pode o normal mas quer, e a gente segue fazendo o melhor que pode para iludir os prazeres e controlar as “glicoses”.
Meu tempo, meus temperos, né?
Ou o destempero total.

Na esquina da vida, entre a espera de ser e de vencer, vem o menino que queria ser feliz e, de um jeito meio destrambelhado, conseguiu, um pouco, em cada um que teve sua vez.
Não sem perder.. Não sem pesar..
Não sempre.. Mas muito.
E de verdade.
E se havia mesmo tão mais para ser menos, convém lembrar, em tempo, que há sorte, até mesmo, onde ainda não há gratidão.
Mas há tempo pra gente descobrir que aquilo que nos tornamos é vitória.
Dá tempo.

Escrito pelo pior poeta de nós todos, e que não faz a menor ideia do que está dizendo.

Bernardo Fernandes –  Um gêmeo canceriano, e um ingênuo que já passou dos 35 anos, nesse contínuo processo insano de se descobrir. Achou na Comunicação uma paixão e uma labuta, e vive nessa luta de existir além do resistir, fazendo diferente e diferença… Ser feliz de propósito, sabe? Sem se distrair desse propósito. E vai assim, escrevendo o que a alma escolhe dizer, tocando o que a viola resolve contar, fazendo festas com cachorros e amigos perdidos, e brincando de volei, de pique, e de ser feliz na aventura da sua viagem. Vai uma carona?

 

 

 

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No tempo

Então ela disse: Faz tempo que vc não escreve para o Belas. O tema é tempo.
Então..
Esperando uma cura passar, deixei meu pensamento viajar

No tempo.

Se pudesse parar o tempo…
Seguraria o sol num dia de céu azul,
Daria o colo pra meus fihos pequenos.
Sentiria a pele lisa da juventude.

Mas o tempo a gente não para.
Nem acelera,
Nem reverte,
O tempo é o tempo, todo tempo.

Ele está na hora,
No cansaço,
Na idade.
Ele é a correria e a chegada da finitude.
O tempo nos dá a cura,
Tempo pra alcançar desejos.
Ele é democrático.
Da chegada e da partida pra todos.
Ninguém segura ou manda no tempo. Ele simplesmente é o tempo, o tempo todo!
Ele está no tempo das gestações,
No tempo das horas,
No tempo do dia e noite, da semente plantada.
Das estações.
Das folhas que caem, das flores que nascem
No tempo do frio e da chuva.
Na natureza em todos os cantos.

Ele está no envelhecimento dos móveis, das paredes das casas.

No tempo da vida
dos seres vivos.
Da matéria ao material.
Da natureza ao universo
Ele é estranho, onipotente e onipresente.

Nos dá o que precisamos,
Quando colhemos uma fruta, quando cozinhamos um alimento. Ele está lá.
O tempo do nosso pulão respirar cadente em sincronia com o coração que bate segundos de tempo.

Devemos respeito ao tempo.

Desculpe ter tomado seu tempo.

Vera Lígia Bellinazzi Peres – Bela Urbana, casada, mãe da Bruna e do Matheus e avó do Léo, pedagoga, professora aposentada pela Prefeitura Municipal de Campinas, atualmente diretora da creche:  Centro Educacional e de Assistência Social, ” Coração de Maria “

 

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Um segundo congelado no tempo

Eu vivia tranquila
Mal sabia eu
que não tinha problemas
Medos infantis e saúde plena
Preocupações despreocupantes

Quem me dera
ter esse tempo de novo
Eu não soube aproveitar
a simplicidade ingênua
Eu podia cheirar a esperança

Mas em um segundo
tudo mudou
Não havia obstáculo
que pudesse ter me preparado
Um segundo congelado no tempo
Minha alma se arrepiou
Tornou de mim
o que sempre quis ser
Então por que ainda tenho pesadelos?

Hoje a realidade é ilusão
Sei que a única constante
é o coração
Se o tempo parou para mim
o mundo sentiu
eu sei
Aquele segundo que durou
um oceano de tempo

Todas as emoções
passaram pelo meu corpo
Por isso eu sei
só eu sei
tudo o que se pode sentir
sem o peito se partir

Se o tempo parou
como foi que eu mudei?
Em um segundo
não me reconheci
como nada nem ninguém
Nuvens de espaço em branco

Não lembro mais quem era
apesar de ainda o ser
O que importava já é insignificante
Um mar de rostos sem face
Uma lembrança nublada

Hoje eu vejo
que o mundo é dividido
entre antes e depois
dessa notícia
Na minha lembrança
o antes brilha
Mas hoje eu sei que
o passado só é bonito
porque se perdeu
e não vai voltar

Como saberia eu
que poderiam arrancar
toda a minha substância
do meu peito
com poucas palavras
que nem doeram?
O olhar
Sim
o olhar foi pior
Olhar mata
sabia?

Hoje sei
que não seria quem sou
sem esse segundo
De alguma forma
ele acontece
até hoje
Sempre aconteceu
e nunca deixará de ser
Eu sou ele
e ele igualmente me tem
O segundo mais vazio
e mais saturado de todos

Por um segundo congelado no tempo
eu sempre vou
viver

Giulia Giacomello Pompilio – Bela Urbana, estudante de engenharia mecânica da UNICAMP, participa de grupos ativistas e feministas da faculdade, como o Engenheiras que Resistem. Fluente em 4 idiomas. Gosta de escrever poemas, contos e textos curtos, jogar tênis, aprender novos instrumentos e dançar sapateado. Foi premiada em olimpíadas e concursos nacionais e internacionais de matemática, programação, astronomia e física, além de ter um prêmio em uma simulação oficial da ONU

 

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O tempo e a dopamina

De acordo a Revista Superinteressante, dopamina é um neurotransmissor que
causa sensação de bem-estar, e ela também é capaz de influenciar na nossa
percepção do tempo, isso ocorre em parte pelo funcionamento do sistema
límbico (área do cérebro responsável pelas emoções) assim quando
atendemos a um desejo, liberamos dopamina e quando temos alto níveis de
dopamina no organismo, geralmente achamos que o tempo passa mais rápido,
por isso temos aquela sensação de que uma semana antes das férias o tempo
demora mais para passar e que quando viajamos e estamos nos divertindo os
dias voam.

Recentemente, completei 53 anos e minhas memórias e a minha sensação do
meu tempo vivido até hoje se fizeram presentes, no transcorrer do dia do meu
aniversário, entre minhas atividades rotineiras, minha mente divagava para
tudo o que vivi, minhas conquistas, alegrias, projetos realizados, viagens que
fiz e em tudo o que quis, as pessoas que fizeram e fazem parte da minha
história e também nas coisas que não funcionaram exatamente como planejei
assim como nas ramificações e teias dessas vivências todas, ter chegado até
esse hoje me enche de alegria e gratidão, por outro lado sinto uma mescla de
expectativas que geram esperança, medo e angústia pelo devir, e entendo que
esse sentimento faz parte do viver, essa dualidade que ao longo da jornada e
dos anos experimentamos constantemente, me acalmo e sigo.

Ao fechar um e iniciar outro ciclo de vida, tenho plena consciência que o tempo
passou mais rápido do que eu jamais imaginei, ninguém controla o tempo e
nem sequer posso ter certeza de quantos ciclos ainda me restam, sei que
posso escolher como viver cada minuto que eu recebo a cada dia que abro os
olhos pela manhã, e por isso decidi que farei esforços conscientes para criar
experiências que possam aumentar meus níveis de dopamina, quero poder ter
sempre que possível essa percepção de que o tempo está passando muito
rápido e assim fazer melhores escolhas.

Para terminar, compartilho um lindo poema de Carlos Drummond de Andrade,
já que a expressão artística e criativa estimula a dopamina.

“O tempo passa? Não passa”
O tempo passa? Não passa
no abismo do coração.
Lá dentro, perdura a graça
do amor, florindo em canção.
O tempo nos aproxima
cada vez mais, nos reduz

a um só verso e uma rima
de mãos e olhos, na luz.
Não há tempo consumido
nem tempo a economizar.
O tempo é todo vestido
de amor e tempo de amar.
O meu tempo e o teu, amada,
transcendem qualquer medida.
Além do amor, não há nada,
amar é o sumo da vida.
São mitos de calendário
tanto o ontem como o agora,
e o teu aniversário
é um nascer toda a hora.
E nosso amor, que brotou
do tempo, não tem idade,
pois só quem ama
escutou o apelo da eternidade.

Leia mais em: https://super.abril.com.br/comportamento/por-que-o-tempo-
pode-passar-devagar

Eliane Ibrahim – Bela Urbana, administradora, professora de Inglês, mãe de duas, esposa, feminista, ama cozinhar, ler, viajar e conversar longamente e profundamente sobre a vida com os amigos do peito, apaixonada pela “Disciplina Positiva” na educação das crianças, praticante e entusiasta da Comunicação não-violenta (CNV) e do perdão.
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O Tempo

Em tempo, percebi o tempo que passava diante de mim.
Percebi as rugas no espelho que insistiam em aparecer.
Percebi os cabelos brancos, a barba branca e tudo mais que podia acontecer.
Mas percebi também uma certa ponderação, não conformismo, apenas a visão de que as coisas são como são.

Ah, sim, percebi as crianças virarem jovens e depois adultos,
Com suas ideias e impostas convicções, cheias de certeza e de razão.
Percebi as crenças que eu tinha sendo desfeitas, uma a uma, como as folhas que caem de uma árvore.
Percebi uma presença se fortalecer como nunca, algo que não poderia ser explicado, somente sentido, que se denomina fé.

Vi rostos lindos, marcados por rugas, desencarnarem,
E vi belos anjos darem sorrisos aos olhos cansados de tanto chorar.
Vi, neste curto espaço, vitórias que foram comemoradas com lágrimas nos olhos.
Mas vi também derrotas que foram amargadas em silêncio, sem ninguém saber.
Percebi que este silêncio está escondido pela argamassa do tempo, mas ainda está lá,
Que, hora ou outra, a infiltração da memória insiste em demonstrar.

Tem coisas que o tempo me mostrou que acreditei que não iriam acontecer.
Achei que jamais veria a beleza humana nas atitudes que tornariam o mundo melhor,
Mas vi homens entregarem suas vidas em mãos unidas para ajudar o próximo.
Achei que jamais veria a compaixão, ajudar ao próximo sem a certeza de likes,
Mas vi muitos anônimos serem fortes em suas certezas, mostrando uma beleza espetacular.
Achei que jamais veria o amor indicar o caminho para as dúvidas de solidão,
Mas vi homens ajoelhados em frente às crianças, que davam suas orientações sobre o sentido da vida.

O mestre tempo me mostrou que existe uma bondade inerente dentro de cada um de nós,
E que mesmo os mais distantes podem provar do seu mel.
Olhei de forma profunda o mundo ao nosso redor e percebi que podemos nos basear nos que são bons de coração,
E entender que a maldade sempre existirá, mas que não precisamos fazer parte dela.
Imaginei-me perto demais do Criador, acreditando na criatura,
Olhando tudo ao redor e pensando que somos um segundo no universo infinito de possibilidades.
Este brilho finito deve nos fazer olhar cada sorriso como único,
Pois, indiscutivelmente, o tempo também irá levá-lo.

André Araújo – Belo Urbano. Homem em construção. Romântico por natureza e apaixonado por Belas Urbanas. Formado em Sistemas, mas que tem a poesia no coração e com um sorriso de menino. Sempre irá encher os olhos de água ao ver uma Bela mulher sorrindo.
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Cadê o Amor?

– Cadê o Amor?

– Morreu!

– Para com isso, fala logo…

–  É verdade, morreu.

– Não acredito, como assim? Morreu como?

– De fome.

– Mas era robusto, parecia tão forte…

– É, mas quando não se alimenta fica doente e nos piores casos, morre.

– Por que não comia? Faltou dinheiro?

– Dinheiro tinha.

– Anorexia?

– Também não era.

– Enjoou do tempero?

– Sabe que pensei nessa possibilidade, mas não era só o tempero não.

–  O que era então?

– As frutas apodreciam intocadas, o bolo ou embatuva ou solava, o doce sempre amargo, arroz e feijão carunchado, nada nunca agridoce… e aquela água na boca nunca existiu.

– Foi Amor romântico…

– se foi…

– Mas Amor pode ressuscitar.

– Pode, tem razão, mas Amor quando ressuscita é um novo Amor…  e com muita fome!

Adriana Chebabi  – Bela Urbana, sócia-fundadora e editora-chefe do Belas Urbanas, desde 2014. Publicitária. Roteirista. Escritora. Curiosa por natureza.  Divide seu tempo entre seu trabalho de comunicação e mkt e as diversas funções que toda mulher contemporânea tem que conciliar, especialmente quando tem filhos. É do signo de Leão, ascendente em Virgem e no horóscopo chinês Macaco. Isso explica muita coisa.

 

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Rita

Conhece uma Rita?
Ela? Habita!
Habita no mar, na areia,
Nas águas dos rios,
Nos ares do ar.

Perguntei sem pretensão de resposta, mas logo sorriu:
– Rita, esse vestido cinza?
– Ahhh, esse meu vestido cinza é cheio de brilhos e tafetá, tem bolinhas pretas na gola, é lindo como a vida!
– Olha o patinete? Moderno, cheio de luzes… oba! E tem velocidade…ufa… tem freios!
– Andarei pelas ruas, com a liberdade da alma e o corpo livre com o vento nos meus olhos.
– Vou voar pelas ruas sem tempo para voltar.
– A Rita é assim, sem parar.
– A Rita? A Rita me inspira, ouve, mas faz o que quer… ela expira, respira, vive, segue… solta, livre para simplesmente amar!

Macarena Lobos –  Bela Urbana, formada em comunicação social, fotógrafa há mais de 25 anos, já clicou muitas personalidades, trabalhos publicitários e muitas coberturas jornalísticas. Trabalha com marketing digital e gerencia o coworking Redes. De natureza apaixonada e vibrante, se arrisca e segue em frente. Uma grande paixão é sua filha.
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18 de maio

Não importa o que eu vista
Não importa o que eu faça
Seja lá o que eu fizer
Sempre serei assediada

Sejam brincadeiras, sussurros e até piadas
Na escola, faculdade ou até mesmo em casa
Maioria sempre diz palavras inadequadas
“Olha a roupa que ela usava, merece ser violentada!”
E quem é você, pra falar o que eu uso na rua?
A culpa não é minha por viver essa tortura

Roupa não é convite e que fique bem ciente
Você deve ter respeito ao meu corpo e minha mente

Um exemplo meio triste, agora eu vou te dar
É sobre uma garotinha que adorava brincar
Saia sempre cedo pra brincar com suas amigas
Era dócil e inocente, também cheia de alegria
Vista com bom exemplo para toda família

Até que certo dia o inesperado aconteceu
Tiraram da garotinha um direito da garotinha, um direito que era seu
Direito de brincar, direito de estudar, isso tudo foi embora pra nunca mais voltar

O que ela não sabia
E nem ao menos esperava
Depois do ocorrido não voltaria para casa
Com apenas oito aninhos sua vida foi tirada
Vítima dessa violência inesperada

Por isso eu lhe digo
Assédio não é brincadeira
Irei passar um recado por favor não se esqueça
Se passar por essas coisas que acabei de citar
Dique 100 e proteja-se sempre já

Todos contra o abuso de crianças e adolescentes
Porque afinal de tudo eles são o futuro da gente

Mirian Fernandes – Bela Urbana,  estudante do ensino médio, gosta de  escrever poesias, músicas que falam sobre violência abusos e muitos outros.