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Quem matou Odete?

Grande sacada de marketing faz a emissora vender milhões de reais.

Na nossa carreira profissional devemos também sempre buscar ter alguma atividade que somos excelentes e pensar em como divulgar para empresas.

Lembro quando programava em Cobol na década de 80, antes de ter o Windows, consegui desenvolver umas telas que simulava as características do sistema operacional que ainda seria lançado.
Eu sempre mostrava estas telas nas reuniões e isto me livrou de vários facões.

Devemos ter cuidado também em divulgar atividades que não dominamos, se você é de informática e ver um jaboti em cima de um coqueiro deixa ele lá, pois jaboti não sobe em árvore.

A gente não pode ter o Império menor ou maior do que aquele que temos em nós mesmos.

“Se uma batalha um homem vencesse 1000 homens seria menor se ele vencesse a si mesmo”. (L. Da Vinci.)

Antônio Pompílio Júnior – Graduado em Análise de sistemas pela PUC de Campinas . Pós-graduado em Gestão de Empresas pela UNICAMP e FGV. Adora esportes, viagens e depois de 40 anos de trabalhos em TI está aposentado curtindo a vida. “Aquele que não luta para o futuro que quer terá que aceitar o futuro que vier”.
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Suco de uva em caixinha

Eu só queria um relacionamento maduro. E ele parecia maduro. Falava bonito, usava palavras rebuscadas, adorava se vangloriar sobre o seu trabalho… Até você perceber que tudo era marketing pessoal.

A pose de equilíbrio e maduro caiu na primeira contradição, o que parecia ser um relacionamento estável se tornou o mais instável que já vivenciei… Era como pisar em ovos, com medo constante de falar ou fazer algo “errado”, que pudesse virar motivo de discussão.

O diálogo virou monólogo, sem escuta aberta, apenas uma dissertação sobre o quão certo ele costumava estar e o quão imatura eu era (irônico, não?). E o “vamos resolver como adultos” se transformava em sumiço de horas e até dias… Se isso é resolver como adultos, eu não sei de mais nada!

A verdade é que ganhei alguém que fazia birra constantemente, sumia no meio da conversa e voltava como se nada tivesse acontecido, sempre no papel de vítima. Mas, quando olhei mais de perto, pude notar que a vítima, na verdade, sempre tinha sido eu.

Por fora, era atraente, boa pinta… Parecia um vinho raro e amadurecido. Mas, por dentro, era só suco de uva disfarçado em taça de cristal.

Ou melhor, era só um suco de uva em caixinha.

Gabriela Boretti – Atriz por paixão, jornalista por essência, sonhadora profissional desde sempre. Traduz o mundo em gestos, palavras e sentimentos.
Ama viajar e estar perto da natureza e dos animais. É do signo de Sagitário – e isso explica muita coisa!
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Mosaico de dois

Amor quero você agora!
Vem dividir comigo esses devaneios tolos que estão a me torturar!
Quero te jogar nesse chao de amor! Onde desenhei ingenuamente corações nesse chão de giz!
E por um triz…
Me faço de louca
Beijo tua boca!
Pego meu batom e gasto em seu corpo nu!
E desço dessa solidão…
que me tortura!
Te jogo no chao e gozamos com mais um cigarro!
E o cheiro do sexo selvagem fica em meu quarto como uma lembrança tua!
Porque você …
Cruelmente… foi embora!
No mais… foi embora!
Ainda ouço, em meu coração machucado, você me chamando de linda morena e eu experimento de sua boca com sabor de caldo de cana caiana!
Inesquecível!
Vem me desfrutar… de novo, meu nego!
Vem nessa pele macia…
Vem me me desfrutar, meu lindo moreno dos olhos de jaboticaba!
Vem dividir sua saliva doce em meu corpo!

Este poema é um mosaico feito de versos emprestados — uma fusão entre Chão de Giz e Morena Tropicana. 
Uma homenagem aos autores dessas obras: Chão de Giz, de Zé Ramalho, e Morena Tropicana, com letra de Alceu Valença e melodia de Vicente Barreto.

Alê Torres – Atriz voltada para a comédia, mas sua paixão é cantar.  Também ama teatrar! Verbo inexistente… mas com um significado enorme! O palco a encanta! Ama flores, chocolate e o amarelo, acha singelo o cantar de um pássaro! Gosta de brincar com as palavras e transformar em versos e poemas! Quase morreu na pandemia, mas foi forte e sobreviveu, perdeu sua família, mas está aqui para contar sua história.

 

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O passado de minhas pernas

Nas rua do bairro em que nasci
minhas pernas curtas
corriam com meninos,
minhas pernas curtas
corriam na queimada,
minhas pernas curtas
saltavam os bancos,
minhas pernas curtas
eram corajosas, não sentiam dor.

Agora, anos depois, ando pela rua
minhas pernas adultas
andam devagar para não cair.
Não me atrevo a saltar
tenho inveja da criança que corria
alegremente dentro de mim.

Vera Franco – Amo arte e poesia. Faz parte dos coletivos Coletivo Literário Dandaras somos Poesia e o Coletivo de mulheres mães Vulcana. A arte tem lhe renovado muito.
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O grão

Quem, de fato, somos?

De alguns meses para, nas conversas com amigos e pessoas conhecidas, fui me dando conta do quanto mais pessoas estão passando por período de transformação interna, por purificação involuntária que vai emergindo aquelas dores, perdas, conflitos, tristezas, medos que ficaram guardadas ou colocadas embaixo do tapete.

Numa noite que não me aguentava mais, sentindo as feridas emocionais e  me questionando o que poderia fazer de diferente, pedir ajuda para outras pessoas, outra terapias, enfim…..Nesta noite tive a intuição de abrir a página 368 do livro Yoshua, Palavra Nossa de Cada Dia, Vol. 14 com mensagens de Eurípedes Barsanulfo, Psicofonias Eliana dos Santos.

No dia seguinte li em um grupo de cura, e todos disseram que se sentiram acolhidos Em menos de três dias várias outras pessoas me falavam da mesma essência da mensagem de Barsanulfo. Muita sincronicidade.

Espero que esta mensagem toque o seu coração, o seu ser!

 

Grão

A nossa solidão, o nosso afastamento das realizações, em verdade é porque não queremos deixar que o grão morra. Nós precisamos aprender a perder um certo estado de coisas, perder nomes, ganhar outros nomes, não ficar tão prisioneiros do que somos, do que nos nominaram e disseram que somos.

Nós precisamos descobrir quem realmente somos, a nossa identidade espiritual, a nossa essência cósmica universalista, a nossa profunda liberdade. Esse é um dos quesitos, uma das consequências de espera: a liberdade!

Ó doce sabor! Doce sabor, o sabor da liberdade. Não nos vemos sendo tomados para si por nenhuma mão, nenhuma lógica, por nenhuma chantagem; somos seres de total e absoluta liberdade, estamos livres, somos livres.

Não encontraremos este estado d’alma, este estado do ser sem espera. O grão que morre e dá frutos e não fica só, em verdade espera, ele confia no que virá, confia que se transformará em haste verde, em caule, em tronco, folhagens, e flores e frutos. De alguma forma ele tem uma espera, ele é um expectador dele mesmo e exauriu o conhecimento enquanto semente.

Este é o final da nossa palavra, mas é importante a alma observar que essa angústia que sentimos de verdade é a tradução de um estado de coisas que já acabou, um estado de coisas que já não precisam mais existir, um estado de coisas que não é mais para ser. O grão precisa morrer para dar frutos. É quando nós esgotamos certas experiências e precisamos nos abrir para outros universos.

Wlamir Stervid – Trabalha como Coach Somático e desenvolvimento de Liderança. Um dos coautores do Livro Precisamos falar sobre relacionamentos abusivos aqui do Belas Urbanas e adora atividades com amigos e familiares na natureza como caminhada, pedalar, fogueira e por aí vai.
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Um caminho chamado existência

Em certo instante, tomada por um” sei lá”, deixei-me conduzir até um parque da cidade que há anos permanecia esquecido em minha memória. Caminhei devagar, permitindo que o olhar se demorasse em cada detalhe, até que me sentei em um banco silencioso. Então, um raio de sol, ao atravessar delicadamente as frestas entre as árvores, revelou-me um lago recém-descoberto aos meus olhos. Sobre suas águas, cisnes deslizavam em serenidade, deixando atrás de si pequenas ondas que faziam vibrar a própria vida.

O movimento da vida me conduziu a um passeio pelo parque. Caminhei lentamente, deixando que meus sentidos acolhessem o sopro do vento e o calor do sol. Subi, então, um morro coberto de verde, e lá do alto um novo parque se desvelou diante de meus olhos, como se sempre tivesse estado ali à minha espera. Como não o percebera antes?”

Uma brisa suave veio ao meu encontro, como mãos invisíveis a acariciar meus cabelos soltos, que dançavam livres ao sabor do vento. Baixei os olhos ao chão e senti que algo ainda me separava da inteireza daquele instante. Então, me recordei da passagem bíblica, quando Moisés diante da sarça ardente fica surpreendido pelo fogo que não a consumia, reconhecendo a sacralidade do lugar e, em reverência, descalçou os pés para tocar a terra com a nudez da alma.
Assim também me perguntei: não seria aquele chão, diante de mim, igualmente sagrado?”.

Assim aconteceu comigo: descalcei os sapatos e senti o contato direto da pele com a terra. Não havia mais separação — eu estava mergulhada no cenário. Diante de mim, novas perspectivas da vida se desvelavam como um horizonte nascente. Tudo parecia girar reacomodando-se em novas configurações; o tempo se dissolveu. Eu estava solta, finalmente livre para ser, e simplesmente ser.

Naquele lugar, escuto o canto dos pássaros, o sopro do vento, as batidas do meu próprio coração. Uma sinfonia se compõe, e sou atravessada por memórias de uma vida que se inicia e reinicia infinitas vezes, em múltiplas possibilidades. Ao olhar do alto da minha trajetória posso compreender que tudo foi necessário para que avançasse até aqui.

Passado, presente e futuro se enlaçam, e sinto-me conduzida de volta à fonte primeira da vida, sempre ali, silenciosa, aguardando a hora de transbordar. Meu solo, agora fértil, deseja espalhar sementes por outros campos — ainda que o impossível se insinue. Afinal, quem ousaria negar que, até nas fendas do chão mais árido, flores podem nascer?

Envolvida pela experiência, deixei o parque tomada por uma alegria serena, como se o mundo tivesse alargado seus horizontes. Agora compreendo: o caminhar caminha, e só se revela a mim quando volto os olhos e descubro as pegadas deixadas na areia. Para onde sigo, não sei. Apenas me abandono a essa luz que brota do meu próprio ser e, como um farol íntimo, aponta para o sol.

Envolvida pela experiencia saiu do parque com um sentimento de alegria, pois agora sei que o caminhar caminha e apenas posso percebê-lo, quando olho para trás e vejo as pegadas na área. Para onde vou não sei apenas sigo essa luz que de mim emana apontando para o sol.

Maria das Graças Guedes de Carvalho – Psicologa. Ama a vida e suas dádivas como ser mãe, cuidar de pessoas e visitar o mar.
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Ando assim…

Ando assim

Um pouco desleixada

Muitas vezes desarrumada

Descabelada? Sempre

Ando assim

Impaciente

Principalmente para discussões

Onde falta razão

E sobram egos

Ando assim

Faminta

De generosidade

De transparência

E ando tanto assim

Que já nem sei como é assado

Se ficou queimado

Se dá para servir

Se está gostoso

Sei que assim, sigo

Assim, respiro fundo

Assim, rezo

E assim, apesar do sim ou do não

Sigo firme.

Adriana Chebabi – Sócia-fundadora e editora-chefe do Belas Urbanas. Publicitária. Roteirista. Escritora. Uma contadora de histórias. Curiosa por natureza.  Uma sonhadora que realiza.  Acredita que podemos melhorar o mundo. Talvez ingênua, talvez não. Desafios a instigam. Ama viajar, estar na natureza e experimentar novos sabores. É do signo de Leão, não tem mais certeza do ascendente, mas sabe que no horóscopo chinês é Macaco.
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PAI

Ser
Ser o Super herói
O espelho
O brilho nos olhos
O sorriso
O orgulho
O novo
Ser a referência
Ou ser
O exemplo
A força
A criatividade
Ser o protetor
Professor
Amigo
Escritor
Fotógrafo
Apoio
Ser o abraço apertado
O médico
O cúmplice
O ombro amigo
Ser Pai herói
Botânico
Veterinário
Músico
Ser cobertor,
colchão, guardanapo e muitas  vezes travesseiro
Ser sem saber o certo e o incerto.
Mas acima de tudo estar presente em cada momento desta caminhada do meu filho,
Sendo Pai,
o Ser que sou.

Octavio D’Avila- Formado em Psicologia, terapeuta Ayurvedico. Quando nasceu seu filho, nasceu dentro dele um escritor que descreve detalhes da vida, captura momentos preciosos, momentos que muitas vezes passam despercebidos.
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As minhas dores

Movimento tão simples como sentar e levantar começa a se tornar pesado para idosos e principalmente pra quem tem mais de 1,92m. Os joelhos parecem que trava e querem ficar sentados ou em pé.

A academia diária é a forma mais simples de melhorar isso, fazendo musculação e séries de levantar e sentar. Tenha paciência.

Mas a dor principal está na saúde mental para aceitar as mudanças e fazer o futuro que você quer. Isso não é só para idosos é para vida toda deste a infância.

As minhas dores me ajudaram a crescer, rever o passado, viver o presente e fazer o futuro.

Na semana dos pais talvez uma dor minha foi nunca ter jogado futebol ao lado do meu pai, mas ele rolou a bola pra eu fazer os gols da minha vida.

Feliz dias dos pais!

Antônio Pompílio Júnior – Graduado em Análise de sistemas pela PUC de Campinas . Pós-graduado em Gestão de Empresas pela UNICAMP e FGV. Adora esportes, viagens e depois de 40 anos de trabalhos em TI está aposentado curtindo a vida. “Aquele que não luta para o futuro que quer terá que aceitar o futuro que vier”.
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Tempo

Tempo
Que tempo?
Ele se dissolve como areia fina no vento.
Escorrega,
flutua,
voa como a flor-dente-de-leão ao assoprar.
Ontem, hoje, amanhã… ninguém sabe.
Tempo ninguém pega, mas que dá uma vontade de segurar,
apertar,
rebobinar,
pular,
lembrar e esquecer,
sorrir e chorar,
abrir os olhos ou fechar e gritar: volteeeee!

Octavio D’Avila- Formado em Psicologia, terapeuta Ayurvedico. Quando nasceu seu filho, nasceu dentro dele um escritor que descreve detalhes da vida, captura momentos preciosos, momentos que muitas vezes passam despercebidos.