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Esperar é caminhar

Há pouco tempo conheci o provérbio judaico “o homem faz planos e Deus dá risadas”. Na minha interpretação, acho que Deus dá gargalhadas!

Eu faço planos e traço minuciosamente o trajeto a ser percorrido. No entanto, a rota inicialmente traçada sofre alterações no decorrer da caminhada. São nesses momentos de mudanças que me deparo com as “gargalhadas divinas”.

Nasci e me criei na agitação de São Paulo. Depois dos trinta anos de idade, fui para o interior para acompanhar meu marido nas mudanças do trabalho. Morei em Bauru, morei em Campinas. Atualmente, voltei para São Paulo e estou penando para enfrentar o ritmo da minha cidade.

Eu já encarei a mudança de carreira profissional. Minha primeira formação é Administração. Por dez anos trabalhei ativamente em funções administrativas, mas minha grande paixão é ensinar. Então, quando tive uma oportunidade fiz o curso de Letras e depois de alguns anos comecei a dar aula, unindo minha paixão ao meu ganha-pão.

Desde pequena meu sonho é ser mãe. Segui o caminho conhecido tradicionalmente, que é namorar, noivar e casar. Estou casada há 13 anos, numa união cheia de paz e amor. Mas, os filhos como sonhados e planejados não vieram. Meu marido e eu fizemos tratamento de reprodução assistida e não deu certo. A vida é assim! Não temos controle sobre o fôlego da vida.

Meus planos foram desconstruídos e novas construções começaram a surgir. A vida apresentou o caminho da adoção. Começamos a jornada e estamos habilitados para recebermos nossos filhos. A qualquer momento o telefone vai tocar e a vida vai nos levar para outros caminhos. Enquanto esperamos, vivemos!

Eu poderia escrever muito e profundamente sobre cada etapa, mas por hoje só considero um provérbio bíblico que me acompanha “o homem faz planos, mas Deus dá a palavra final”. Continuo fazendo meus planos, com menos rigor, porque aprendi que a cada mudança eu me desenvolvo muito mais.

Viver exige escolhas e cada escolha apresenta um caminho que precisa ser trilhado. Esperar é caminhar.

Miriam Camelo de Assis – Bela Urbana, alguém sendo constantemente reformada pelas palavras. Formada em administração e letras. É professora de língua portuguesa por profissão e paixão. Ama artesanato e uma boa conversa.
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A casa que você vive

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Me propus nos últimos dias, seguir uma frase que li no livro Portas Abertas, que é:
‘ As palavras que você fala se tornam a casa em que você vive!’

Seguindo esse contexto, procurei em todos os momentos agradecer, e não falo de GRATIDÃO, essa palavra legal que o pessoal descolado prega mas que pouco se vê.
Diariamente passamos por diversas situações ao lidar com outras pessoas, seja no trânsito, na padaria, no hospital, enfim, várias pessoas, vários lugares e infelizmente o ser humano tem o terrível hábito de achar que a sociedade esta ali para lhe servir. Que têm OBRIGAÇÃO. Obrigação de o satisfazer, obrigação de não errar, obrigação de estar a disposição, obrigação de estar sempre bem, sorridente, feliz, para única e exclusivamente atender as necessidades de um outro ser humano que se sente superior.
‘As palavras que você fala se tornam a casa em que você vive!’
No exercício de agradecer diariamente, em TODOS os lugares que passei: farmácia, loja, mercado, clínica (etc), ao sair, dizia coisas como:
– Obrigada, um ótimo trabalho e uma excelente semana (ou final de semana)…
– Bom final de expediente e bom descanso…
– Muito obrigada pela paciência, pelo atendimento e até a próxima…

A reação de uma forma geral é a mais absurda. Elas ficam ASSUSTADAS, gaguejam, não sabem o que responder, ficam com cara de espanto, mas ao final, sempre retribuem a gentileza.
Nesses dias, penso que tantos pregam o bem, e não o vivem, falam de coisas boas e não compartilham, falam sobre divindades e religiões e não fazem absolutamente nada de bom pro mundo, para os que estão ao seu lado. Presenciei até uma mulher discutindo com o caixa de uma loja e dizendo:
– Você está tentando me desestabilizar mas meu Deus é mais forte e não vai deixar, passe logo essa compra que quero ir embora… (oi?)

A prática da gentileza já existia nos meus dias, mas o habito leva quase que a uma obrigatoriedade (pessoal) e acredite, o mundo responde, a toda e qualquer gentileza.

‘As palavras que você fala se tornam a casa em que você vive, portanto escolha onde você quer morar!’

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karla Ferreira – Escorpiana, de personalidade forte, não gosta de nada que não seja intenso, tem preguiça de pessoas insossas. Para ela cada dia é uma batalha, vive profundamente e tem horror ao tédio.

 

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Conselhos do Kiabo

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Belas Urbanas do Brasil! Cuidado, muito cuidado com os sapatinhos que usam.

O pé é pois, um centro importante. Qualquer coisa afeta o pé, afeta você, e por isso cuidado ao escolher o seu próximo pisante. De preferência a um bem arejado, pois “boy” nenhum aprecia os pés da amada com cheiro inodoro, não é mesmo?

Até a próxima,

Kiabo.

jeff

 Jeff Keese – é arquiteto, produtor de exposições de arte, e durante 7 anos foi consultor do mapa das artes de São Paulo. O Kiabo é um personagem que criou na adolescência para dar conselhos para as mulheres, por isso os conselhos do Kiabo estão sendo divulgados no Belas Urbanas.

 

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Ser forever young é uma escolha. Você é. Ou não.

Tenho 43 anos e descobri isso há muito pouco tempo.

Eu vivia em sessões de quiropraxia e pilates – que me ajudavam demais! – pois eu vivia com as costas travadas. Ano passado comecei a ter intolerância a muitos alimentos, principalmente àqueles que eu mais adorava. Café, chocolate, doces em geral e o GLÚTEN. O famoso glúten, o coitado que virou o grande vilão do século. Fiz uma dieta extremamente restritiva que melhorou muito meu mal-estar, inchaço e enxaquecas. Acabei perdendo alguns quilinhos e fiz uma reeducação alimentar bem bacana.

Eu estava fazendo tudo o que me foi recomendado, mas eu continuava sentindo muito cansaço e desânimo. Me irritava com extrema facilidade e frequência.

No início desse ano meu casamento acabou. Foi um choque.

Então eu resolvi que essa decisão, que foi tão dura para ambos, só faria sentido se fosse para o bem de todos. Hoje eu acredito que todas as adversidades que enfrentamos, são oportunidades de crescer e amadurecer que a vida nos oferece. E eu até acho que nem temos o direito de fingir que essas oportunidades e avisos não estão batendo à nossa porta, só para podermos continuar reclamando e sentindo pena de nós mesmos.

Eu escolhi ser forever Young. Porque as dificuldades reais da vida já são suficientes. Não precisamos complicar mais.

E assim já me permiti realizar alguns sonhos antigos. Por mais bobos que eles pareçam ser, é tão gostoso realizá-los! Eu pulei de paraquedas, eu fiz uma tatuagem.

Pular de paraquedas é a maior sensação de liberdade que podemos ter. A queda livre é um momento de muita paz, de desprendimento e liberdade. É indescritível.

Minha tatoo é uma linda lótus. Levou 5 meses para ficar pronta, doeu muito, mas eu amei!

Hoje faço treinos físicos regulamente. 2x por semana com personal e voltei a correr. A preparação física me permitiu voltar a correr, o que eu não fazia desde o tempo da graduação. Hoje corro 3 x por semana e me sinto tão bem, como há muitos e muitos anos não me sentia.

Não sei quais são os desafios que a vida ainda me reserva, mas espero poder compreendê-los com humildade e sabedoria. Forever Young.

noemia

Noêmia Watanabe – é Graduação em Química (Unicamp) 90-94, Mestrado em Engenharia de Mecânica (Unicamp) 95 – 96, Doutorado em Química (Síncrotron/Unicamp) 97-2000, trabalhou como Química no Sincrotron de 2001 a 2004 é sócia fundadora desde 2006 da Condutiva Tecnologia e exerce a função de Diretora de Novos Negócios