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Fragmentos de um diário 2

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“…. mas nesse últimos dias ando repensando e revendo certas coisas e venho concluindo algumas coisas importantes. Mudar não é fácil, mudar comportamentos é mais difícil ainda, mas o primeiríssimo passo é percebermos que precisamos mudar, melhorar. Penso individualmente o quanto preciso melhorar, controlar minha ansiedade, meu lado impaciente que gera momentos desgastantes, sorrir mais, enfim, aprender mais, melhorar, crescer e ter sempre meus objetivos de vida de acordo com minha vida. Isso que escrevo não é nada negativo, pelo contrário, é primeiro passo, é uma auto-análise de como ainda posso melhorar.

Que bom que posso e que podemos sempre melhorar, que bom poder enxergar isso e mais ainda, ter a chance de fazer acontecer. Porém, mudar comportamentos é difícil, comportamento coletivo, mais difícil ainda. O que quero escrevendo isso é que todos percebam o seu papel, que todos estejam de acordo com seu objetivo de vida, que todos estejam sempre pré-dispostos a melhorarem e com isso fazer as coisas melhores. É questão de postura de vida, do acreditamos ser certo ou errado.

Precisamos estar mais pré-dispostos ao sim. Que tal tentarmos antes de dizer não. Que tal avaliarmos se não damos conta antes de dizer não. Posturas positivas e negativas. Aonde quero estar? Aonde queremos estar?…”

01 de março – Giza Luiza – 30 anos

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Adriana Chebabi – Bela Urbana, idealizadora do blog Belas Urbanas onde é a responsável pela autoria de todas as histórias do projeto. Publicitária, empresária, poeta e contadora de histórias. Divide seu tempo entre sua agência  Modo Comunicação e Marketing  www.modo.com.br, suas poesias, histórias e as diversas funções que toda mãe tem com seus filhos. 

 

 

 

 

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LULUZICES

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Não quero causar impacto, nem tampouco sensação! Mas nada do que foi será de novo do jeito que já foi um dia.

Que bom que tudo muda o tempo todo no mundo!

Nós somos medo e desejo! É natural que seja assim, tanto pra você quanto pra mim…

A vida é mesmo assim: dia e noite, não e sim… Pode ser que o barco vire, mas também pode ser que não! Só que dessa história ninguém sabe o fim! E continuamos num indo e vindo infinito…

Mas enquanto isso, não nos custa insistir na questão de não deixar o desejo se extinguir!!

Não adianta fugir nem mentir pra si mesmo. Acho que é bobagem a mania de fingir negando a intenção.

 

Pra que tanta complicação se é tão fácil de entender! Me dê a mão e vem ser a minha estrela!

Eu me recuso a admitir que amar é sofrer.

Me dá um beijo então, e veja que a vida passa lentamente, e a gente vai tão de repente que não sente saudades do que já passou…

Tolice é viver a vida assim, sem aventura… se é loucura, então melhor não ter razão…

 

Eu gosto tanto de você!

Já que consideramos justa toda forma de amor, quando um certo alguém desperta o sentimento é melhor não resistir e se entregar!

Pode estar certo que eu não vou me dar ao luxo de te perder! Porque o teu amor me cura de uma loucura qualquer. Deixo assim ficar subentendido… Eu quero crer no amor numa boa!

Isso é só uma ideia que existe na cabeça e não tem a menor obrigação de acontecer!

Só vamos então deixar combinado: aqui é a vida real! É muito mais do que um sonho…

Todo mundo sonha em ter uma vida boa! Há tanta vida lá fora…

Se amanhã não for nada disso, caberá só a mim esquecer! Por que tudo passa, tudo sempre passará…

Não me faça esperar, há uma certa urgência…

Hoje o tempo voa, escorre pelas mãos! E como não há tempo que volte, vamos viver tudo que há pra viver! Vamos nos permitir…

Só ouço o som da minha própria voz a repetir: SOS, solidão!

Use a sua habilidade pra dizer mais sim do que não… Tudo o que cala fala mais alto ao coração.

Já que estou em tuas mãos, faz como entenderes. Mas eu não vou me dar ao luxo de te perder!

Eu não sei viver sem ter carinho, eu não sei viver triste e sozinho, eu não sei viver preso ou fugindo, é minha (única) condição (para ser feliz!). Se isso for algum defeito, por mim tudo bem!

Tem certas coisas que eu não sei dizer…Silenciosamente eu te falo com paixão…

Assim caminha a humanidade! Voltemos à estaca zero. Fica tudo igual… Normal!

Meu coração canta feliz!

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Denise Alcântara -Socióloga e professora, pessoa livre nas ideias, no pensamento e nas atitudes. Minhas inquietações me mobilizam e motivam o meu aprendizado constante.

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QUEIJO OU BEIJO?

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Queijo ou beijo?

Beijo ou queijo?

Dou um beijo ou como um queijo?

 

Queijo ralado,

queijo mussarela,

queijo gorgonzola.

Beijo no rosto,

beijo na testa,

beijo na boca.

 

Queijo com presunto

Beijo com abraço

Queijo do Alemão

Beijo do Negão

 

Queijo comprado pode

Beijo roubado também

Beijo comprado não pode

Queijo roubado também não

 

Queijo é saboroso.

Beijo é amoroso.

Doce de queijo é bom.

Beijo doce também é bom.

 

E agora?

Dou um beijo ou como um queijo?

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Adriana Chebabi (aqui desenhada pelos olhos de sua filha Carol) – Bela Urbana, idealizadora do blog Belas Urbanas onde é a responsável pela autoria de todas as histórias do projeto. Publicitária, empresária, poeta e contadora de histórias. Divide seu tempo entre sua agência  Modo Comunicação e Marketing  www.modo.com.br, suas poesias, histórias e as diversas funções que toda mãe tem com seus filhos. Entre um queijo e um beijo, prefere o beijo 🙂

 

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O que nos prende na rotina é a fé

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Não tive muito tempo pra pensar no meu dia de hoje. Agora nesse transito me sobram alguns minutos de silêncio comigo mesma e resolvi dedicá-los a isso.

A nossa vida é muito frágil. Por pouco o que nos prende na rotina é a fé.

Fé no sentido mais amplo… Não só a tônica religiosa, mas muito mais a psíquica.

Nos vemos vivos por acreditar em tantas coisas que os pequenos abalos se diluem entre as mais diversas crenças.

Hoje eu descobri que a minha fé é mais elástica que o meu tempo. Porque o tempo emoldura o que a fé transborda.

Talvez o meu tempo seja breve pro mundo do jeito que eu vejo. Mas a minha crença no mundo é maior que o tempo que ele me dará dentro dele.

Hoje vivi mais um dia, pelo tempo, pela fé e por tudo que eu diariamente guardo em mim.

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Renata Lavras Maruca – Mulher, mãe, publicitária e cronistas nas horas de desespero. Especialista em marketing de conteúdo digital. Observadora do universo humano e suas correlações” intermundos”(reais e virtuais). Viciada em doces, gordinha por opção e encantada pela sedução inteligente. Prefere sempre vestir em palavras escritas tudo aquilo que reflete ou carece de análise. Resumindo: Complicada e perfeitinha

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Fragmentos de um diário

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…é esse lance de você se ver sozinho, se encontrar, saber o que você quer ou não, e ter consciência de que ninguém é bengala de ninguém. Você não pode esperar que as pessoas vão estar sempre do seu lado e saber quando você está bem ou mal. Você não pode ficar contando com as pessoas, porque não é sempre que elas estarão no mesmo clima pra te ajudar, sempre que puderem e perceberem e, é lógico, se gostarem de você, irão te ajudar, mas não dá pra ficar contando com isso sempre, por isso é melhor nunca contar, conte sempre com você, não fique esperando que vai aparecer alguém e te salvar dos seus problemas, e se aparecer é algo a mais e não apenas um complemento.

30 de julho – Gisa Luiza – 18 anos

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 Adriana Chebabi – Bela Urbana, idealizadora do blog Belas Urbanas onde é a responsável pela autoria de todas as histórias do projeto. Publicitária, empresária, poeta e contadora de histórias. Divide seu tempo entre sua agência  Modo Comunicação e Marketing  www.modo.com.br, suas poesias, histórias e as diversas funções que toda mãe tem com seus filhos. 

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Conselhos do Kiabo

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Belas Urbanas do Brasil! Cuidado, muito cuidado com os sapatinhos que usam.

O pé é pois, um centro importante. Qualquer coisa afeta o pé, afeta você, e por isso cuidado ao escolher o seu próximo pisante. De preferência a um bem arejado, pois “boy” nenhum aprecia os pés da amada com cheiro inodoro, não é mesmo?

Até a próxima,

Kiabo.

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 Jeff Keese – é arquiteto, produtor de exposições de arte, e durante 7 anos foi consultor do mapa das artes de São Paulo. O Kiabo é um personagem que criou na adolescência para dar conselhos para as mulheres, por isso os conselhos do Kiabo estão sendo divulgados no Belas Urbanas.

 

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Renato Russo

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Renato Russo faria 55 anos dia 27 desse mês, ainda seria “jovem”, mas já se faz quase 19 anos que ele morreu. Muito jovem, por sinal.

Suas músicas embalaram minha adolescência. Na minha época de adolescente, ensino médio se chamava colegial e nossas agendas eram diários que marcavam não só as provas e aulas do dia, mas eram repletas de espaços musicais, onde escrevíamos pedaços de letras de músicas, “quem me dera ao menos uma vez acreditar que o mundo é perfeito e que todas as pessoas são felizes” ou então, “mas nos deram espelhos e vimos o mundo doente” ou ainda, ”será só imaginação? será que nada vai acontecer? será que é tudo isso em vão? será que vamos conseguir vencer?”, as letras do Legião estavam sempre impressas na minha agenda e das minhas amigas.

Renato Russo e sua Legião não embalaram só minha adolescência, mas todos os anos seguintes “sentia mesmo que era mesmo diferente, sentia que aquilo ali não era o seu lugar, ele queria sair para ver o mar…” já me senti assim também, quem não?  Até hoje as músicas do Legião tocam na minha trilha de preferidas “quem inventou o amor, me diga por favor”.

“Que pais é esse?” virou um clássico regravado por muitos, está na trilha sonora de novelas atuais e infelizmente atual mesmo depois de algumas décadas da sua composição, isso nos faz mais do que nunca pensar “que pais é esse?”, e Geração Coca-Cola “suas crianças derrubando reis, fazer comédia no cinema com as suas leis”, familiar não?

Será que Renato Russo estava tão à frente do seu tempo ou as coisas não mudaram muito desde então? A pergunta não quer calar.

O fato que é Renato Russo nos deixou um acervo rico, músicas que continuam a tocar, que falam de amor, da sociedade, que fazem críticas e que nos tocam.

Minha dica para a semana é ouvir Legião Urbana DOIS. Escolho uma música desse disco para compartilhar com vocês no meu “espaço musical” hoje virtual,  um trecho de  Daniel na Cova dos Leões onde ele fala de amor de uma forma nada óbvia.

“Aquele gosto amargo do teu corpo
Ficou na minha boca por mais tempo.
De amargo, então salgado ficou doce,
Assim que o teu cheiro forte e lento
Fez casa nos meus braços e ainda leve,
Forte, cego e tenso, fez saber
Que ainda era muito e muito pouco”.

Adriana Chebabi

Adriana Chebabi – Bela Urbana, idealizadora do blog Belas Urbanas onde é a responsável pela autoria de todas as histórias do projeto. Publicitária, empresária, poeta e contadora de histórias. Divide seu tempo entre sua agência  Modo Comunicação e Marketing  www.modo.com.br, suas poesias, histórias e as diversas funções que toda mãe tem com seus filhos. Adora ouvir e cantar as músicas do Legião Urbana 🙂

 

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O click de Alexandra

Edição 1

Alexandra tinha 49 anos, faltavam 05 meses para seu aniversário de 50. Os amigos do trabalho toda hora perguntavam: “- E a festa Alexandra como vai ser?”. Outros diziam: “ – Tem que comemorar com um festão a data”.

Alexandra, ouvia, esboçava um leve sorriso e pensava:  “é até que  seria bom, afinal nem festa de 15 anos eu tive”, mas aí, logo em seguida, pensava em todos os gastos extras, no marido sempre tão indiferente,  e sua  vontade já morria nesses pensamentos.

Ela vivia como muitas mulheres vivem nessa fase da vida: as rotinas da casa, as rotinas do trabalho e algumas idas ao Shopping com Aninha, sua melhor amiga desde os tempos do colégio.

Alexandra não era feia, mas digamos que pedreiro nenhum assobiava quando ela passava. Ela não era gorda, mas não era magra, vivia com um óculos do século passado, as roupas pioravam a situação, brincos, colares, pulseiras, ou qualquer tipo de bijuteria ou acessório não existiam em seu guarda-roupa. Esmalte? O mais ousado era “renda” e mesmo assim, por economia, só uma vez por mês.

No trabalho, Alexandra, sempre foi exemplar, uma contadora de mão cheia. Entrou na “firma” quando ainda era estudante universitária. Aplicada, dedicada, foi logo contratada. Ela cresceu com a firma de contabilidade nesses últimos trinta anos. O que era uma pequena empresa passou a ter uma equipe com mais de cem pessoas, hoje com vários profissionais diferentes: contadores, advogados, estoquista, a equipe de TI,  a assessoria de imprensa etc. Alexandra apesar de ter crescido no trabalho, ficava sempre muito isolada,  muito formal com todos, muito e somente em seus números e cálculos.

Eis que um dia, nesse mesmo ambiente, ela recebeu um e-mail que tinha como assunto “do seu admirador secreto”. Ela abriu o e-mail que estava escrito “Te vejo passar todos os dias, conheço seus passos de longe, seu perfume, o som da sua voz… e abra aqui para ler todo o resto”.

Ela deletou e pensou:  “Bobagem. Só  que a mensagem não saia da sua cabeça e pensava: “Será mesmo que ele me conhece?”

Coincidência ou não, no dia seguinte ela mandou fazer lentes de contato e resolveu aposentar os óculos.

Os e-mails continuavam a chegar, a cada dois dias o mesmo e-mail aparecia, e consequentemente, ela não abria e deletava , mas…se abria para  novas e pequenas atitudes: um batom mais forte, um corte de cabelo moderno, um salto alto, uma roupa mais justa. A cada e-mail não aberto, uma mudança no visual e na alma, e começava a sentir o mundo como há muito não sentia, sem perceber ficou mais leve, alegre, sorridente. Resolveu participar dos “happys” da “firma”.

Mas a curiosidade não saia da sua cabeça, quem seria que mandava os e-mails? Um dia desconfiou do jovem rapaz que cuidava da rede, era um moço bonito, alias, cá entre nós aqui, bem bonito, moreno, com um lindo par de olhos verdes e no auge dos seus 26 anos.

Primeiro seus pensamentos foram cruéis consigo mesma. “Que absurdo você tem idade para ser mãe dele, ele combina mais com sua filha, mas também começaram a vir outros pensamentos: Se essas atrizes da TV namoram garotões, por que eu não posso?”.  E na sua cabeça começaram a parecer todos os casos iguais em que conhecia que ela acreditava que “foram felizes”, pelo menos por um tempo, porque ingenuidade de acreditar no  “felizes  para sempre” ela já não tinha mais.

O marido, alguns anos mais velho, continuava no mesmo passo. Todo dia quando ela chegava em casa, encontrava ele na frente do computador comendo queijo e gelo. Ele não a via, não reparou no novo corte de cabelo, nas unhas vermelhas, nas calças mais justas. Um dia ele olhou mais demoradamente para ela e ela pensou:  “Ele vai falar, reparou”, mas não, só olhou mais demoradamente mesmo e nada disse, talvez tenha pensado, talvez tenha faltado coragem, talvez, talvez…o certo é que voltou para seu computador, seu queijo e seu gelo.

A filha de 16 anos reparou – mulheres sempre reparam – e gostou da nova mãe que via; o filho de 18 anos só pensava no vestibular e, como pai, talvez não fosse um bom reparador.

O moço da rede em um desses “happys” da firma ficou do seu lado. Conversaram, flertaram, e ela, certa que era ele perguntou depois de alguns chopes:

– É você?

E ele:

– Eu o quê?

– Me fala vai? É você?

– Você fica feliz se eu disser que sim?

– Sim

– Então digo que sim, só para ver você feliz.

– Amanhã vou abrir.

– O quê?

– Você sabe.

– Sei?

– Sei que sabe.

– Não sei.

– Sabe sim… Vou abrir heim…

– Hum, então vou esperar… que horas vai abrir? Onde?

Ela riu. Ele não entendeu.

E no dia seguinte ela abriu e literalmente, coincidência ou não, destruiu toda a segurança da rede da “firma”. O e-mail era um desses “supervírus” da informática que clonam os computadores, roubam as informações, e em uma firma de contabilidade isso era o pior que pode acontecer.

O escritório parou. O espanto, os comentários eram gerais: “Por que ela fez aquilo?”, “Que ingênua”, “Por que abriu esse tipo de e-mail?”, “Coitada, vai perder o emprego”. Os olhares eram os piores possíveis. A situação foi tão séria que ela foi mesmo mandada embora, mas ela não se abalou, algo de fato, tinha mudado.

Colocou suas coisas na caixa, deu tchau para poucos amigos que não a julgaram, deu  um ”up” na maquiagem . Quase indo embora, encontrou o moço da rede e disse:

– Eu disse que ia abrir.

Ela caiu na gargalhada e ele também.

Ele levou a caixa para ela até o carro e apanhou no jardim uma flor que entregou para ela. Ela ficou tão emocionada que seus olhos se encheram de água, e pensou:  “Há quantos anos não ganho flores?”.

Dias depois resolveu que não compraria mais queijo e se deu conta de que não gostava de nada gelado. Chega de gelos. Colocou um ponto  final no casamento e, quando saiu para caminhar na rua, ficou muito feliz com todos os assobios que ouviu dos pedreiros.

PS.: A festa de 50 anos foi de arromba, sem economias, dançaram todos até o sol nascer. Os amigos da “firma” foram em peso. Os amigos da ginástica. A turma da faculdade e do colégio foram  reencontrados e também foram. Foi realmente um festão. O gatão dos olhos verdes também foi… mas essa história eu conto em outra.

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Adriana Chebabi – Bela Urbana, idealizadora do blog Belas Urbanas onde é a responsável pela autoria de todas as histórias do projeto. Publicitária, empresária, poeta e contadora de histórias. Divide seu tempo entre sua agência  Modo Comunicação e Marketing  www.modo.com.br, suas poesias, histórias e as diversas funções que toda mãe tem com seus filhos. 

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MEIO IRMÃO

 

938 irmãos

“Ele tem um meio irmão, mas não acho que existe meio irmão, como não existe meio grávida, ou é ou não, acho que é irmão, não acha?”.

Não soube responder de bate pronto à pergunta que um amigo me fez há poucos dias falando do seu filho. Fiquei com a pergunta na cabeça, “matutanto” a respeito, nunca tinha pensado sobre isso. Meio irmão existe?

Existe irmão, irmão de várias formas, irmão de sangue, sangue inteiro ou só por parte de pai ou de mãe – isso é o que menos importa – e irmão que não tem o mesmo sangue.

Irmãos que de fato são irmãos, são amigos, e amigo torce a favor, chama a atenção, da colo, ajuda, vibra, da conselhos, da bronca, não faz fofoca a seu respeito, não inveja seu sucesso, torce, torce, e só quer seu bem, mesmo quando está na “merda”, porque sabe que a via é de mão dupla e irmão que é irmão não deixa o outro de lado, leva junto, impulsiona, incentiva.

Quando adolescentes, não pense que seu irmão vai ficar cúmplice daquele namoradão mau caráter, pelo contrário, irmão que cuida, vai te dizer, mesmo sabendo que aquilo vai doer e mesmo correndo o risco de você não entender naquele momento, que aquela pessoa não é legal para você.

Irmão de verdade, não tem medo de conversar, não tem medo de expor ideias diferentes, entende que isso é fundamental para que cresça qualquer irmandade e que em muitos casos entrar em consenso faz parte desse amor.

Quando você casar, sem sombra de dúvidas, no altar quem vai estar lá, é esse irmão e quando seus filhos nascerem, o lugar de padrinho e madrinha está reservado para quem é irmão de verdade, porque você sabe que se algo faltar para seu filho, esse irmão irá cuidar e ajudar.

Quando se é irmão de verdade, respeito é uma palavra que é levada á sério e faz parte dessa relação, mesmo quando há discordância. Prova de amor é quando você deixa sua birra de lado e coloca o bem do seu irmão acima da sua vontade particular. Generosidade não é moeda de troca, mas quando irmãos são verdadeiros irmãos isso é natural, como beber água.

Quer uma característica para reconhecer um irmão de verdade, um irmão inteiro? Ele cria um elo com os seus amigos, os  que te querem bem, mesmo que ele não “vá com a cara” de algum, busca ser justo e perceber se aquele pessoa é do bem para você, e se for, o elo está feito, ele vai te incentivar a continuar aquela amizade e provavelmente será amigo também daquela pessoa.

É sorte quando esse irmão nasce do mesmo pai e da mesma mãe, ou quando nasce só de um deles, ou quando a vida nos coloca na mesma família, ou ainda em um terceiro caso, quando escolhemos pela vida esse irmão. Irmão de verdade tem um abraço delicioso.

Tem gente que tem irmão no papel, mas o só papel não basta, não diz a verdade.  É triste um irmão no papel que não é um irmão de verdade, mas isso é mais comum do que se imagina.

Irmão verdadeiro é irmão por inteiro e não é tão comum assim. Irmão que é irmão é uma pérola. Conspiração divina.

Então, minha resposta veio com “delay”,  esse papo de meio irmão, é bobagem, ou é ou não, meu amigo está certo.

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Adriana Chebabi – Bela Urbana, idealizadora do blog Belas Urbanas onde é a responsável pela autoria de todas as histórias do projeto. Publicitária, empresária, poeta e contadora de histórias. Divide seu tempo entre sua agência  Modo Comunicação e Marketing  www.modo.com.br, suas poesias, histórias e as diversas funções que toda mãe tem com seus filhos. Agradece os irmãos que seus pais te deram e os que escolheu na vida 🙂

 

 

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SEGUNDA FEIRA

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Toda segunda promete.

Promete mais que qualquer outro dia.

Promete não só o dia. Promete pela semana toda.

Toda segunda é assim, mas é melhor quando o final de semana foi divertido e bem vivido.

Segunda renova os desejos, de que o trabalho seja próspero, de que a prova seja boa, de que a aliança seja aceita, de que as notícias sejam positivas, de que os sonhos se concretizem.

Segunda é um dia novinho. Folha branca, alma nova, esperança.

Toda segunda é dia de NASCER de novo.

Adriana Chebabi

Adriana Chebabi – Bela Urbana, idealizadora do blog Belas Urbanas onde é a responsável pela autoria de todas as histórias do projeto. Publicitária, empresária, poeta e contadora de histórias. Divide seu tempo entre sua agência  Modo Comunicação e Marketing  www.modo.com.br, suas poesias, histórias e as diversas funções que toda mãe tem com seus filhos. Gosta das segundas e de todos os outros dias da semana 🙂